Demorou, mas finalmente a CBAt divulgou nesta semana os critérios para a equipe olímpica brasileira de atletismo.
Sem grandes novidades, ela adotou os mesmos critérios da IAAF. Quem conseguir índice nos períodos estabelecidos ou quem conseguir classificação pelo ranking mundial irá para Tóquio. As únicas alterações são para quando mais de 3 conseguirem índice e para a composição dos revezamentos. Os detalhes estão aqui.
Sendo assim, temos já 16 atletas com índice:
Masculino
Paulo André Camilo de Oliveira (Pinheiros) – 100 m – 10.04 (0.9)
Aldemir Gomes Junior (Pinheiros) – 200 m – 20.17 (0.9)
Gabriel Constantino (Pinheiros) – 110 m com barreiras – 13.18 (0.8)
Eduardo de Deus (Orcampi) – 110 m com barreiras – 13.30 (0.7)
Alison Brendom dos Santos (Pinheiros) – 400 m com barreiras – 48.28
Márcio Teles (Orcampi) – 400 m com barreiras – 48.60
Thiago Braz (Pinheiros) – salto com vara – 5,92 m
Augusto Dutra (Pinheiros) – salto com vara – 5,80 m
Alexsandro Melo (Orcampi) – salto triplo – 17,20 m
Almir Cunha dos Santos (Sogipa) – salto triplo – 17.15 (1.0)
Darlan Romani (Pinheiros) – arremesso do peso – 22,61 m
Daniel Chaves (Instituto ICB) – maratona – 2:11:10
Caio Bonfim (CASO) – 20 km marcha atlética – 1:18:47
Feminino
Vitória Cristina Rosa (Pinheiros) – 200 m rasos – 22.72 (0.4)
Erica Rocha de Sena (Orcampi) – 20 km marcha atlética – 1:27:37
Andressa Oliveira de Moraes (Pinheiros) – lançamento do disco – 65,34 m
Além disso, o Brasil já está garantido no 4x100m masculino e no 4x400m misto. Apenas Paulo André está confirmado como membro dos revezamentos. Lembrando que a Andressa está provisionalmente suspensa por doping, mas essa marca do índice foi obtida antes desse exame positivo.
Não foi nenhuma surpresa a atitude tomada pela CBAt, sem exigir confirmação de índice ou índices mais exigentes. O Mundial de Doha mostrou que o Brasil tem dois níveis de atletas: aqueles que se sobressaem em competições importantes, batendo marcas pessoais e aqueles que apenas vão para completar a equipe, fazendo marcas fracas e bem longe dos índices.
Claro que eu quero ver uma equipe enorme nas Olimpíadas, no maior número de provas, mas ter um alto número de atletas apenas para passear não é o ideal. A CBAt deveria exigir índices mais fortes que a IAAF ou então que o atleta confirmasse o índice em 2020. Pelo jeito isso vai ter que esperar…