Nubia Soares é Top-3 e bate novamente recorde brasileiro

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Em prova na cidade francesa de Rouen, na França, nesta terça-feira, Nubia Soares bateu novamente o recorde brasileiro da prova, agora com excelentes 14,69m (vento +1,3m/s). O recorde anterior era da própria Nubia, de 14,59m, estabelecido nos Jogos Sul-Americanos no início de junho, na altitude de Cochabamba.

Com essa excelente marca, Nubia tem a 3ª marca do ano na prova, atrás apenas da super colombiana Caterine Ibarguen com 14,96m e da americana Tori Franklin com 14,84m. A marca é top-50 da história e a 14ª marca da década de 2010!

O objetivo de Nubia é atingir os 15m e parece que a marca chegará antes do imaginado! Com essa marca, ela seria 4ª em Londres-2012, 5ª no Rio-216 e 4ª nos dois últimos mundiais.

Aliás, o salto triplo voltou a dar muitas alegrias ao Brasil. Almir dos Santos foi prata no Mundial indoor em março, Mirieli Santos foi prata no Mundial Sub20 no domingo e agora mais um recorde da Nubia. Três nomes que tem tudo para entrar numa lista que tem Adhemar Ferreira da Silva, João Carlos de Oliveira e Nelson Prudêncio.

Recorde no atletismo!

Enquanto todos estão de olho nos jogos da Copa do Mundo na Rússia, o atletismo brasileiro conseguiu marcas extremamente expressivas no meeting de Montreuil, na França, nesta terça-feira.

Gabriel Constantino ficou em 2º lugar nos 110m com barreiras com espetaculares 13.23 (vento +0,5) e bateu o recorde sul-americano da prova, que era do colombiano Paul César Villar de 2011, com 13.27, e o brasileiro do Redelen dos Santos de 2004 com 13.29. Foi a 5ª vez no ano que Gabriel completou a distância em menos de 13.50. Com o tempo de ontem, Gabriel seria bronze no Rio-2016. A vitória foi do russo Sergey Shubenkov, com 12.99, melhor tempo de 2018 no mundo.

Nos 100m, Paulo André de Oliveira foi 3º com 10.10 (vento +0,9), melhor tempo de um brasileiro desde junho-2016! Segundo o ranking da IAAF, Paula André se tornou o 3º brasileiro mais rápido da história, atrás apenas de Robson Caetano (10.00, 10.02 e 10.08) e do André Domingos (10.06), mas a CBAt afirma que ele é o 4º da história. 3º ou 4º, o que importa é a excelente marca do atleta, que junto com Vitor Hugo dos Santos, pode se tornar o 1º brasileiro a quebrar a barreira dos 10 segundos. O chinês Zhenye Xie venceu a prova com 9.97, melhorando o recorde nacional em 0.02.

O atletismo brasileiro vem mostrando grande evolução nos últimos anos e as chances de finais (top-8) no Mundial do ano que vem aumentou consideravelmente. Podemos citar, além do Gabriel, Darlan Romani (peso),Thiago Braz (salto com vara), Nubia Soares (triplo), Erica Sena (marcha), Caio Bonfim (marcha), Almir dos Santos (triplo), Wagner Domingos (martelo), Geisa Arcanjo (peso), Thiago André (800m e 1.500m), 4x100m masculino.

Mundial de Atletismo Indoor – Final

Para encerrar o Mundial, 8 belas finais e um recorde mundial para fechar com chave de ouro.

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Andrew Pozz (GBR) comemorando o título nos 60m com barreiras. Foto: IAAF

O britânico Andrew Pozzi fez o melhor tempo nas semifinais dos 60m com barreiras, marcando 7.46, seguido do cipriota Milan Trajkovic com 7.51, recorde nacional indoor. O brasileiro Guilherme Constantino ficou em 4º na sua semi com 7.61 e pegou a última vaga por tempo para a decisão. Na final, Trajkovic queimou a largada e foi desclassificado. Na prova, Pozzi ficou lado a lado com o americano Jarret Eaton e o britânico fechou com o ouro com 7.46 contra 7.47 de Eaton. O francês Aurel Manga completou o pódio com 7.54. O brasileiro terminou na ótima 6ª posição com 7.71.

Nos 3.000m masculino, dobradinha etíope com Yomif Kejelcha vencendo com 8:14.41 e Selemon Barega com 8:15.59. O queniano Bethwell Birgen foi bronze com 8:15.70, prevenindo um pódio todo etíope por apenas 0.06. Bronze no Rio-2016 nos 5.000m, Hagos Gebrhiwet acabou em 4º com 8:15.76.

Prata no Rio, Francine Niyonsaba, de Burundi, venceu os 800m feminino com 1:58.31, melhor marca do mundo este ano, para selar o bicampeonato mundial indoor da prova. Com a prata a americana Ajeé Wilson fez 1:58.99 e a britânica Shelayna Oskan-Clarke foi bronze com 1:59.81. Nos 1.500m masculino, o título ficou com o etíope Samuel Tefera com 3:58.19, numa prova muito lenta, mas muito disputada. O polonês Marcin Lewandowski ficou em 2º com 3:58.39 e o marroquino Abdelaati Iguider bronze com 3:58.43. Os 7 primeiros chegaram juntos, com uma diferença de apenas 0.73!

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Revezamento 4x400m masculino polonês com o WR. Foto: IAAF

A equipe dos Estados Unidos sobrou para vencer o revezamento 4x400m feminino com 3:23.85, recorde do campeonato. Polônia com 3:26.09 e Grã-Bretanha com 3:29.38 completaram o pódio. Na última prova de pista do Mundial, o 4x400m masculino, uma grande disputa entre EUA e Polônia. Os americanos lideraram por toda a prova, mas no final Jakub Krzewina ultrapassou Vernon Norwood para dar o ouro pra Polônia com 3:01.77, novo recorde mundial por apenas 0.19! O recorde havia sido batido há menos de um mês por uma equipe americana com 3:01.96. No Mundial, os EUA fizeram 3:01.97 pra levar a prata. A disputa do bronze foi pro photo finish e a Bélgica comandada pelos 3 irmãos Borlée fez 3:02.51 contra 3:02.52 de Trinidad & Tobago.

Campo

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Renaud Lavillenie (FRA). Foto: IAAFG

Oito atletas chegaram pra disputa do salto com vara masculino com mais de 5,85m este ano! Numa longuíssima final, a vitória acabou com o grande francês Renaud Lavillenie, o que adora os brasileiros. Ele chegou com uma prova perfeita em 5,90m ao lado de outros 6 atletas que vinham tendo mais dificuldade nos saltos. Lavillenie passou na 2ª tentativa, forçando o americano Sam Kendricks a ir para 5,95m com apenas uma chance, que não foi bem-sucedida, dando o 3º ouro ao francês em mundiais indoor e a prata ao americano. O polonês Piotr Lisek foi o único outra a passar de 5,85m, mas queimou as 3 em 5,90m e ficou com o bronze. O brasileiro Thiago Braz pra variar não fez uma boa prova em Mundiais. Precisou dos 3 saltos para passar por 5,60m, não salto em 5,70m e foi direto para 5,80m, errando as 3 e terminando em 12º.

Bronze no Rio, a sérvia Ivana Spanovic abriu a final do salto em distância feminino com 6,89m, mas viu as americanas Quanesha Burks e Brittney Reese ameaçarem-na com 6,81m e 6,76m respectivamente. No 2º salto, a alemã Sosthene Moguenara-Taroum marcou 6,85m e foi pro 2º lugar. Reese melhorou para 6,77m e, no 4º salto, fez 6,89m para empatar com a sérvia, mas ficar na frente pelos critérios de desempate. Logo em seguida, Spanovic saltou 6,96m para selar o ouro e não perdê-lo mais. Rees acabou com a prata e Moguenara-Taroum com o bronze.

Após 26 finais, os EUA ficaram na frente no quadro de medalhas com 18 medalhas, sendo 6 ouros, 10 pratas e 2 bronzes. A Etiópia com 4-1-0 veio em seguido. Polônia 2-2-1, Grã-Bretanha 2-1-4, Atletas Neutros (Rússia) 2-1-0 e França 2-0-1 foram os outros a vencerem mais de 1 ouro. Ao todo, 14 países ficaram com um ouro e 33 medalharam.

Foi um bom Mundial pro Brasil, com a bela prata de Almir dos Santos no salto triplo, o 4º lugar de Darlan Romani no peso e o 6º de Gabriel Constantino nos 60m com barreiras. O próximo Mundial indoor será em 2020 em Nanjing, na China.

Maria Lenk – Dia 2

Sem novos índices, mas tempos muito interessantes!

100m costas feminino

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Etiene Medeiros. Foto: Satiro Sodré/CBDA

Ufa! Depois de fazer índice nos 50m e 100m livre e nos 100m borboleta, Etiene Medeiros tira o peso das costas com 1:00.00 cravado nas eliminatórias e se garante na sua principal prova. Nas finais, a campeã mundial e piscina curta dos 50m não melhorou o tempo, fazendo 1:00.11, ficando longe da marca obtida no Pan de Toronto, 59.61, que lhe rendeu o ouro. Também nadando bem, Natália de Luccas foi prata com 1:01.11e Maria Pessanha completou o pódio brasileiro com 1:02.63.

200m livre masculino

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Pela manhã, Nicolas Oliveira havia feito o melhor tempo com 1:46.97, exatamente 1s melhor que o índice, mas na final piorou muito a sua performance (1:48.17) e viu João de Lucca passar melhor com 1:47.65 e levar o ouro. Os dois se garantem na prova no Rio-2016 como os únicos a baixar do índice. O Brasil ainda não tem vaga garantida no revezamento 4x200m livre, mas já tem a equipe formada, caso se classifique. Se juntariam a Nilo e João, Luiz Altamir Melo (que já tem vaga olímpica nos 400m livre) e a novidade André Pereira.

100m peito feminino

O índice era algo bem distante, mas Jhennifer Alves venceu a prova nacional com 1:08.31 (perdeu para a argentina Macarena Ceballos com 1:08.03 no evento-teste, mas é campeã brasileira). O índice (1:07.85) nem ficou tão longe assim e Jhennifer supera a crise que teve pela mudança de clube do Flamengo pro Pinheiros. Caso o Brasil leve a vaga no 4x100m medley feminino (difícil), ela disputa os Jogos. O pódio brasileiro foi completado pela argentina Julia Sebastian (que pode é “brasileira esportivamente” por já disputar o torneio há alguns anos) com 1:08.85 e por Ana Carla Carvalho (1:09.31).

100m costas masculino

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Guilherme Guido brilhou nas eliminatórias com excepcionais 53.10, a apenas 0.01 do seu recorde sul-americano. Na final, abriu ainda melhor na parcial dos 50m, mas não manteve o ritmo e caiu fechando com bons 53.25, único a baixar do índice de 54.36. Para medalhar no Rio, precisaria de 52 alto. Já com índice para os 200m medley, Henrique Rodrigues foi prata com 54.41, a 0.05 da marca pros Jogos e não poderá nadar a prova. Vitor Guaraldo foi bronze com 54.63.

400m livre feminino

Manuella Lyrio quebrou o primeiro recorde brasileiro do torneio na final, mas saiu muito insatisfeita e com razão. Com bons 4:09.48, ela baixou em 0.48 o seu recorde próprio recorde nacional, mas ficou a 0.40 do índice olímpico da prova, de 4:09.08. Apesar disso, ela, que já tem índice nos 200m livre, poderia nadar os 400m nos Jogos, já que fez índice B. Viviane Jungblut foi prata com 4:15.58 e Bruna Primati bronze com 4:15.65.

Atletismo em alta

O atletismo começou muito bem a temporada. Já falei algumas vezes nas últimas semanas das equipes dos revezamentos e dos lançamentos que estão nos EUA em aclimatação.

O destaque do fim de semana foi Ana Cláudia Lemos, que fez excelentes 11.01 em prova na Califórnia e bateu o recorde sul-americano da prova! Ela ficou em 2º na prova atrás da americana Jenna Prandini, com 10.92, melhor marca do mundo esse ano. A equipe feminina obteve outros bons resultados, com 51.57 da Geisa Coutinho nos 400m.

Já os homens do 4×100 estão na Flórida e o destaque foi Vitor Hugo dos Santos. Prata nos 200m no Mundial de Menores em 2013, Vitor Hugo bateu o recorde brasileiro juvenil nos 100m com 10.29. Ele ficou a apenas 1 centésimo do recorde sul-americano do panamenho Alonso Edwards.

No Texas, onde está a turma do 4×400, Hederson Estefani fez 45.41, melhor tempo da América do Sul no ano.

No Brasil, no paulista de atletismo, Darlan Romani fez 20,82m o arremesso de peso a apenas 8cm do seu recorde. Andressa Oliveira fez 61,20m no disco e novamente fez acima do índice pro Mundial. Quem colocou seu nome na equipe do mundial foi Talles Frederico Silva, após 2,28m no salto em altura.

novamente obteve um bom resultado na marcha na Europa. Em Portugal, foi bronze no tradicional GP de Rio Maior nos 20km com 1:21:04, seu melhor tempo do ano.

Guardem esse nome: Darlan Romani

Quem acompanha o atletismo brasileiro já sabe quem ele é. Darlan Romani apareceu em 2011 onde sequer pegou final no Trofeu Brasil na prova do arremesso de peso. No ano seguinte, ele conquistou o título nacional com 19,42m, batendo o recorde brasileiro. Desde então só melhora sua marca e neste último fim de semana bateu o recorde brasileiro com 20,90m!

Com a quebra do recorde brasileiro por 6cm (que era dele mesmo), Darlan faz a 6ª marca do ano no mundo, atrás apenas de um neo-zelandês, um alemão, um jamaicano e dois americanos. Darlan tem sido bem constante na temporada, que mal começou. Há 3 semanas fez 20,15m em São Bernardo e há 2 20,30m em São Paulo.

Ele ainda está a uma certa distância dos principais nomes da prova, como os americanos Ryan Whiting, Reese Hoffa, Christian Cantwell e do alemão David Storl, atual bicampeão mundial, cerca de meio metro. Nos últimos 3 mundiais, o bronze ficou entre 21,34m e 21,37m. Em Londres, 21,23m deu pódio.

Mas a evolução do Darlan é enorme e 21m é coisa de tempo. A dificuldade é manter um nível desse em uma competição mundial, algo que ele nunca disputou como adulto.

Troféu Maria Lenk – Dia 2

Mais um dia histórico nas piscina brasileiras, com mais índices e novos nomes da seleção adulta.

200m peito

O 2º dia começou com Thiago Pereira fazendo 2:11.54 (5º tempo do ano) e Felipe França 2:11.56 (6º) nas eliminatórias. Thiago nadou como observação, pois cada atleta só pode se inscrever em 4 provas individuais. Ambos fizeram tempos abaixo do índice para o Mundial, mas ficaram atrás da marca do Thiago Simon do Open em dezembro. Restava ao Felipe melhorar a marca na final, o que não aconteceu. Na final, Simon venceu com 2:11.79. Ele o Thiago nadarão a prova no Pan e no Mundial.

A prova feminina foi como esperada, de um nível técnico bem baixo. A argentina Julia Sebastian venceu com 2:28.38. A melhor brasileira foi Pamela Souza, 3ª com 2:30.31.

100m borboleta

Bronze nesta prova no mundial juvenil de 2011, Arthur Mendes surpreendeu ao fazer nas eliminatórias 52.35 e conquistar índice para Kazan por apenas 1 centésimo! Na final, Arthur melhorou seu tempo para 52.33, 8º tempo do ano, e ficou com o título nacional. Henrique de Souza (52.53) e Thiago Pereira (52.57) compeltaram o pódio. No Mundial e no Pan, Arthur e novamente o Thiago serão os representantes brasileiros.

A prova feminina começou com a Etiene Medeiros nadando como observação nas eliminatórias fazendo 58.52, índice para o mundial, só que não suficiente para nadar a prova no Mundial. Daynara de Paula venceu a final com 58.82, um pouco acima do índice, que ela já tinha. Quem também irá ao Mundial é Daiene Dias, 3ª na final com 1:00.29, fraco para ela.

1.500m livre masculino

Essa foi a prova do dia. Brandonn Almeida (foto acima) tem apenas 18 anos e já aparece bem há algum tempo como juvenil. Brandonn já chegou no Maria Lenk com 4 índices para o Mundial juvenil (400m livre, 1.500m livre, 200m costas e 400m medley).

O índice pro Mundial parecia difícil, quase 9s melhor que sua melhor marca. Mas Brandonn mostrou que é o grande nome da nova geração da natação brasileira e completou a distância com 15:12.20, batendo o recorde brasileiro da prova e conseguindo o índice para o Mundial! A última vez que um brasileiro nadou esta prova em um Mundial foi em 2003! Já são 17 brasileiros garantidos no Mundial em provas individuais!

O Maria Lenk segue nesta quarta com os 400m medley, 50m livre, 800m livre feminino e revezamentos 4x200m livre.

Resumo do fim de semana

Boxe

No Mundial feminino de boxe, Clélia Marques foi a única brasileira a conquistar uma medalha, ficando com o bronze na categoria 51kg. Ela venceu 3 lutas (3-0 em francesa, 3-0 em australiana e 2-1 em russa) até perder na semifinal para a americana Marlen Esparza, bronze em Londres, que foi a campeã mundial na categoria. Esta é a quinta medalha brasileira na história de mundiais femininos de boxe, a primeira desde o ouro de Roseli Feitosa em 2010. O bom é que esta categoria é justamente a categoria que vai ser disputada nos Jogos do Rio-2016!

Entre os destaques do Mundial estão as campeãs olímpicas em Londres, a irlandesa Katie Taylor (60kg) e a americana Claressa Shields (75kg) que foram campeãs mundiais. A Rússia levou 3 ouros em pesos não-olímpicos. China, Cazaquistão, Bulgária e Panamá completaram os ouros em Jeju (KOR).

Resultados das outras brasileiras: Graziele Souza perdeu na estreia dos 48kg para indiana, Taynna Santos perdeu na estreia dos 57kg para alemã, Adriana Araújo venceu uma e perdeu nas 8as para russa nos 60kg, Jessica Carlini caiu na estreia dos 69kg para canadense, Flávia Teresa perdeu na estreia dos 75kg para marroquina a Andreia Bandeira também caiu na estreia dos 81kg para chinesa.

Natação

Ótimos resultados no Troféu Julio de Lamare, o campeonato brasileiro júnior.

Foram dois recordes sul-americanos adultos, tudo bem que foram em provas quase nunca disputadas, mas tá valendo. O Pinheiros bateu o SulAm nos dois revezamentos 4x50m medley em piscina longa com 1:56.62 no feminino e 1:38.36 no masculino.

Foi também o primeiro torneio para atingir índices para o Mundial Juvenil do ano que vem e 4 nadadores já se garantiram em Cingapura (só valia índice para a categoria Júnior 1). O grande destaque foi a revelação Brandonn Almeida (foto), que conseguiu nada menos que QUATRO índices em provas individuais: 400m e 1.500m livre, 200m costas e 400m medley. Os outros índices vieram de Nathan Bighetti nos 200m costas, Vinícius Lanza nos 100m borboleta e Pedro Spajari nos 100m livre.

No Júnior 2, destaque para o campeão olímpico da juventude Matheus Santana, que levou os 50m, 100m e 200m livre.

Tênis

Na final da Copa Davis, Roger Federer e Stan Wawrinka deram a primeira vitória da história da Suíça, após vencer por 3-1 a França em Lille.

Wawrinka venceu Jo-Wilfried Tsonga por 3-1 e o Federer perdeu por 3-0 para Gaël Monfils, e o confronto terminou empatado na sexta-feira. No sábado, os suíços venceram Julien Benneteau e Richard Gasquet por 3-0 abrindo 2-1. No domingo, Federer enfrentou o Gasquet e venceu por 64 62 62. Com o título inédito para a Suíça, o Federer agora tem praticamente todos os títulos possíveis no circuito, restando apenas o ouro olímpico em simples (ele e Wawrinka foram campeões em Pequim nas duplas).

Guilherme Clezar disputou como convidado o ATP Challenger Finals no esporte clube Pinheiros, em São Paulo e chegou até a final, perdendo por 62 63 para o argentino Diego Schwartzmann. Clezar subiu 75 posições no ranking mundial após o vice e agora é o 256º e 4º brasileiro.

Outros Esportes

Doda foi vice em prova de 5* em Stuttgart montando AD Nouvelle Europe Z. Ele ficou apenas atrás do francês Patrice Delaveau/Lacrimoso HDC. Já na prova que valia para a Copa do Mundo, Doda terminou apenas em 20º com uma penalidade.

Renzo Agresta chegou à chave de 64 na etapa de Budapeste da copa do mundo de sabre masculino, perdendo por 15-13 para Diego Occhiuzzi (ITA), bronze em Londres, e terminando em 58º no geral. Em Orleans, Marta Centurion ficou em 102ª na etapa francesa do sabre feminino.

Resumo do fim de semana

Título no tênis e maratonas aquáticas, perto de uma medalha histórica no tiro com arco, resultado medianos no atletismo e mais.

Tiro com Arco

Mais uma vez Marcus Vinícius D’Almeida não decepcionou. Na 4ª etapa da Copa do Mundo de tiro com arco na Polônia, o melhor arqueiro brasileiro (aos 17 anos) disputou as finais da prova individual. Depois de fazer história ficando com a prata nas duplas mistas na Colômbia o lado de Sarah Nikitin, Marcus Vinícius venceu 5 combates, incluindo o indiano Jayanta Talukdar, 5º cabeça de chave, por 6-2 nas 16as de finais, e o americano Jake Kaminski, 4º cabeça, por 6-0 nas 4as.

Nas semifinais, Marcus, que foi apenas o 28º na qualificação, perdeu por 7-1 para o italiano Mauro Nespoli, campeão olímpico por equipe em Londres. Na disputa do bronze, não resistiu ao francês Jean-Charles Valladont, bronze por equipe no último mundial, e perdeu por 6-2. Com o ótimo 4º lugar, Marcus subiu para a 2ª colocação no ranking da Copa do Mundo e se classificou para a Final em Lausanne, Suíça, no começo de setembro. Campanha histórica!

Maratona Aquática

Allan do Carmo e Ana Marcela Cunha venceram a etapa da Copa do Mundo de Maratonas de 10km. Desta vez a vitória veio no Lago Megantic, no Canadá.

Allan venceu com 2:22:30, quase 30s na frente do australiano George O’Brien, vice-campeão. Samuel de Bona ficou em 4º e Diogo Villarinho em 9º. Com o resultado, Allan assumiu a liderança do circuito e, faltando duas etapas, tem boas chances de vencer pela primeira vez o título.

Já Ana Marcela venceu seu 4º ouro na temporada em 6 etapas, está disparada na liderança e já tem o seu terceiro título geral em uma mão, basta participar da última etapa que a vitória é dela.

Atletismo

Novamente a capital paraense Belém recebeu GP Caixa, que faz parte do IAAF World Challenge e recebeu o ótimo público de 17.000 espectadores. Normalmente ele seria disputado em maio-junho, mas por causa da Copa do Mundo, pasou para agosto. Essa mudança foi muito ruim pois deixou o meeting praticamente sem estrelas internacionais. O maior nome foi o ex-recordista mundial dos 100m Asafa Powell, que venceu os 100m com 10.02.

O melhor resultado do meeting veio no lançamento de dardo feminino, onde Jucilene de Lima venceu com 61,99m, novo recorde brasileiro da prova. A marca anterior era dela mesma, empatada com Sueli dos Santos, apenas 1cm pior, 61,98m. A marca a coloca em 20ª no ranking do ano.

Fora isso, foram pouquíssimas boas marcas. Nos 400m com barreiras, Mahau Suguimati segue como o melhor brasileiro na prova, vencendo com 49.09, sua melhor marca obtida em solo brasileiro. Fábio Gomes da Silva venceu o salto com vara com 5,50m, altura bem mediana e sua melhor marca da temporada. No salto em distância, Mauro Vinicius, voltando de lesão, venceu com 7,74m, outra marca bem fraca. Com 45.52, Anderson Henriques venceu os 400m.

Tênis

Pela primeira vez na história, uma final entre brasileiros num Masters 1.000. Em Toronto, Bruno Soares e o austríaco Alexander Peya defendiam o título conquistado na competição ano passado. Na final, venceram 64 63 a dupla de Marcelo Melo e do croata Ivan Dodig. Com a vitória, Bruno e Peya já aparecem em 3º no ranking de parcerias no ano.

Este foi o 10º título deles atuando juntos, o 2º de um Masters 1.000. Foi o 18º título de duplas do Bruno em 37 finais. Marcelo, por sua vez, chegou a sua 28ª final.

Outros Esportes

– No GP de Badminton disputa no Rio de Janeiro, as atletas brasileiros conquistaram duas medalhas de bronze. Nas duplas mistas, Alex Tjong/Lohaynny Vicente perderam na semi para dupla da Irlanda por 11-9 11-1 11-2. Nas femininas, Lohaynny e a irmã Luana Vucente capiram para as irmãs búlgaras Gabriel e Stefani Stoeva 11-5 11-6 11-7. O melhor resultado individual foi de Daniel Paiola, único a chegar nas 4as de final, quando perdeu para o cubano Osleni Guerrero por 3-2. Este foi um dos torneios que testou a nova regra de pontuação do badminton, com melhor de 5 sets até 11 pontos (parecido com o tênis de mesa), contra o melhor de 3 até 21.

– A seleção feminina de vôlei segue com uma excelente participação no Grand Prix feminino. Jogando no Ibirapuera em São Paulo, vencue os 3 jogos do segundo fim de semana por 3-0, incluindo um passeio na Coreia do Sul (25-16 25-12 25-15), uma bela vitória sobre a Rússia (25-15 25-21 25-17) e uma grande vitória num jogaço contra os Estados Unidos (25-20 25-22 29-27). Após 6 jogos, o Brasil é a única seleção invicta, e soma 18 pontos e apenas 1 set perdido.

– Na etapa húngara da Copa do Mundo de Triatlo em Tiszaujvaros, Pamela Oliveira ficou com a medalha de bronze na disputa do sprint. Ela chegou a 14s da campeã, a holandesa Rachel Klamer.

– Filho da jogadora Hortência, Joãi Victor Marcari Oliva fica em 4º em GP de adestramento em Nice, com 66,80%, montando Signo dos Pinhais. Yuri Mansur segue em boa fase na Europa e fica em 3º em um concurso de saltos 3* com obstáculos a 1,45m na Eslováquia montando Allure G.

– A seleção juvenil masculina de Pólo Aquático terminou o Mundial da categoria na 13ª posição. Na fase de grupos, o Brasil venceu a África do Sul 15-4 e perdeu 9-8 para a Itália, 19-16 para a Turquia e 12-7 para a Rússia. Nas rodadas de classificação, 3 vitórias com 12-4 no Irã, 13-11 no Egito e 21-7 no Cazaquistão. O título ficou com a Hungria, que venceu a Espanha 10-8 após penalidades.

– No Mundial Jr de Remo, Uncas Batista, com 17 anos ainda, terminou o single skiff na 12ª colocação entre 33 guarnições, ficando em último na Final B. Um bom resultado. No Dois Sem Masculino, a dupla brasileira ficou em 2º na Final D, 20º geral entre 26 barcos. A Alemanha foi a grande vencedora, com 7 ouros em 13 provas!

Resumo do fim de semana

Poucos acontecimentos, mas um fato inédito no pólo aquático marcou a semana.

Pólo Aquático

A seleção feminina teve uma semana histórica. Participando da preliminar da Liga Mundial nos Estados Unidos, o Brasil conquistou uma vaga inédita para o torneio final em julho na China.

Na primeira fase, vitória de 12-2 sobre a Venezuela, uma derrota apertada de 9-6 para a Austrália, equipe bronze em Londres, e outra derrota apertada para a China por 8-6. Nas quartas, o Brasil tentou, mas perdeu 10-6 para o Canadá. Eram 4 vagas na disputa para a fase final. Com a classificação da China para a semifinal, abriu uma vaga para o 5º colocado. Na disputa do 5º ao 8º, a seleção venceu 12-11 o Cazaquistão e foi disputar a vaga com o Japão.

No jogo, um empate em 7-7 no tempo normal e a disputa foi para as cobranças de penaltis. E com duas defesas da goleira Tess Oliveira, o Brasil fechou em 11-10 e conquistou a vaga inédita! A fase final da Liga Mundial terá: China, Itália, Espanha, Rússia, Austrália, Estados Unidos e Canadá. Só pedreira.

Tênis de Mesa

A equipe feminina brasileira foi disputar pela primeira vez a Liga da China, competição fortíssima por equipes. Na primeira fase, perdeu 3-0 para a equipe Shandong, 3-1 para Chongqi (onde Caroline Kumahara fez um jogo disputadíssimo com Lee Hong Ching, de Hong Kong, bronze no último mundial por equipes), 3-0 para o Beijing Hua Xia, 3-1 para o Shanghai Jiu Shi e 3-1 para o Zhe Jiang. Na fase final, disputando do 13º ao 24º lugares, mais derrotas, 3-0 para o Jiang Su e 3-1 para He Nam Pu Yan. O Brasil segue na China para fase de treinamentos.

Enquanto isso, em Fortaleza, foi disputado o Campeonato Brasileira de Tênis de Mesa. Na final da principal categoria no masculino, Hugo Calderano mostrou que é mesmo o melhor do Brasil hoje. 78º do ranking mundial, Hugo venceu na final Eric Jouti 3-2. Jouti foi a surpresa na final, ao eliminar na semi Gustavo Tsuboi por 3-1. No feminino, Katia Kawai foi a grande campeã, vencendo Bruna Alexandre na final.

Outros Esportes

Wagner Domingos venceu prova de lançamento de martelo na Eslovênia com 73,04m, novo recorde brasileiro da prova! Além disso, ele ficou na frente do campeão olímpico, o esloveno Prismoz Kozmus, que atingiu 72,48m.

Roberto Mahler foi o único representante na Copa do Mundo de canoagem na República Checa. Seu melhor resultado foi o 9º na Final B do K-1 500m

Doda venceu prova de 3* com obstáculos a 1,55m na Áustria montando AD Nouvelle Europe Z. Em GP também de 3* na Alemanha, Marlon Zanotelli ficou em 3º com 4 faltas.

– Sem Angélica Kvieczynski, Natália Gaudio levou tudo no Troféu Brasil de ginástica rítmica. Ganhou o individual geral com mais 2,500 de diferença sobre a segunda colocada e levou ouro nos 4 aparelhos.

Henrique Avancini ia bem na disputa da etapa da República Checa da copa do mundo de mountain bike em 15º, mas teve um pneu furado e acabou apenas em 33º a 6min10s do campeão. No feminino, Raiza Goulão e Isabella Lacerda foram ultrapassadas pelas líderes e ficaram e 49ª e 63ª respectivamente.