Mais polêmica com Sun Yang, ausência de Katie Ledecky, americanos indo mal, um grande duelo no peito feminino e surpresa no pólo aquático.
Natação
200m livre masculino
Embed from Getty ImagesO australiano Clyde Lewis chegou pra final com o melhor tempo da semifinal, 1:44.90, e chegou com tudo na final, liderando os 100m iniciais com 50.73, 1s a frente do chinês Sun Yang. Mas quem começou a aparecer foi o lituano Danas Rapsys na raia 3 que bateu na frente nos 150m com o chinês atrás, enquanto Lewis ia caindo de produção, visivelmente cansado. Rapsys, Yang e o japonês Katsuhiro Matsumoto estavam a frente do resto quando o lituano bateu na frente com 1:44.69 contra 1:44.93 do chinês. Só que logo em seguida é anunciada a desclassificação do lituano, por ter se mexido no bloco de partida.
O chinês se torna bicampeão mundial da prova e chega ao seu 11º ouro em Mundiais de longa, todos em provas individuais. Matsumoto fica com a prata com 1:45.22 e o britânico Duncan Scott e o russo Martin Malyutin empatam no bronze com 1:45.63. Mas a polêmica veio novamente após o pódio. Scott não quis cumprimentar o chinês, que logo após as fotos, na saída da premiação, foi tirar satisfação com o britânico. Sun Yang, aparentemente querido apenas na China, não está em Gwangju para fazer amigos. PAra entender um pouco mais da polêmica, clique aqui para ir pro blog do Coach.
1.500m livre feminino
Katie Ledecky chegou como favorita, perdeu na última piscina o título dos 400m livre e, no início da terça-feira, anunciou que não iria nadar as eliminatórias dos 200m livre, dizendo que não passa bem desde que chegou na Coreia do Sul. Algumas horas depois, anunciou que sairia da final dos 1.500m livre.
Sem a americana, a italiana Simona Quadarella nadou praticamente sozinha. Com 100m de prova já era a líder e só foi abrindo mais e mais vantagem. Na metade já tinha 4s sobre a alemã Sarah Köhler e completou em 15:40.89, novo recorde italiano e quase 8s sobre a alemã, que foi prata com 15:48.83. A chinesa Wang Jianjiahe completou o pódio com 15:51.00. Foi a 1ª italiana a vencer uma prova no Mundial desde 2009 (sem contar a Federica Pellegrini, claro).
100m costas feminino
Embed from Getty ImagesDominando desde as eliminatórias, a canadense Kylie Masse saiu vitoriosa com 58.60. Sua compatriota Taylor Ruck começou melhor e bateu nos 50m com 28.42 empatada com a americana Kathleen Baker, mas Masse marcou a melhor volta da prova (30.04) para se tornar bicampeã mundial da prova. Dona da 2ª melhor volta, a australiana Minna Atherton foi prata com 58.85 e a americana Olivia Smoliga ficou com o bronze com 58.91, 0.05 a frente de Ruck. A campeã olímpica da prova, a húngara Katinka Hosszu, não nadou as eliminatórias.
100m costas masculino
Embed from Getty ImagesCampeão olímpico no Rio, o americano Ryan Murphy abriu melhor e bateu com 25.05 nos 50m iniciais, seguido do brasileiro Guilherme Guido com 25.19, que disputava sua 2ª final da prova em Mundiais de longa, com o chinês Xu Jiayu colado com 25.22. Na volta, Murphy e Guido foram ficando para trás e viram o chinês voar para vencer com 52.43 e se tornar o 3º bicampeão mundial do dia. O russo Evgeny Rylov saiu do 5º para a prata com 52.67 e o australiano Mitch Larkin, campeão mundial em 2015, subiu do 7º para o bronze com a melhor volta (27.18) e o tempo de 52.77, deixando Murphy com o 4º lugar a apenas 1 centésimo e o outro americano, Matt Grevers, em 5º a 0.05. Guido repetiu a 7ª colocação de 2017 com 53.26.
100m peito feminino
Embed from Getty ImagesNa final mais esperada do dia, o grande duelo entre a americana Lilly King e a russa Yuliya Efimova. King abriu muito bem batendo nos 50m em 30.29 com a russo já um pouco distante com 30.70. Só que Efimova costuma fechar muito bem e ameaçou alcançá-la nos 75m, só que King disparou e venceu com belo tempo de 1:04.93 (a 0.80 do WR dela mesma), mas bem a frente da russa com 1:05.49. E King foi coroada a 4ª bicampeã do dia! Na disputa do bronze, a italiana Martina Carraro fez 1:06.36 contra 1:06.40 da japonesa Reona Aoki.
Outras Provas
Embed from Getty ImagesAdam Peaty atualmente é imbatível e foi o melhor nas eliminatórias dos 50m peito com 26.28 e na semifinal com 26.11, a 0.16 do seu WR do último mundial. Os brasileiros Felipe Lima e João Gomes Jr. também foram muito bem e empataram em 2º lugar nas preliminares com 26.73, cada um vencendo a sua bateria. Na semi, Felipe fez o 2º melhor tempo 26.62, enquanto João marcou o 5º com 26.84, mas ambos chegam na final muito bem cotados.
A prova dos 200m livre feminino está muito zicada. Após o anúncio da desistência da Katie Ledecky, foi a vez da australiana Emma McKeon desistir por motivos semelhantes. E também ficou de fora a canadense Taylor Ruck, que queria se dedicar a outras provas. As 3 estavam no top-4 dos melhores tempos de inscrição da prova, atrás apenas da australiana Ariarne Titmus. Sem querer saber disso, a sueca Sarah Sjöström fez o melhor tempo nas eliminatórias com 1:55.14 seguida de Siobhan Haughey, de Hong Kong, com 1:56.02 e de Titmus com 1:56.34. Katinka Hosszu foi 17ª com 1:59.44 e não foi pra semifinal. Já na semi, a melhor foi a italiana Federica Pellegrini com 1:55.14, seguida de Titmus 1:55.36 e Haughey 1:55.58. Pellegrini esteve em todos os últimos SETE pódios desta prova, somando 3 ouros, 3 pratas e 1 bronze.
O húngaro Kristof Milak, de 19 anos, dominou os 200m borboleta com 1:54.19 nas eliminatórias e voando com 1:52.96 na semifinal, abrindo 2.30 do americano Zach Harting, 2º melhor colocado. Em 3º na semifinal o japonês Daiya Seto com 1:55.33. Ótima prova do brasileiro Leonardo de Deus, 4º nas eliminatórias com 1:56.05 e 4º na semifinal com 1:55.71. Já Luiz Altamir Melo foi 13º na preliminar com 1:57.08, mas parou na semi com o 13º tempo 1:57.43. Chad le Clos, que busca o 3º ouro na prova passou com o 5º tempo pra final 1:55.88.
Vindo de uma boa participação nas provas de águas abertas, onde garantiu sua vaga para Tóquio nos 10km, o italiano Gregorio Paltrinieri fez o melhor tempo nas eliminatórias com 7:45.70, seguido do francês David Aubry 7:46.37 e do australiano Jack McLoughlin 7:46.42. Sun Yang pegou a última vaga pra final com 7:48.12 e novamente nenhum americano passa para a final. Guilherme Costa fez uma péssima prova e terminou em 21º com 7:58.67, quase 8s da sua melhor marca, que o colocaria em 14º
High Diving
Feminino
Embed from Getty ImagesCom um último salto espetacular, a australiana Rhianna Iffland garantiu o bicampeonato do salto de penhasco a 20m de altura, saindo da 4ª posição pro topo. Ela tirou 8,5-9,0 num salto dificuldade 3,8 (98,80 pontos) e somou 298,05 para levar o ouro e se tornar bicampeã mundial, a 5ª do dia. Mas foi por muito, muito pouco. A mexicana Adriana Jimenez, que vinha na liderança antes do 4º salto, tirou 7,0-7,5 num salto 4,0 e somou 297,90, atrás por apenas 0,15! A britânica Jessica Macaulay completou o disputado pódio com 295,40. A brasileira Jacqueline Valente terminou na 9ª posição com 223,60.
Pólo Aquático
A Espanha foi a grande zebra das 4as de final do torneio masculino ao vencer a perigosa e até outro dia imbatível equipe da Sérvia por 12-9. A vantagem veio no 2º quarto (5-2) e o 1º tempo acabou 7-3 pros espanhóis, que conseguiram segurar o grande resultado. Agora, a Espanha enfrenta na semifinal outra potência, a Croácia, que fez 10-8 na Alemanha. Com isso, não teremos mais uma guerra entre sérvios e croatas no pólo.
Embed from Getty ImagesDo outro lado da chave, dois jogos apertados. A Hungria fez 10-9 na Austrália, marcando o gol vencedor faltando apenas 4s pro fim do jogo com Marton Vámos, artilheiro do jogo com 3. A Itália fez 7-6 na Grécia e chega à semifinal contra os húngaros.
Nas disputas classificatórias, o Brasil encerrou sua participação vencendo por 9-8 o Cazaquistão e terminando na 13ª colocação. A Coreia do Sul empatou em 12-12 com a Nova Zelândia, mas venceu nos pênaltis 5-4 e termina em 15º. Nas disputas do 9º ao 12º, Montenegro 14-7 no Japão e Estados Unidos goleou a África do Sul por 20-3 e agora disputa o 9º lugar.
Números do Brasil na piscina:
Medalhas – 1 bronze
Finais – 5
Semifinais – 8
Recordes SulAm – 1
Recordes brasileiros – 1