O espetáculo de Darlan Romani no domingo!

Simplesmente sensacional! Espetacular! Histórico!

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Darlan Romani competindo em Stanford, neste domingo. Foto: Victah Sailer

Difícil medir palavras pro feito do Darlan Romani na etapa de Eugene da Diamond League, nos Estados Unidos. No tradicional e fortíssimo meeting Prefontaine Classic, Darlan deu show absoluto no arremesso de peso.

Darlan vem numa evolução excelente desde os Jogos do Rio, quando surpreendeu com o 5º lugar, com recorde brasileiro na época de 21,02m. Em 2017, se manteve constantemente acima dos 20m, batendo o recorde sul-americano em junho com 21,82m, apesar de fracassar no Mundial, onde sequer pegou final. Em 2018, disputou 15 competições e em 14 delas arremessou para acima dos 21m, atingindo o auge do recorde sul-americano de 22,00m em sua última prova do ano, no Troféu Brasil em setembro.

Este ano, ele seguiu na casa dos 21m, pegando dois bronzes em etapas da Diamond League, com 21,60m em Doha e 21,68m em Roma. Esses 22m estavam demorando.

Até este domingo.

A prova começou com o americano Ryan Crouser abrindo na 1ª tentativa para 22,17m contra 21,64m do brasileiro e 21,63m do fortíssimo neozelandês Tom Walsh. Na 2ª série, Darlan melhorou para 21,92m, sua melhor marca do ano, enquanto Crouser queimava e Walsh fazia 21,61m. Aí na 3ª tentativa veio a marca: 22,46m, novo recorde sul-americano! Na 4ª, Darlan melhorou para 22,55m! E na 5ª fez espetaculares 22,61m!! Ainda fechou com 22,37m! Que série espetacular de média 22,26m! Crouser não melhorou e ficou mesmo com os 22,17m da 1ª tentativa.

A marca de Darlan é a 2ª melhor do ano no mundo, mas o coloca como o 10º melhor atleta da história na prova! Ele está atrás de 4 americanos, 2 alemães, um italiano, um suíço e do neozelandês Walsh. Esta foi a 16ª melhor marca da história e é superior ao recorde olímpico (22,52m) e ao recorde do campeonato mundial (22,23m). Darlan deve subir para 2º do ranking mundial na sua prova e virar top-15 no ranking mundial geral que engloba todas as provas do atletismo.

Absolutamente fantástico!

Troféu José Finkel – Dia 1

Única seletiva para o Mundial de Piscina Curta, que será em dezembro, na China, começou nesta sexta o Troféu José Finkel, na piscina do Clube Pinheiros, em São Paulo. Serão selecionados pelo menos 20 atletas para o Mundial. Os índices são fortíssimos, equivalente ao 3º tempo para pegar final no último Mundial, em 2017. Quem fizer índice (só vale se for obtido na Final A) se garante na equipe. Caso não completem 20 atletas, irão os melhores índices técnicos apenas nas distâncias olímpicas, ou seja, 50m estilos e 100m medley não valem.

O CREDITO DA FOTO É OBRIGATORIO: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Vinícius Lanza. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Pela manhã, destaque para Diego Prado, único a nadar abaixo do índice na etapa. Foi nas eliminatórias dos 100m peito com 56.93 (índice é 57.00), mas na final, ficou longe desse tempo e não deve ir o Mundial. Não houve nenhum índice nas finais, mas tivemos ótimas marcas.

Foram 2 recordes sul-americanos em piscina curta. Fernando Scheffer venceu os 400m livre com 3:40.87, melhorando a marca continental (do venezuelano Cristian Quintero) em 0.80 e a marca brasileira (de Leonardo de Deus) em 0.88. Breno Correia, 2º nos 400m livre com 3:41.65, também nadou abaixo do recorde sul-americano anterior. O outro recorde continental foi com Jhennifer Conceição nos 100m peito. Ela venceu com 1:05.69, baixando marca de Carolyne Mazzo obtida há pouco mais de 1 mês, em 0.17. Carolyne bateu em 2º bem perto com 1:05.89.

As outras vitórias do dia foram de Maria Paula Heitman nos 400m livre com 4:06.92, Daiene Marçal Dias nos 100m borboleta com 56.91, Vinícius Lanza nos 100m borboleta com 50.17 e Felipe Lima nos 100m peito com 57.12. O Pinheiros venceu os dois revezamento 4x100m livre, com 3:36.43 no feminino e ótimos 3:06.82 no masculino, bem perto do recorde sul-americano.

Não está claro no sistema que há um limite por prova para os convocados por índice técnico, mas vou assumir isso. Seleção brasileira para o Mundial após o 1º dia, todos por índice técnico:

  1. Felipe Lima – 100m peito – 922
  2. João Gomes Jr – 100m peito – 909
  3. Fernando Scheffer – 400m livre – 887
  4. Daiene Marçal Dias – 100m borboleta – 883
  5. Vinícius Lanza – 100m borboelta – 880
  6. Breno Correia – 400m liver – 878
  7. Giovana Diamante – 100m borboleta – 866
  8. Maria Paula Heitmann – 400m livre – 856
  9. Jhennifer dos Santos – 100m peito – 855
  10. Nicholas dos Santos – 100m borboleta – 854
  11. Viviane Jungblut – 400m livre – 848
  12. Carolyne Mazzo – 100m peito – 847

Natação de olho no Pan-Pacífico

Em ano sem Mundial, JO ou mesmo Jogos Pan-Americanos, a principal competição internacional da temporada da natação brasileira será o Pan-Pacífico, no começo de agosto em Tóquio, na piscina que receberá o pólo aquático em 2020.

Na preparação, duas competições fortes: o torneio Sette Colli, em Roma, e o Aberto de Paris. Ao todo, os brasileiros conquistaram 53 medalhas nos dois torneios, sendo 15 no torneio italiano e 38 no francês. Foram 14 ouros, 24 pratas e 15 bronzes.

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Guilherme Costa

O principal destaque foi Guilherme Costa, que bateu o recorde sul-americano dos 800m livre no meeting italiano com 7:50.92, quando ficou com a prata. Ele ainda foi bronze nos 1.500m livre em Roma, ouro nos 400m livre e prata nos 1.500m livre em Paris. Luiz Altamir Melo foi muito bem, levando os 200m livre (1:46.84, empatado com Fernando Scheffer) e os 200m borboleta (1:55.83) em Roma e repetindo o feito em Paris, com 1:48.26 na prova livre e 1:57.19 no borboleta.

Bruno Fratus nadou novamente bem levando os 50m livre em Paris com 21.80, além das pratas em Roma nos 50m livre (21.77) e nos 100m livre (48.58). Nas provas olímpicas masculinas, o único outro ouro foi de Pedro Spajari nos 100m livre em Paris com 49.02.

No feminino, Manuella Lyrio foi o destaque ao vencer os 400m livre em Paris numa prova extremamente esvaziada com fracos 4:17.61, mas mostrou que está voltando ao seu melhor nos 200m livre, ao ser prata nas duas competições, com 1:57.99 em Roma e 1:58.47 em Paris. Larissa Olivera foi bronze nas duas, com 1:58.55 em Roma e 1:58.66 em Paris. Bom ver Etiene Medeiros voltando a nadar bem, mas ainda um pouco longe do seu melhor.

Vale lembrar que o Brasil enviará para Tóquio apenas 16 atletas para a piscina e mais 4 para as águas abertas. Na piscina, apenas Lorrane Ferreira e Larissa Oliveira serão as representantes femininas.

Troféu Brasil de Natação – Dia 2

Mais um recorde sul-americano e parciais no revezamento muito interessantes no 2º dia no Rio de Janeiro.

As primeiras finais foram os 200m medley. Sem Joanna Maranhão, a vitória no feminino ficou com Gabrielle Gonçalves (Unisanta) com 2:15.45, seguida da argentina Virginia Bardach (Corinthians) 2:15.96 e de Nathalia Almeida (Flamengo) 2:16.25. Já no masculino, mais uma grande prova de Vinicius Lanza (Minas)! Depois de uma eliminatória fraca onde ninguém nadou pra baixo de 2min, Lanza completou em 1:58.10, seguido de Leonardo Santos (Pinheiros) com 1:59.66 e Caio Pumputis (Pinheiros) 2:01.02.

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Guilherme Costa. Foto: CBDA

Na prova mais longa, Viviane Jungblut (GNU) venceu seu 2º ouro no Troféu, agora nos 1.500m livre, com 16:28.56, ficando a 6s do seu recorde brasileiro. Ana Marcela Cunha (Unisanta) 16:43.72 e Gabriela Ferreira (Minas) 16:49.61 completaram o pódio. Nos 800m masculino, um show de Guilherme “Cachorrão” Costa (Pinheiros)! Ele completou a prova em 7:52.54, melhorando o seu recorde sul-americano em quase 4s! Miguel Valente (Minas) com 7:56.18 também nadou abaixou do recorde anterior (mesmo que apenas 0.01). Bruce Almeida (Corinthians) fechou o pódio com 7:59.59.

Fernanda Goeij (Curitibano) liderou toda a final dos 200m costas feminino, mas na batida perdeu para a argentina Andrea Berrino (Unisanta) com 2:13.20 contra 2:13.35 de Goeij. Kira Toussaint (Minas) foi bronze com 2:13.78. Leonardo de Deus (Unisanta) venceu mais uma vez a prova dos 200m costas. Ele voou no início, mas cansou na última piscina vencendo com 1:59.27, único abaixo dos 2min. Nathan Bighetti (Minas) 2:00.60 e Brandonn de Almeida (Corinthians) 2:01.26 vieram em seguida.

O Pinheiros venceu o revezamento 4x200m feminino com 8:06.74, mas o destaque foi a prova masculina, vencida pelo Minas com 7:13.34. 3º a nadar pelo Minas, Fernando Scheffer fez uma parcial espetacular, de 1:44.84! Mesmo sendo uma parcial lançada (ele não perde o tempo do apito inicial), é um tempo de muito respeito. Ele foi (bem) melhor que Ryan Lochte no 4x200m ouro no Rio-2016 (1.19 melhor) e que Michael Phelps (0.42). Nas parciais da equipe britânica ouro em Budapeste-2017, ele foi bem melhor que Nicholas Grainger, levemente pior que Duncan Scott, mas ficaria bem atrás do James Guy. Ainda assim, um tempo espetacular. Vale lembrar que o recorde sul-americano é de 1:46.42, que logicamente não foi batido pois foi uma saída lançada. Ainda assim, tem uma folga enorme pra partida! A prova será na sexta-feira.

Após o 2º dia, a seleção pro Pan-Pacífico está assim:

  1. Vinícius Lanza – 200m medley – 1:58.10 – 12º
  2. Guilherme Costa – 800m livre – 7:52.54 – 14º
  3. Leonardo Santos – 200m medley – 1:59.66 – 22º
  4. João Gomes Jr – 100m peito – 59.98 – 22º
  5. Iago Moussalem – 100m borboleta – 52.09 – 23º
  6. Daynara de Paula – 100m borboleta – 58.67 – 26ª
  7. Felipe França – 100m peito – 1:00.26 – 27º
  8. Fernando Scheffer – 400m livre – 3:49.06 – 28º
  9. Viviane Jungblut – 400m livre – 4:12.47 – 34ª
  10. Miguel Valente – 800m livre – 7:56.18 – 31º
  11. Leo de Deus – 200m costas – 1:59.27 – 34º
  12. Jhennifer Conceição – 100m peito – 1:08.46 – 36ª

Pro YOG temos no momento:

  1. Ana Carolina Vieira – 100m peito – 1:09.95 – 21ª ranking mundial junior de 2017
  2. Rafaela Raurich – 400m livre – 4:14.74 – 24ª
  3. Maria Luiza Pessanha – 200m medley – 2:16.92 – 29ª
  4. Fernanda Goeij – 200m costas – 2:14.69 – 29ª
  5. Vitor Pinheiro de Souza – 100m peito – 1:02.87 – 13º
  6. Izaac de Paula Jr – 800m livre – 8:14.26 – 20º
  7. Cristian Machado – 800m livre – 8:14.95 – 21º
  8. Enzo Kihara – 400m livre – 3:56.40 – 28º

Troféu Brasil de Natação – Dia 1

Depois da estreia da maratona aquática no domingo em Copacabana, o Troféu Brasil (antigo Troféu Maria Lenk) começou na piscina nesta terça-feira.

Única seletiva brasileira pro Pan-Pacífico e pros Jogos Olímpicos da Juventude, o campeonato começou animado, com recorde sul-americano e mostrando uma enorme disparidade entre as provas masculinas e femininas.

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Fernando Scheffer. Foto: CBDA

Os 400m livre abriram o 1º dia. Depois da prata nos 10km no domingo, Viviane Jungblut (GNU) ficou com a vitória na distância com 4:12.47, seguida de Gabrielle Gonçalves (Unisanta) com 4:13.41 e Rafaela Raurich (Curitibano) com 4:14.12. No masculino, Fernando Scheffer (Minas) deu um show, completando em 3:49.06, baixando o recorde sul-americano, que era do Brandonn de Almeida, em 0.40. Luiz Altamir (Pinheiros) com 3:50.51 e Giuliano Rocco (Minas) com 3:50.85 completaram o pódio.

Vinícius Lanza (Minas), que ficou de fora do último Mundial, fez uma excelente prova nos 100m borboleta com 51.42, 4ª melhor marca do mundo em 2018. Iago Moussalem (Pinheiros) com 52.09 e Henrique Martins (Minas) com 52.28 vieram em seguida. No feminino, mais uma vitória de Daynara de Paula (SESI) com 58.67. Quem nadou abaixo de 1min foi ao pódio: Daiene Marçal Dias (Flamengo) com 59.23 e Giovanna Tomanik (Pinheiros) com 59.38.

Mais uma vez, era enorme a expectativa pelos 100m peito, mas todos nadaram abaixo do esperado. João Gomes Jr (Pinheiros) foi o único a baixar da barreira de 1min e vencer com 59.98. Felipe França (Unisanta) com 1:00.26 e Felipe Lima (Minas) com 1:00.36 completaram o pódio. Aliás, um pódio bem velho, com os três com mais de 30 anos. Pedro Cardona (Pinheiros) decepcionou em 4º com 1:01.06. No feminino, as 3 primeiras foram estrangeiras. Campeã olímpica em Londres, a lituana Ruta Meilutyte nada pelo Pinheiros e venceu com 1:07.35, seguida das argentinas Macarena Ceballos (Minas) 1:07.76 e Julia Sebastian (Unisanta) 1:07.93. Macarena ficou a apenas 0.09 do recorde sul-americano. A melhor brasileira, em 4º, foi Jhennifer Conceição (Pinheiros) com 1:08.46.

Fechando o 1º dia, dobradinha do Pinheiros, vencendo os 2 revezamentos 4x100m livre. O feminino com 3:43.48 e o masculino com 3:14.31, recorde do campeonato.

Após o 1º dia, a seleção pro Pan-Pacífico conta com 12 nomes, já que 4 vagas são para os 4 melhores nos 100m livre masculino:

  1. Vinícius Lanza – 100m borboleta – 51.42 – 13º ranking mundial de 2017
  2. João Gomes Jr – 100m peito – 59.98 – 22º
  3. Iago Moussalem – 100m borboleta – 52.09 – 23º
  4. Daynara de Paula – 100m borboleta – 58.67 – 26ª
  5. Felipe França – 100m peito – 1:00.26 – 27º
  6. Fernando Scheffer – 400m livre – 3:49.06 – 28º
  7. Viviane Jungblut – 400m livre – 4:12.47 – 34ª
  8. Jhennifer Conceição – 100m peito – 1:08.46 – 36ª
  9. Gabrielle Roncatto – 400m livre – 4:13.41 – 38ª
  10. Daiene Dias – 100m borboleta – 59.23 – 41ª
  11. Luiz Altamir – 400m livre – 3:50.51 – 42º
  12. Carolyne Mazzo – 100m peito – 1:09.57 – fora do ranking

Pro YOG temos no momento:

  1. Ana Carolina Vieira – 100m peito – 1:09.95 – 21ª ranking mundial junior de 2017
  2. Rafaela Raurich – 400m livre – 4:14.74 – 24ª
  3. Bruna Leme – 100m peito – 1:10.74 – 35ª
  4. Aricia Peree (400m livre) ou Beatriz Zoppei (100m borboleta)
  5. Vitor Pinheiro de Souza – 100m peito – 1:02.87 – 13º
  6. Enzo Kihara – 400m livre – 3:56.40 – 28º
  7. Murilo Sartori – 400m livre – 3:56.85 – 30º
  8. Kaique Kauan Alves – 100m borboleta – 54.87 – 32º

GP Brasil tem marca histórica e dois campeões olímpicos

No último sábado, São Bernardo recebeu o GP Brasil de atletismo, que contou com a presença de 2 campeões olímpicos no Rio-2016: Thiago Braz e a polonesa bicampeã olímpica do lançamento de martelo Anita Wlodarczyk. Mas a presença dos dois foi abafada pela excelente prova do finalista olímpico Darlan Romani.

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Darlan Romani e sua marca histórica

Já falei do Darlan algumas vezes aqui e o incluí na lista de “5 nomes não tão novos para ficar de olho”. Treinado agora pelo cubano Justo Navarro, Darlan teve uma evolução sensacional e já é um dos melhores arremessadores do mundo. Na sua 1ª tentativa, Darlan abriu com bons 20,43m, mas na 2ª deu show com espetacular 21,82m! A marca é 80cm melhor que o recorde brasileiro dele obtido na final olímpica do Rio e 56cm melhor que o recorde sul-americano do argentino Germán Lauro, de 2013.

Com a marca, Darlan assume o 5º lugar do ranking de 2017 e é o 34º da história. A marca daria a ele a medalha de prata olímpica. Darlan está cada vez mais perto do Clube dos 22m.

Eis a evolução dele:

2010      17,19

2012      20,48

2013      20,08

2014      20,84

2015      20,90

2016      21,02

2017      21,82

Wlodarczyk foi o destaque feminino ao sobrar na prova do martelo com 78,00m. Ela é dona das 10 melhores marca da história e esta foi a 23ª vez que arremesso os 4kg para 78m ou mais. Já Thiago Braz decepcionou ficando em 2º com apenas 5,40m. Ele queimou as 3 em 5,60m e viu Augusto Dutra vencer a prova com esta marca. Mas Thiago está num treinamento de longo prazo já visando aos Jogos de Tóquio e ao recorde mundial do Lavillenie de 6,16m. Foram dois índices para o Mundial de Londres: Mateus Sá, bronze no Mundial Sub20 em 2014, venceu o triplo com 16,87m e Vitória Rosa faturou os 200m com 23.09.

Além dessas, poucas marcas de destaque para os brasileiros. Jéssica dos Reis venceu o salto em distância com 6,61m e Fernando Ferreira levou o salto em altura com 2,28m.

O foco agora é o Troféu Brasil, também em São Bernardo, que começa nesta sexta-feira.

Maria Lenk – Dia 3

Enquanto o país estava de olho na votação do processo de impeachment na Câmara, apenas 3 finais no domingo, mas com resultados muito, muito bons.

200m livre feminino

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Larissa Oliveira. Foto: Satiro Sodre/CBDA

Larissa Oliveira já mostrou a que veio nas eliminatórias, nadando para 1:58.52, enquanto Manuella Lyrio decepcionou com 2:01.29, indo nadar a Final B. Na final, Larissa deu show com 1:57.37, baixando o recorde sul-americano da prova em 0.66 que era da Manuella desde julho. Mesmo nadando na B, Manuella baixou o tempo para 1:58.62 e se garantiu como o segundo nome do Brasil na prova. Jéssica Cavalheiro foi bronze na prova com 1:59.05. No revezamento 4x200m livre, Gabrielle Roncatto se juntará a essas 3 nadadoras. Bom ver todas nadando para baixo de 2min de forma consistente!

200m borboleta masculino

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Nas eliminatórias, Kaio Márcio se classificou para sua 4ª Olimpíada ao nadar a distância em 1:56.40, baixando o índice. Na final, Leonardo de Deus venceu mais uma vez, fazendo 1:55.54. Kaio melhorou sei tempo da manhã para 1:56.21 e os dois nadarão a prova nos Jogos Olímpicos. Completou o pódio brasileiro Vinícius Lanza com 1:57.44.

200m medley feminino

Já com índice desde o Open em dezembro para a prova, Joanna Maranhão venceu a final com 2:14.37, não baixando do índice por 0.11. Numa chegada muito apertada, a checa Barbora Zavadova fez 2:15.01, a argentina Virginia Bardach 2:15.13 e Nathalia Almeida 2:15.24.

Troféu Daltely Guimarães/Campeonato Open – Dia 2

O segundo dia de disputas resultou em uma chuva de índices olímpicos.

Brandonn Almeida. Foto: Satiro Sodré/CBDA

Pela manhã, foram 7. Nos 200m livre, Nicolas Oliveira com 1:47.09 e João de Lucca com 1:47.81 confirmaram o favoritismo e se garantindo no Rio-2016 no momento. Guilherme Guido fez o ótimo tempo de 53.41 nos 100m costas e também está na lista. Joanna Maranhão disputará sua 4ª Olimpíada, graças a 4:40.78 nos 400m medley. Mas a surpresa da manhã veio nos 100m borboleta masculina. Até há pouco era a prova mais fraca do Brasil e o ponto fraco no nosso revezamento 4x100m medley, mas parece que as coisas estão mudando, pois foram 3 índices na prova! Marcos Macedo (52.17), Henrique Martins (52.25) e Nicholas Santos (52.31) prometem uma boa briga até o Maria Lenk.

A noite, mais índices e um recorde mundial!

Manuella Lyrio se garantiu com 1:58.43 nos 200m livre, se juntando a equipe. Etiene Medeiros bateu na trave pela manhã e à noite nos 100m costas, ficando a centésimos do índice, assim como Daynara de Paula e Daiene Dias nos 100m borboleta. Nos 100m borbo masculino, Henrique Martins baixou seu tempo da manhã com 52.14 e agora é o primeiro na lista pra prova.

Guilherme Guido deu show na final dos 100m costas com 53.09, baixando o seu recorde sul-americano! Tempaço que o colocaria entre os finalistas do Mundial. Na última prova, nos 400m medley masculino, Brandonn Almeida nadou muito para fechar com 4:14.07, conseguir o índice e ainda por cima bater o recorde mundial juvenil novamente!

Índices pro Rio-2016:

50m livre M (22s27) = Bruno Fratus – 21.37 (abertura de revezamento – Open)

50m livre F (25s28) = Lorrane Ferreira – 25.28 (abertura de revezamento – Open)

200m livre M (1m47s97) = Nicolas Nilo Oliveira – 1:47.09 (Daltely) / João de Lucca – 1:47.81 (Daltely)

200m livre F (1m58s96) = Manuella Lyrio – 1:58.43 (Open)

100m borboleta M (52s36) = Henrique Martins – 52.14 (Open) / Marcos Macedo – 52.17 (Daltely) / Nicholas Santos – 52.31 (Daltely)

100m costas M (54s36) = Guilherme Guido – 53.09 (Open)

200m costas M (1m58s22) = Leonardo de Deus – 1:57.43 (Daltely)

400m medley F (4m43s46) = Joanna Maranhão – 4:40.78 (Daltely)

400m medley M (4m16s71) = Brandonn Almeida – 4:14.07 (Open)

Atletismo em alta

O atletismo começou muito bem a temporada. Já falei algumas vezes nas últimas semanas das equipes dos revezamentos e dos lançamentos que estão nos EUA em aclimatação.

O destaque do fim de semana foi Ana Cláudia Lemos, que fez excelentes 11.01 em prova na Califórnia e bateu o recorde sul-americano da prova! Ela ficou em 2º na prova atrás da americana Jenna Prandini, com 10.92, melhor marca do mundo esse ano. A equipe feminina obteve outros bons resultados, com 51.57 da Geisa Coutinho nos 400m.

Já os homens do 4×100 estão na Flórida e o destaque foi Vitor Hugo dos Santos. Prata nos 200m no Mundial de Menores em 2013, Vitor Hugo bateu o recorde brasileiro juvenil nos 100m com 10.29. Ele ficou a apenas 1 centésimo do recorde sul-americano do panamenho Alonso Edwards.

No Texas, onde está a turma do 4×400, Hederson Estefani fez 45.41, melhor tempo da América do Sul no ano.

No Brasil, no paulista de atletismo, Darlan Romani fez 20,82m o arremesso de peso a apenas 8cm do seu recorde. Andressa Oliveira fez 61,20m no disco e novamente fez acima do índice pro Mundial. Quem colocou seu nome na equipe do mundial foi Talles Frederico Silva, após 2,28m no salto em altura.

novamente obteve um bom resultado na marcha na Europa. Em Portugal, foi bronze no tradicional GP de Rio Maior nos 20km com 1:21:04, seu melhor tempo do ano.

Troféu Maria Lenk – Dia 3

Dia de mais índices, grandes disputas nos 50m livre e a quebra de um recorde muito antigo!

400m medley

Nas eliminatórias, Joanna Maranhão, de volta ao Maria Lenk após um breve aposentadoria, fez 4:43.52, 0.06 do índice pro Mundial, que ela já conquistou em dezembro. Na final, o que ela queria mesmo era o recorde mais antigo da natação brasileira, de 4:40.00 que ela fez na final olímpica de Atenas. Por muito pouco, Joanna não o quebra, fazendo 4:40.57. Que fique para o Mundial!

Na prova masculina, não havia ninguém com índice ainda. Thiago Pereira nadou tranquilíssimo nas eliminatórias somente para classificar. Na final, 4:13.94 bem abaixo do índice de 4:16.71 e ele poderá disputar a prova que deu sua única medalha olímpica. Mas a bela surpresa veio com o 2º lugar do Brandonn Almeida com ótimos 4:15.82. Aos 18 anos, ele consegue índice para sua 2ª prova para Kazan! Thiago fez o 3º tempo do mundo no ano e Brandonn o 4º! Com estes índices, apenas os 200m costas masculino segue sem representante em Kazan, entre as prova olímpicas. Ele será disputado no sábado.

50m livre

Etiene Medeiros foi a única a nadar abaixo dos 25s nas eliminatórias, com 24.97. Na final, ela fez uma bela disputa com a Gracielle Hermann e venceu com 24.78, muito perto do recorde sul-americano que ela estabeleceu em dezembro de 24.74. Gracielle confirmou a segunda vaga para Kazan com 24.95, acima do tempo que ela já havia conquistado de 24.87.

Na prova masculina, quem deu o tom foi Bruno Fratus! Único abaixo de 22s nas eliminatórias (com 21.91), ele nadou braçada a braçada na final com o César Cielo e venceu com 21.74! Foi meio tenso, pois demorou um pouco para aparecer o seu tempo no placar, mas a vitória foi confirmada e Bruno vai para Kazan com o melhor tempo do Brasil. Cielo, que fica com a 2ª vaga, foi prata com 21.84. Eles fizeram o 2º e o 3º melhor tempo do ano, atrás apenas dos 21.57 que o Laure Manaudou fez domingo.

Outras provas

A equatoriana Samantha Arevalo repetiu a vitória dos 1.500m e levou os 800m livre com 8:39.26. Carolina Bilich ficou em 2º e foi a melhor brasileira com 8:40.79 e Poliana Okimoto completou o pódio. Todas bem longe do índice de 8:33.97. O Pinheiros venceu o 4x200m livre masculino com 7:16.67. Pelo Minas, Nicolas Oliveira abriu com bons 1:47.71, abaixando novamente o índice.

A Joanna não bateu o recorde nos 400m medley, mas o 2º recorde mais antigo da natação brasileira finalmente caiu!! Foi no 4x200m livre feminino, com o (alto) tempo de 8:05.29, estabelecido na final olímpica de Atenas-2004, quando o Brasil ficou numa ótima 7ª colocação. Nadando pelo Pinheiros, Joanna Maranhão, Manuella Lyrio, Gabriele Roncatto e Larissa Oliveira montaram o dream team e venceram com 8:03.22 com novo recorde sul-americano. Detalhe que a Joanna participou dessa final olímpica em 2004!

Nesta quinta, os 200m borboleta, 100m peito, 800m livre masculino e revezamentos 4x100m livre.