Troféu Maria Lenk – Final

Maria Lenk terminou nesse sábado com uma grande final dos 50m livre, mais marcas interessantes e expectativa de uma equipe maior pro Mundial de Budapeste.

200m peito

Mais um recorde sul-americano na prova feminina, com a argentina Macarena Ceballos (Minas), ao vencer com 2:26.90. Julia Sebastian, outra argentina, bateu em 2º com 2:27.04 e a brasileira Pâmela Souza chegou em 3º com 2:27.55, baixando bem da barreira dos 2:30 e ficando a apenas 0.13 do recorde brasileiro que é de 2009. Surpresa interessante.

No masculino, Thiago Simon (Unisanta) venceu mais uma vez a prova com 2:12.27. Mas ficou longe do seu 2:10.78 do Open, em dezembro, Felipe Lima com 2:15.17 e Caio Pumputis com 2:16.00 completaram o pódio. Pumputis, aliás, é o melhor índice técnico pro Mundial Júnior, que será em Indianápolis, nos EUA, mas com o tempo do Open de 2:13.95.

50m livre

Meio apagada nesse Maria Lenk, Etiene Medeiros (SESI) venceu os 50m livre com 24.73, 9º tempo de 2017, a 0.28 do seu recorde sul-americano batido nos Jogos do Rio. Alessandra Marchioro bateu em 2º lugar com 25.10 e Graciele Herrmann em 3º com 25.17.

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Bruno Fratus e César Cielo

Na prova mais esperado, Bruno Fratus (Internacional) levou com 21.70, 4º tempo do ano. Mas quem mostrou que pode ser competitivo e brigar por medalha é César Cielo. Fez uma ótima prova e chegou a liderar na 1ª metade, mas ficou com a prata com 21.79, 6º tempo do ano. Atleta olímpico Ítalo Duarte chegou em 3º com 22.12.

800m livre feminino/1.500m livre masculino

Viviane Jungblut (GNU) sobrou nos 800m livre para levar com 8:34.92, repetindo a vitória dos 1.500m. Medalhista olímpica na maratona Poliana Okimoto bateu em 2º com 8:43.92 e Gabriela Cordeiro completou o pódio com 8:51.14.

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Guilherme Costa

Na prova mais longa masculina, Guilherme Costa (Unisanta) venceu com tranquilidade, mas não bateu o recorde sul-americano e muito menos baixou da barreira dos 15min. Cachorrão venceu com 15:06.35. Ee vinha num bom ritmo no começo, abaixo do 1min/100m, fazendo 7:29.63 nos 750m, mas caiu um pouco e venceu com 15:06.35, ficando a apenas 1.12 do recorde sul-americano que ele bateu no dia 1º de abril. Brandonn Almeida foi o 2º colocado com 15:12.06 e Diogo Villarinho o 3º com 15:18.15.

Revezamento 4x100m medley

Para fechar o Maria Lenk, o Unisanta venceu a prova feminina com 4:05.18, contando com duas argentinas na equipe, batendo 0.65 na frente do Pinheiros. No masculino, ótima prova do Pinheiros, com 3:34.25, com 3 atletas campeões em provas individuais: Guilherme Guido, João Gomes Jr e Gabriel Santos, ficando bem a frente do Minas, com 3:37.00.

O Pinheiros saiu como grande campeão, com 2.499,0 pontos, seguido do Minas com 2.075,0 e do Unisanta com 1.912,0. O saldo foi de 4 recordes sul-americano e 4 recordes brasileiros. Nicholas Santos foi o melhor índice técnico nos 50m borboleta com 976 pontos.

Não houve alteração no top8 (9, pois há um empate) pro Mundial, mas na quinta-feira deve sair a seleção pro Mundial com algo entre 16 e 20 nomes:

  1. Felipe Lima – 100m peito (Maria Lenk) – 59.32 – 930 pontos
  2. Gabriel Santos – 100m livre (ML) – 48.11 – 927
  3. João Gomes Jr – 100m peito (ML) – 59.41 – 926
  4. Thiago Simon – 200m peito (Open) – 2:10.78 – 915
  5. Leonardo de Deus – 200m borboleta (ML) – 1:54.91 – 913
  6. Marcelo Chierighini – 100m livre (ML) – 48.46 – 907
  7. Henrique Martins – 100m borboleta (ML) – 51.57 – 901
  8. Guilherme Guido – 100m costas (ML) – 53.78 – 900*
  9. Brandonn Almeida – 400m medley (Open) – 4:12.49 – 900*

Pro Mundial Júnior, os 8 nomes já estão definidos. Interessante que são 4 homens e 4 mulheres.

  1. Caio Pumputis – 200 peito – 2:13.95 – 852
  2. Lucas Peixoto – 100 livre – 50.02 – 825
  3. Rafaela Raurich – 200 livre – 2:00.52 – 823
  4. Fernanda Goeij – 100 costas – 1:02.04 – 822
  5. Breno Correia – 100 livre – 50.15 – 818
  6. Matheus Gonche – 200 borboleta – 1:59.62 – 810
  7. Camila Lins Mello – 200 livre – 2:01.52 – 803
  8. Maria Luiza Pessanha – 100 costas – 1:02.73 – 795

Troféu Maria Lenk – Dia 2

O torneio teve novamente problemas com a cronometragem e viu poucas grandes marcas nesse 2º dia. Mas tivemos umas surpresas bem interessantes.

100m costas

Natalia de Luccas fez o melhor tempo nas eliminatórias com 1:02.50 e melhorou para 1:02.46 na final, mas bateu em 3º. A vitória foi da argentina Andrea Berrino (Unisanta) com 1:01.56, mas a surpresa veio com o 2º lugar e melhor brasileira na prova Fernanda Goeij, com 1:02.04. Com apenas 16 anos, Goeij sobe para o 2º melhor índice técnico para o Mundial Juvenil.

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Guilherme Guido

No masculino, Guilherme Guido (Pinheiros) sobrou. Fez 53.78 pela manhã e piorou um pouco à noite com 53.84, mas ainda assim venceu com tranquilidade, nadando pela 26º vez na casa dos 53s. Já está mais que na hora de baixar para 52s e brigar por finais mundiais. Prata para Guilherme Basseto com 54.78 e bronze para Nathan Bighetti com 54.93.

200m medley

Vitória mais que tranquila de Joanna Maranhão (Unisanta), 2º neste ano e 31ª na carreira. Com 2:13.32, ficou quase 3s na frente de Gabrielle Roncatto com 2:16.22.

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Thiago Simon

No masculino, Thiago Simon (Unisanta) se tornou o 4º brasileiro a baixar dos 2min na prova, vencendo com 1:59.49, com Brandon Almeida em 2º com 2:00.95 e Vinícius Lanza com 2:00.97. Decepção de Henrique Rodrigues, claramente longe do seu melhor e em 7º com 2:02.56.

1.500m livre feminino e 800m livre masculino

Viviane Jungblut (GNU) nadou praticamente sozinha para vencer a prova mais longa com 16:27.57, 2ª melhor marca de uma brasileira na prova, atrás apenas do recorde brasileiro de Poliana Okimoto com 16:26.90. A medalhista olímpica, aliás, ficou com a prata com 16:43.35 e Ana Marcela Cunha completou o pódio com 16:48.86.

Já nos 800m livre masculino, Lucas Kanieski aproveitou a ausência de Guilherme Costa para vencer com 7:58.85, não batendo o recorde brasileiro por apenas 0.65. Miguel Valente bateu em 2º com 7:59.92 e Diogo Villarinho em 3º com 8:00.42. Pódio todo do Minas.

Revezamento 4x200m livre

O Unisanta venceu as duas provas. Com Joanna abrindo e Roncatto fechando, a equipe feminina fez 8:08.63. Legal ver Joanna e Rafaela Raurich abrirem a prova abaixo dos 2min. Entre os homens, o Unisanta fechou em 7:15.54, novo recorde do campeonato, com Guilherme Costa fechando.

Na briga pelas 8 vagas no Mundial, tivemos a entrada de Guilherme Guido, tirando Vinícius Lanza da lista:

  1. Felipe Lima – 100m peito (Maria Lenk) – 59.32 – 930 pontos
  2. João Gomes Jr – 100m peito (ML) – 59.41 – 926
  3. Thiago Simon – 200m peito (Open) – 2:10.78 – 915
  4. Henrique Martins – 100m borboleta (ML) – 51.57 – 901
  5. Guilherme Guido – 100m costas (ML) – 53.78 – 901
  6. Brandonn Almeida – 400m medley (Open) – 4:12.49 – 900
  7. Gabriel Santos – 100m livre (Open) – 48.60 – 899
  8. Leonardo de Deus – 200m borboleta (Open) – 1:56.21 – 883

Já se fala na possibilidade de a lista aumentar com a ajuda do COB, o que colocaria pelo menos algum revezamento na lista. E seguimos esperando a entrada de um nome feminino no top8.

Seleção pro Mundial de Curta

A CBDA convocou nesta quinta-feira 14 nomes para a disputa do Mundial de Piscina Curta, em dezembro em Windsor, no Canadá. Há exato 1 mês, falei aqui sobre o Troféu José Finkel, que teve apenas 5 nadadores classificados por conta dos índices pré-estabelecidos e mais 11 que comporiam a equipe por índice técnico.

Felipe França em Doha-2014

Etiene Medeiros, Felipe França, Felipe Lima, Nicholas Santos e Thiago Simon foram os únicos a nadar abaixo dos tempos necessários. Etiene fez nos 50m livre e 50m costas e defenderá o seu título mundial de 2014 na prova de costas. Felipe França, maior nome do último mundial com 5 ouros, fez tempo para nadar os 50m, 100m e 200m peito. Ele defende o ouro das duas provas mais rápidas. Felipe Lima, bronze no Mundial de longa em 2013, nadará os 100m peito, Thiago Simon os 200m peito e Nicholas Santos busca repetir o ouro de 2012 nos 50m borboleta.

Guilherme Guido e Henrique Rodrigues desistiram do Mundial e, por isso, serão apenas 14 nadadores. Estão convocados: Leonardo de Deus, Lucas Kanieski, Manuella Lyrio, Brandonn Almeida, Kaio Márcio, Viviane Jungblut, Larissa Oliveira, Fernando Scheffer e Daiene Dias.

Dificilmente o Brasil repetirá os 7 ouros da edição de 2014, mas tem boas chances de faturar algumas medalhas. O Mundial terá 12 revezamentos e há chances boas em alguns, principalmente nos rápidos, de 4x50m livre e medley, masculinos e mistos. E confesso que estou bem curioso para ver Brandonn, Manuella e Viviane nesse Mundial.

Como é ano olímpico, poucos nomes bons irão, mas já podemos contar com uma fortíssima equipe canadense, que deve ir completa, além da incansável Katinka Hosszu e de outros que estão disputando o circuito da Copa do Mundo de piscina curta, como Vladimir Morozov, Alia Atkinson, Jeanette Ottesen, Cameron van der Burgh, Chad le Clos, Marco Koch, Rie Kaneto e Daiya Seto.

Muita gente não liga pro Mundial de piscina curta, assim como pro indoor de atletismo, mas não deixa de ser um Mundial e medalhar em um é sempre algo bom, embora não tenha grandes significados para um ciclo olímpico de piscina longa.

Troféu José Finkel de Natação – o que rolou

São Paulo recebeu o Troféu José Finkel de natação, disputado em piscina de 25m e única seletiva brasileira pro Mundial de Piscina Curta a ser disputado em dezembro no Canadá. Os índice eram fortíssimos e quem quisesse ir ao Mundial teria que mostrar que tem tempo para medalhar.

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Nicholas Santos

Foram tão fortes que apenas 5 nadadores conseguiram em 8 provas. Pode-se ver que o Brasil segue como uma das grandes forças do nado peito:

  • Etiene Medeiros: 50m livre e 50m costas;
  • Felipe França: 50m, 100m e 200m peito;
  • Nicholas Santos: 50m borboleta;
  • Felipe Lima: 100m peito e
  • Thiago Simon: 200m peito.

Entretanto, há um asterisco nos critérios de seleção e com isso a CBDA deve incluir os 11 melhores índices técnicos da competição para completar a equipe de 16 nadadores. São eles:

  • Leonardo de Deus – 200m borboleta – 908 pontos
  • Lucas Kanieski – 1.500m livre – 901 pontos
  • Manuella Lyrio – 200m livre – 900 pontos
  • Brandonn Almeida – 1.500m livre – 900 pontos
  • Guilherme Guido – 100m costas – 899 pontos
  • Kaio Márcio – 200m borboleta – 899 pontos
  • Henrique Rodrigues – 200m medley – 893 pontos
  • Viviane Jungblut – 400m livre – 891 pontos
  • Larissa Oliveira – 100m livre – 890 pontos
  • Fernando Scheffer – 200m livre – 888 pontos e
  • Daiane Dias – 100m borboleta – 887 pontos.

Caso algum deles desista de ir, os próximos seriam Nicolas Olivera (200m livre), Alessandra Marchioro (100m livre), Gabriel Santos (100m borboleta), Daynara de Paula (100m borboleta), Luiz Altamir (400m livre) e Joanna Maranhão (400m medley).

Seria meio chato mandar apenas 5 nadadores pro Mundial, já que o Brasil veio do último em 2014 como líder do quadro de medalhas com 10 medalhas, sendo 7 de ouro. Mas ao mesmo tempo, após os vários fracassos da natação nos Jogos do Rio, salvo algumas exceções, seria bom apostar apenas em quem teria chance de medalha ou então mandar caras novas.

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Viviane Jungblut

Mesmo sem alguns nomes fortes do esporte disputando o Finkel, os resultados foram muito bons. Foram 12 recordes sul-americanos e 13 brasileiros na competição, além de 17 do campeonato:

  • 4x100m medley fem: Minas Tênis Clube – 3:57.00 (apenas SulAm, pois havia uma argentina na equipe)
  • 200m costas: Leonardo de Deus – 1:51.51 (apenas recorde brasileiro)
  • 50m peito fem: Jhennifer Conceição – 30.31
  • 400m livre masc: Leonardo de Deus – 3:41.75 (apenas recorde brasileiro)
  • 400m livre fem: Viviane Jungblut – 4:03.68
  • 800m livre masc: Miguel Valente – 7:42.78
  • 4x200m livre fem: EC Pinheiros – 7:52.71
  • 800m livre fem: Viviane Jungblut – 8:19.57 (apenas recorde brasileiro)
  • 50m livre fem: Etiene Medeiros – 23.88
  • 100m medley fem: Joanna Maranhão – 1:00.21
  • 200m peito fem: Julia Sebastian – 2:22.28 (apenas SulAm, pois ela é argentina)
  • 200m peito masc: Thiago Simon – 2:02.58
  • 1.500m livre masc: Lucas Kanieski – 14:40.31
  • 200m livre fem: Manuella Lyrio – 1:55.90 (batido nas eliminatórias)
  • 200m livre fem: Manuella Lyrio – 1:54.76 (batido na final)

O Mundial novamente está entuchado de revezamentos, com 12 no total: 4x50m livre, 4x100m livre, 4x200m livre, 4x50m medley, 4x100m medley masculino e feminino e 4x50m livre e 4x50m medley mistos.

Se a delegação brasileira for confirmada com os 16 nomes acima, é interessante notar que não há nenhum brasileiro nos 50m e 100m livres no masculino. Ainda assim, chegaríamos fortíssimos para os revezamentos medley e pro 4x50m livre misto. E levar ver nomes novos na seleção adulta como Viviane Jungblut e Fernando Scheffer.

Como é ano olímpico, o mundial de piscina curta deve estar esvaziado, mas deverá ter nomes fortíssimos como a incansável Katinka Hosszu, o russo Vladimir Morozov e a delegação canadense completa que conquistou 6 medalhas no Rio. Ainda assim, o Brasil deve levar alguns ouros e algumas outras medalhas. Mas isso não salvará o ano da natação brasileira. De olho mesmo no ano que vem, em Budapeste.

Maria Lenk – Dia 4

Cielo fica um pouco mais longe do pódio e o forte revezamento 4x100m livre é definido!

100m livre masculino

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E não deu pro César Cielo mesmo. Nem revezamento ele pegará. 5º no Mundial, Marcelo Chierighini voou pela manhã com 48.20 para praticamente assegurar a 1ª vaga olímpica pra prova. Outros 4 nadadores brasileiros nadaram abaixo do índice olímpico de 48.99: Nicolas Oliveira (48.30), João de Lucca (48.59), Gabriel Silva Santos (48.89) e César Cielo (48.97). Assim, 7 nadadores fizeram o índice, mas o campeão olímpico Cielo tinha apenas o 7º tempo. Com pouca chance, ele desistiu de nadar a final a noite e focar nos 50m livre.

Na final, Chierighini não baixou o tempo, vencendo a prova com 48.23, seguido do Nicolas Oliveira com 48.54, e que leva a 2ª vaga da prova pros Jogos. O bronze foi pro canadense Santo Condorelli com 48.66, campeão do Pan. João de Lucca e Matheus Santana ficaram com o 3º e 4º melhores tempos do Brasil e com isso formarão a forte equipe de revezamento 4x100m livre.

200m borboleta feminino

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A vitória da prova ficou com a chinesa Shuang Li com 2:11.46, com Joanna Maranhão em 2º com 2:11.75, bem longe do índice de 2:09.33 e do seu recorde sul-americano estabelecido no Pan de 2015, com 2:09.38. O pódio brasileiro foi completado por Maria Pessanha (2:17.11) e Giovanna Tomanik (2:17.36). Prova muito fraca.

200m peito masculino

Tales Cerdeira comemora a vaga olímpica. Foto: Satiro Sodré/CBDA

O único que tinha índice para a prova era Thiago Simon, conquistado no Open em dezembro. Mas quem se assegurou na equipe olímpica foi Tales Cerdeira com 2:10.99 nas eliminatórias, 0.67 abaixo do índice. Na final, Tales sequer subiu ao pódio nacional, terminando a prova em 5º com 2:12.72, mas com o objetivo alcançado. A vitória foi de Thiago Pereira, que queria o índice para nadar sua 2ª prova nos Jogos. Ele venceu a final com 2:11.86, ficando a 0.20 do índice. Felipe França com 2:12.03 e Thiago Simon com 2:12.63 completaram o pódio nacional. Simon e Cerdeira nadarão a prova no Rio-2016.

Troféu Daltely Guimarães/Campeonato Open – Final

Etiene Medeiros. Foto: Satiro Sodré/CBDA

No 3º dia de disputas, na sexta, o destaque foi Etiene Medeiros. depois de falhar nos 100m costas, ela não só conseguiu o índice dos 100m livre como bateu o recorde sul-americano com 54.26! Nos 100m livre masculino, foram 4 atletas com índice! Nicolas Oliveira surpreendeu e está na frente com o melhor tempo com 48.41. Matheus Santana com 48.71, Marcelo Chierighini com 48.72 e Alan Vitória com 48.96 formariam o forte revezamento 4x100m livre brasileiro. César Cielo decepcionou com o 11º tempo nas eliminatórias e desistiu do torneio. Só sobrou o Maria Lenk em abril para ele agora…

Thiago Pereira foi outro que abandonou a competição, mas diferente do Cielo, ele fez o índice nos 200m medley com 1:58.32. Henrique Rodrigues com 1:58.26 também se garante nos Jogos na mesma prova. Thiago Simon com 2:11.29 nos 200m peito e Joanna Maranhão com 2:14.04 nos 200m medley também fizeram índice.

No sábado, Etiene foi novamente um dos destaques. Nos 50m livre, melhor tempo dela com 24.71 e índice, assim como para Gracielle Herrmann com 24.92. No masculino, 5 atletas nadaram abaixo do índice, com Bruno Fratus na frente com 21.50 e Ítalo Duarte em 2º com 22.08. Os 100m peito seguem como uma das melhores provas do Brasil, com 4 abaixo do índice de 1:00.57. Felipe França foi o único a baixar de 1min e fez isso duas vezes, com 59.56 como melhor marca. A segunda vaga hoje seria para João Gomes Jr. com 1:00.00 cravado.

Leonardo de Deus se garantiu em uma outra prova, com 1:56.14 nos 200m borboleta. Fechando a equipe, Luiz Altamir Melo com 3:50.32 consegue a marca nos 400m livre.

Após 4 dias de boas provas, 25 atletas com índice olímpico, mas apenas 4 mulheres. No masculino, faltou índice em apenas uma prova, os 1.500m livre, pois Brandonn Almeida não nadou a prova em Palhoça. Em abril, o Troféu Maria Lenk fechará a equipe, os revezamentos e ainda servirá como evento-teste.

Índices pro Rio-2016

50m livre M (22.27) = Bruno Fratus – 21.50 (Open) / Ítalo Duarte – 22.08 (Open) / Marcelo Chierighini – 22.17 (Daltely) / Matheus Santana – 22.17 (Open) / Henrique Martins – 22.25 (Open)

50m livre F (25.28) = Etiene Medeiros – 24.71 (Open) / Graciele Herrmann – 24.92 (Open)

100m livre M (48.99) = Nicolas Nilo Oliveira – 48.41 (Daltely) / Matheus Santana – 48.71 (Daltely) / Marcelo Chierighini – 48.72 (Open) / Alan Vitória – 48.96 (Daltely)

100m livre F (54.43) = Etiene Medeiros – 54.26 (Daltely)

200m livre M (1:47.97) = Nicolas Nilo Oliveira – 1:47.09 (Daltely) / João de Lucca – 1:47.81 (Daltely)

200m livre F (1:58.96) = Manuella Lyrio – 1:58.43 (Open)

400m livre M (3:50.44) = Luiz Altamir Melo – 3:50.32 (Open)

100m borboleta M (52.36) = Henrique Martins – 52.14 (Open) / Marcos Macedo – 52.17 (Daltely) / Nicholas Santos – 52.31 (Daltely)

200m borboleta M (1:56.97) – Leonardo de Deus – 1:56.14 (Open)

100m costas M (54.36) = Guilherme Guido – 53.09 (Open)

200m costas M (1:58.22) = Leonardo de Deus – 1:57.43 (Daltely)

100m peito M (1:00.57) = Felipe França – 59.56 (Daltely) / João Gomes Junior – 1:00.00 (Open) / Felipe Lima – 1:00.09 (Daltely) / Pedro Cardona – 1:00.14 (Open)

200m peito M (2:11.66) = Thiago Simon – 2:11.29 (Open)

200m medley M (2:00.28) = Henrique Rodrigues – 1:58.26 (Daltely) / Thiago Pereira – 1:58.32 (Daltely)

200m medley F (2:14.26) = Joanna Maranhão – 2:14.04 (Open)

400m medley F (4:43.46) = Joanna Maranhão – 4:40.78 (Daltely)

400m medley M (4:16.71) = Brandonn Almeida – 4:14.07 (Open)

Troféu Maria Lenk – Dia 2

Mais um dia histórico nas piscina brasileiras, com mais índices e novos nomes da seleção adulta.

200m peito

O 2º dia começou com Thiago Pereira fazendo 2:11.54 (5º tempo do ano) e Felipe França 2:11.56 (6º) nas eliminatórias. Thiago nadou como observação, pois cada atleta só pode se inscrever em 4 provas individuais. Ambos fizeram tempos abaixo do índice para o Mundial, mas ficaram atrás da marca do Thiago Simon do Open em dezembro. Restava ao Felipe melhorar a marca na final, o que não aconteceu. Na final, Simon venceu com 2:11.79. Ele o Thiago nadarão a prova no Pan e no Mundial.

A prova feminina foi como esperada, de um nível técnico bem baixo. A argentina Julia Sebastian venceu com 2:28.38. A melhor brasileira foi Pamela Souza, 3ª com 2:30.31.

100m borboleta

Bronze nesta prova no mundial juvenil de 2011, Arthur Mendes surpreendeu ao fazer nas eliminatórias 52.35 e conquistar índice para Kazan por apenas 1 centésimo! Na final, Arthur melhorou seu tempo para 52.33, 8º tempo do ano, e ficou com o título nacional. Henrique de Souza (52.53) e Thiago Pereira (52.57) compeltaram o pódio. No Mundial e no Pan, Arthur e novamente o Thiago serão os representantes brasileiros.

A prova feminina começou com a Etiene Medeiros nadando como observação nas eliminatórias fazendo 58.52, índice para o mundial, só que não suficiente para nadar a prova no Mundial. Daynara de Paula venceu a final com 58.82, um pouco acima do índice, que ela já tinha. Quem também irá ao Mundial é Daiene Dias, 3ª na final com 1:00.29, fraco para ela.

1.500m livre masculino

Essa foi a prova do dia. Brandonn Almeida (foto acima) tem apenas 18 anos e já aparece bem há algum tempo como juvenil. Brandonn já chegou no Maria Lenk com 4 índices para o Mundial juvenil (400m livre, 1.500m livre, 200m costas e 400m medley).

O índice pro Mundial parecia difícil, quase 9s melhor que sua melhor marca. Mas Brandonn mostrou que é o grande nome da nova geração da natação brasileira e completou a distância com 15:12.20, batendo o recorde brasileiro da prova e conseguindo o índice para o Mundial! A última vez que um brasileiro nadou esta prova em um Mundial foi em 2003! Já são 17 brasileiros garantidos no Mundial em provas individuais!

O Maria Lenk segue nesta quarta com os 400m medley, 50m livre, 800m livre feminino e revezamentos 4x200m livre.

Natação encerra ano muito bem

Semana meio complicada de tempo, mas hoje de folga tentando tirar o atraso do blog!

No último sábado foram encerrados os dois últimos torneio da natação do ano, o Brasileiro Sênior e o Torneio Open, que são realizados ao mesmo tempo, o primeiro pela manhã no formato de eliminatórias apenas para sênior, e o segundo com finais a tarde. Foi a primeira de duas chances de conseguir índices para o Mundial de Kazan.

Foi uma chuva de índices para o Mundial e tempos muito bons para a última competição do ano.

Novamente o destaque foi Etiene Medeiros (foto)! Campeã mundial e recordista mundial em piscina curta dos 50m costas há duas semanas, Etiene conseguiu dois índices para Kazan, vencendo os 50m costas com o tempaço de 27.37, recorde sul-americano, melhor tempo do mundo no ano e perto do recorde mundial de 27.06 de uma chinesa. Etiene fecha o ano como líder do ranking mundial nos 50m costas em piscina curta e longa! Além disso, no último dia, ela fez 24.74 nos 50m livre, novo recorde sul-americano! Graciele Hermann com 24.87 e Lorrane Ferreira com 25.20 também fizeram índice, mas só duas podem ir!

A equipe feminina fez mais 4 índices. O torneio marcou a volta de Joanna Maranhão à seleção feminina, a nadadora brasileira mais completa da história. Joanna fez índices nos 200m medley com 2:13.40 e nos 400m medley, com 4:41.00! Na prova longa, ela chega bem perto do seu recorde brasileiro de 4:40.00, o mais antigo do Brasil, estabelecida na final olímpica de Atenas. Nos 100m borboleta, foram duas atletas com índice: Daynara de Paula com 58.36 e Daiane Dias com 58.49.

No masculino, foram vários índices. César Cielo fez nos 50m e 100m livre e nos 50m borboleta. Mas o mais rápido do torneio foi Bruno Fratus, com os melhores tempos nos 50m livre (21.41) e nos 100m livre (48.57). Thiago Pereira ficou fora do Mundial de curta, mas já se garantiu na Rússia em duas provas, 100m borboleta e 200m medley (belo tempo de 1:57.23).

5 ouros em Doha, Felipe França fez a lição de casa e se garantiu nos 50m peito (27.04) e nos 100m peito (1:00.43), mas o melhor tempo da prova curta foi de João Gomes Jr com 26.89 (o WR é 26.62). Leonardo de Deus vem se firmando na seleção e cada vez com mais chances de medalha (depois da prata na Pan-Pacífico). Léo fez 3:50.37 nos 400m livre, novo recorde brasileiro e a 0.36 do sul-americano, e também 1:56.93 nos 200m borboleta, sua especialidade.

Completam os índices Nicholas Santos (23.01 nos 50m borbo), Guilherme Guido (53.73 nos 100m costas), Henrique Rodrigues (1:59.89 nos 200m medley) e Thiago Simon (2:10.58 nos 200m peito).

A última chance de se garantir em Kazan será em abril, no Maria Lenk e muita coisa ainda vai acontecer, pois muitos nomes fortíssimos ficaram sem índice.

Troféu Maria Lenk – Parte I

O Troféu Maria Lenk de natação começou arrebatador em São Paulo na segunda-feira, feriado de Tiradentes, e seguiu cheio de boas novidades na terça, fechando a sua primeira metade com uma quarta-feira espetacular!

Dia 1

A disputa começou com as provas de 200m livre. No feminino, Larissa Oliveira venceu pela primeira vez na vida no ML com o tempo de 2:00.73. Ainda não bateu a irritante barreiras dos 2min, mas as 4 primeiras colocadas mostraram que o revezamento 4x200m livre tem tudo para finalmente bater o recorde da equipe de Atenas-2004 de 8:05.29. Somando o seu tempo com Manuella Lyrio, Jéssica Cavalheiro e Julia Volkmann, soma-se 8:05.09. Tá na hora!

Na prova masculina, Nicolas Oliveira segue como o principal nome da prova, vencendo com 1:47.17, índice para o Pan Pacífico e 11ª marca mundial no ano. Bicampeão universitário americano, João de Lucca decepcionou com a prata com 1:49.01, mas ele vem de várias competições, semana de provas e muitas viagens.

Nos 100m costas feminino, Etiene Medeiros confirmou o favoritismo vencendo com 1:01.37, tempo ruim, já que havia feito 1:00.77 nas eliminatórias, primeira vez que nadou abaixo de 1:01. Na prova masculina, vitória de Fábio Santi com 54.32, sua melhor marca pessoal. Uma cara nova pra essa prova que o Brasil vem deixando a desejar no masculino.

Os 1.500m feminino foram bem ruins, com Poliana Okimoto vencendo com 16:47.44, quase 20s do seu recorde brasileiro. Ela está totalmente focada nas maratonas, claro, e terá uma temporada bem longa.

Nos revezamento 4x50m livre, duas grandes performances! No masculino, vitória inédita do Minas com César Cielo abrindo para 21.71. No feminino, vitória do Corinthians, mas o destaque ficou pro Grêmio Náutico União, apenas em 5º lugar. Isso porque Graciele Hermann abriu com 24.76, igualando o recorde sul-americano da venezuelana Arlene Semeco!

Dia 2

O nome do dia foi o do Thiago. Não só do medalhista olímpico Pereira como da surpresa Simon.

Nos 200m peito, Thiago Simon, que nadou apenas pela 6ª vez na carreira essa prova, fez o melhor tempo das eliminatórias com 2:12.74, abaixo do índice do Pan Pacífico, melhorando em quase 4s seu melhor tempo. Na final, ele confirmou o seu tempo e ainda melhorou para 2:11.99, se garantindo na competição australiana. Prata para Henrique Barbosa com 2:12.54, também índice.

Na prova feminina, a pior do Brasil disparado, viu a argentina Julia Sebastian vencer pela 3ª vez seguida, agora com 2:28.53. Já são quase 5 anos sem nenhuma brasileira nadando abaixo de 2:30. Pâmela Souza foi prata com 2:30.34.

Nos 100m borboleta, apareceu o outro Thiago, o mais conhecido. Thiago Pereira venceu com 52.37, conquistando seu primeiro índice para o PanPac! Boa prova com todo o pódio nadando na casa dos 52s. Na prova feminina, a dinamarquesa Jeanette Ottesen venceu com 57.22, segunda melhor marca do mundo no ano. Daynara de Paula foi a melhor brasileira em 3º com 58.49, confirmando o índice pela 3ª vez.

Surpresa nos 1.500m masculino com a vitória de Miguel Valente com 15:28.87. O mais surpreendente foi que ele nadou pela manhã, nas séries “fracas”. Primeira vez na história que o campeão do Maria Lenk não saiu das séries fortes.

Dia 3

A húngara Katinka Hosszu, um dos maiores nomes da atualidade da natação feminina, fez sua estreia no revezamento 4x50m na segunda-feira, nadando 24.89, mas nos 400m medley que mostrou para o que veio pra São Paulo. Defendendo o Corinthians, ela venceu com 4:38.81 na final (fez 4:34.91 nas eliminatórias), milhas na frente da argentina Florencia Perotti com 4:51.02 e de Julia Gerotto, melhor brasileira em 3º com 4:56.95.

Nos 400m medley masculino, Thiago Pereira fez a lição de casa, vencendo com 4:15.45 e mais um índice para o PanPac. Thiago Simon novamente fez história, ficando com a prata com 4:17.98 e mais um índice também!

Aí vieram as provas mais rápidas! Nos 50m livre feminino, vitória de Jeanette Ottesen com 24.59, mas foi a prata que chamou atenção. Graciele Hermann nadou novamente abaixo dos 25s, fazendo 24.79 (24.96 nas eliminatórias pela manhã). Agora ela provou que passou desta barreira e veio pra ficar. Alessandra Marchioro foi bronze com 25.17 e também fez índice para o PanPac. Em 5ª, Lorrane Ferreira fez 25.34 e também fez índice, mas como só vão as duas melhores, não ganhou a vaga.

O show veio mesmo nos 50m livre masculino! Cielo já mostrou que não veio pra brincadeira nadando 21.79 nas eliminatórias, seguido de 22.09 de Bruno Fratus. Mas na final os dois deram um espetáculo. Cielo venceu com 21.39, melhor marca do mundo no ano!! E Bruno chegou em 2º com 21.45, segunda marca do mundo no ano! Os dois deixaram para trás os tempos de 21.65 de Eamon Sullivan, 21.70 de Florent Manaudou e 21.77 de James Magnussen. Lembrando que o Cielo foi ouro em Barcelona ano passado com 21.32.

Nos 800m livre feminino, Poliana Okimoto venceu mais um com 8:43.78, novamente um tempo não muito bom, mais de 9s do índice pro PanPac. Nos revezamentos 4x200m livre, vitória do Minas no masculino com 7:20.05 e do Corinthians no feminino com 8:08.47.

Após 3 dias, o Corinthians lidera com 1.236,50 pontos, seguido do Minas com 927 e do Pinheiros com 663. Pelo jeito ainda vem muita coisa boa nos próximos 3 dias!