Mundial de Natação em Piscina Curta – Dia 1

No 1º dia, o Brasil fez 5 finais e levou sua 1ª medalha, isolando César Cielo na história do esporte brasileiro.

O CREDITO DA FOTO É OBRIGATORIO: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Foto: Satiro Sodre/SSPress/CBDA

Depois de passar com o 2º tempo pra final no 4x100m livre masculino, o Brasil entrou com a mesma equipe das eliminatórias: Matheus Santana, Marcelo Chierighini, César Cielo e Breno Correia. A única alteração foi a ordem. Nas eliminatórias, Breno foi o 3º e Cielo fechou e na decisão eles inverteram. Matheus Santana abriu mal com 46.83, entregando pro Chierighini em 6º. Com 46.37, Cielo pegou também em 6º e conseguiu melhorar para 4º após uma parcial de 46.34. Breno voou pra fechar com 45.61, a 3ª melhor parcial lançada da final. Ele passou o italiano Lorenzo Zazzeri no final e o Brasil levou o bronze com 3:05.15 contra 3:05.20 da Itália. Na frente, os americanos lideraram do início ao fim e venceram com o novo recorde mundial 3:03.03 contra 3:03.11 da equipe da Rússia, que teve como destaque a parcial do Vladimir Morozov 45.06. Tanto na eliminatória como na final a equipe brasileira bateu o recorde sul-americano.

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Daiya Seto (JPN). Foto: Istavn Derencsenyi/FINA

Outros quatro brasileiros disputaram finais. Eles fizeram ótimas eliminatórias, mas não evoluíram nas finais. Fernando Scheffer fez o 3º tempo nos 400m livre 3:39.10, recorde sul-americano, mas na final piorou 3:39.40 e terminou em 8º. Vitória foi do lituano Danas Rapsys com 3:34.01. Nos 200m borboleta, Luiz Altamir Melo foi o 3º nas classificatórias 1:51.31, mas piorou 1:51.99 e foi 6º na final. Ouro pro japonês Daiya Seto 1:48.24, novo recorde mundial, impedindo o tetracampeonato do Chad le Clos, prata com 1:48.32.

Caio Pumputis foi o 2º melhor nas eliminatórias dos 200m medley com 1:53.33 e Leonardo Santos 5º com 1:53.53. Os dois melhoraram na final, mas Pumputis foi 5º com 1:53.05 e Leonardo 6º 1:53.38. Vitória do chinês Wang Shun 1:51.01.

Foram 3 finais no feminino. A australiana Ariarne Titmus levou o 200m livre com 1:51.38, passando a americana Mallory Comerford no finalzinho. Katinka Hosszu faturou seu 14º ouro em Mundiais de curta ao sobrar nos 400m medley com 4:21.40, contra 4:25.84 da americana Melanie Margalis. No 4x100m livre, as americanas venceram com 3:27.78 contra 3:28.02 da equipe holandesa.

Cielo no topo

Com o bronze no revezamento, César Cielo chega a 18 medalhas em Mundiais, se tornando o maior medalhista brasileiro da história no esporte. Ele tem agora 11 ouros, 2 pratas e 4 bronzes, sendo 6-1-0 em piscina longa e 5-1-4 em curta.

Maiores medalhistas brasileiros em Mundiais adultos:

César Cielo – 18 medalhas – 11-2-5
Robert Scheidt – 17 medalhas – 12-3-2
Torben Grael – 15 medalhas – 3-8-4
Gustavo Borges – 12 medalhas – 4-4-4
Isaquias Queiroz – 10 medalhas – 5-0-5
Ana Marcela Cunha – 10 medalhas – 3-2-5
Marcelo Ferreira – 10 medalhas – 2-5-3

Troféu José Finkel – Dia 5

No último dia do Troféu, mais belos resultados, recordes e a definição de uma forte equipe para o Mundial de piscina curta na China.

A primeira final foi os 200m peito feminino, onde a argentina Julia Sebastian venceu com 2:21.31, batendo o recorde sul-americano da prova. Em segundo lugar, ficou Carolyne Mazzo, que bateu o recorde brasileiro com 2:23.63. Na prova masculina, um show de Caio Pumputis. Nas eliminatórias, ele bateu o recorde brasileiro júnior 2 com 2:07.78 e na final destruiu o tempo com 2:03.27, chegando bem perto do recorde sul-americano (2:02.58) e conseguindo o seu 2º índice para o Mundial. Andreas Mickosz foi prata com 2:06.76.

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César Cielo e Matheus Santana. Foto: Satiro Sodré

Larissa Oliveira levou sua 3ª prova individual ao vencer os 50m livre com 24.08, 4 centésimos acima do índice e apenas 20 pior que o recorde continental. Etiene Medeiros ficou em 2º colada com 24.10. Na prova masculina, César Cielo deu seu show final no Brasil. O nosso único campeão olímpico vai encerrar a carreira no Mundial de piscina curta e garantiu seu nome na equipe ao vencer os 50m livre com 20.98, abaixo do índice de 21.29. Surpresa com o 2º lugar de Matheus Santana com 21.29 e fazendo o índice.

Nas provas longas, as vitórias vieram com quem nadou pela manhã. Viviane Jungblut fez 8:25.32 nas séries “fracas” dos 800m livre para ficar com o ouro enquanto Gabrielle Roncatto foi prata nadando à noite com 8:35.43. Nos 1.500m livre masculino, Guilherme Costa venceu com 14:45.59 também nadando pela manhã. Miguel Valente, que nadou à noite foi 2º com 14:51.32 e Diogo Villarinho foi 3º com 14:51.72. Ninguém fez índice.

Nos 100m medley, Andressa Lima foi a surpresa ao vencer com 1:00.74, seguida de Nathalia Almeida com 1:01.29 e Gabi Roncatto (pouco depois de nadar os 800m) com 1:01.78. Na prova masculina, mais um show de Caio Pumputis. Nas eliminatórias, ele havia batido o recorde sul-americano com 51.83 e na final chegou bem perto com 51.88 para levar o ouro e obter seu 3º índice pro Mundial. Vinícius Lanza também fez seu 3º índice ao bater em 2º com 52.22. Diego Prado em 3º também nadou abaixo do índice com 52.30, mas não irá ao Mundial, pois há limite de 2 por prova.

Para fechar o Troféu, os revezamentos 4x100m medley. No feminino, a equipe do Pinheiros, com Maria Pessanha, Jhennifer Conceição, Giovanna Diamante e Larissa Oliveira, bateu o recorde brasileiro com 3:58.07. Vale notar que o recorde sul-americano é do Minas de 2016, mas contava com a argentina Macarena Ceballos. No masculino, uma ótima prova com vitória do Minas cm Gabriel Fantoni, Felipe Lima, Vinícius Lanza e Marco Antonio Ferreira com o tempo de 3:23.89 contra 3:24.10 do Pinheiros. Cielo fechou pro Minas com 45.95, mas Marco Antonio segurou o Cesão. Destaque pra abertura do Guilherme Guido do Pinheiros com excelentes 49.77, bem perto da marca de 49.62 que fez na final da prova.

Com isso, o Brasil tem sua equipe de 20 nadadores definida para o Mundial. Tem nomes consagrados da geração anterior como Cielo, Nicholas Santos e Guilherme Guido, mas ótimos nomes da nova como Vinícius Lanza, Caio Pumputis, Luiz Altamir e Guilherme Costa. Brasil tem boas chances de brigar pelo topo do quadro de medalhas novamente, assim como ocorreu no Mundial de 2014.

  1. Etiene Medeiros – 50m costas – 25.95 (índice) – 967
  2. Guilherme Guido – 100m costas e 50m costas – 49.62 e 22.68 (índices) – 958 e 940
  3. Nicholas Santos – 50m borboleta – 22.17 (índice) – 950
  4. Vinicius Lanza – 200m borboleta, 200m medley e 100m medley – 1:51.00, 1:52.16 e 52.22 (índices) – 935, 933 e 893
  5. Caio Pumputis – 200m peito, 200m medley e 100m medley – 2:03.27, 1:52.26 e 51.88 (índices) – 932, 931 e 911
  6. Luiz Altamir – 200m borboleta e 200m livre – 1:51.54 e 1:42.59 (índices) – 921 e 908
  7. Felipe Lima – 50m peito – 26.00 (índice) – 913
  8. Larissa Oliveira – 100m livre – 52.45 (índice) – 914
  9. Cesar Cielo – 50m livre – 20.98 (índice) – 900
  10. Breno Correia – 200m livre – 1:42.99 (índice) – 898
  11. Matheus Santana – 50m livre – 21.29 (índice) – 861
  12. João Gomes Jr – 100m peito – 909
  13. Guilherme Basseto – 100m costas – 899
  14. Fernando Scheffer – 400m livre – 887
  15. Manuella Lyrio – 200m livre – 887
  16. Daiene Marçal Dias – 100m borboleta – 883
  17. Guilherme Costa – 1.500m livre – 878
  18. Marcelo Chierighini – 100m livre – 874
  19. Leonardo Santos – 400m medley – 874
  20. Brandonn de Almeida – 400m medley – 874

Troféu Daltely Guimarães/Campeonato Open – Final

Etiene Medeiros. Foto: Satiro Sodré/CBDA

No 3º dia de disputas, na sexta, o destaque foi Etiene Medeiros. depois de falhar nos 100m costas, ela não só conseguiu o índice dos 100m livre como bateu o recorde sul-americano com 54.26! Nos 100m livre masculino, foram 4 atletas com índice! Nicolas Oliveira surpreendeu e está na frente com o melhor tempo com 48.41. Matheus Santana com 48.71, Marcelo Chierighini com 48.72 e Alan Vitória com 48.96 formariam o forte revezamento 4x100m livre brasileiro. César Cielo decepcionou com o 11º tempo nas eliminatórias e desistiu do torneio. Só sobrou o Maria Lenk em abril para ele agora…

Thiago Pereira foi outro que abandonou a competição, mas diferente do Cielo, ele fez o índice nos 200m medley com 1:58.32. Henrique Rodrigues com 1:58.26 também se garante nos Jogos na mesma prova. Thiago Simon com 2:11.29 nos 200m peito e Joanna Maranhão com 2:14.04 nos 200m medley também fizeram índice.

No sábado, Etiene foi novamente um dos destaques. Nos 50m livre, melhor tempo dela com 24.71 e índice, assim como para Gracielle Herrmann com 24.92. No masculino, 5 atletas nadaram abaixo do índice, com Bruno Fratus na frente com 21.50 e Ítalo Duarte em 2º com 22.08. Os 100m peito seguem como uma das melhores provas do Brasil, com 4 abaixo do índice de 1:00.57. Felipe França foi o único a baixar de 1min e fez isso duas vezes, com 59.56 como melhor marca. A segunda vaga hoje seria para João Gomes Jr. com 1:00.00 cravado.

Leonardo de Deus se garantiu em uma outra prova, com 1:56.14 nos 200m borboleta. Fechando a equipe, Luiz Altamir Melo com 3:50.32 consegue a marca nos 400m livre.

Após 4 dias de boas provas, 25 atletas com índice olímpico, mas apenas 4 mulheres. No masculino, faltou índice em apenas uma prova, os 1.500m livre, pois Brandonn Almeida não nadou a prova em Palhoça. Em abril, o Troféu Maria Lenk fechará a equipe, os revezamentos e ainda servirá como evento-teste.

Índices pro Rio-2016

50m livre M (22.27) = Bruno Fratus – 21.50 (Open) / Ítalo Duarte – 22.08 (Open) / Marcelo Chierighini – 22.17 (Daltely) / Matheus Santana – 22.17 (Open) / Henrique Martins – 22.25 (Open)

50m livre F (25.28) = Etiene Medeiros – 24.71 (Open) / Graciele Herrmann – 24.92 (Open)

100m livre M (48.99) = Nicolas Nilo Oliveira – 48.41 (Daltely) / Matheus Santana – 48.71 (Daltely) / Marcelo Chierighini – 48.72 (Open) / Alan Vitória – 48.96 (Daltely)

100m livre F (54.43) = Etiene Medeiros – 54.26 (Daltely)

200m livre M (1:47.97) = Nicolas Nilo Oliveira – 1:47.09 (Daltely) / João de Lucca – 1:47.81 (Daltely)

200m livre F (1:58.96) = Manuella Lyrio – 1:58.43 (Open)

400m livre M (3:50.44) = Luiz Altamir Melo – 3:50.32 (Open)

100m borboleta M (52.36) = Henrique Martins – 52.14 (Open) / Marcos Macedo – 52.17 (Daltely) / Nicholas Santos – 52.31 (Daltely)

200m borboleta M (1:56.97) – Leonardo de Deus – 1:56.14 (Open)

100m costas M (54.36) = Guilherme Guido – 53.09 (Open)

200m costas M (1:58.22) = Leonardo de Deus – 1:57.43 (Daltely)

100m peito M (1:00.57) = Felipe França – 59.56 (Daltely) / João Gomes Junior – 1:00.00 (Open) / Felipe Lima – 1:00.09 (Daltely) / Pedro Cardona – 1:00.14 (Open)

200m peito M (2:11.66) = Thiago Simon – 2:11.29 (Open)

200m medley M (2:00.28) = Henrique Rodrigues – 1:58.26 (Daltely) / Thiago Pereira – 1:58.32 (Daltely)

200m medley F (2:14.26) = Joanna Maranhão – 2:14.04 (Open)

400m medley F (4:43.46) = Joanna Maranhão – 4:40.78 (Daltely)

400m medley M (4:16.71) = Brandonn Almeida – 4:14.07 (Open)

Mundial de Esportes Aquáticos – Dia 13

Quase uma medalha de bronze e um ótimo dia nas semifinais pros brasileiros.

200m borboleta masculino

Laszlo Cseh

O húngaro Laszlo Cseh segurou o atual campeão olímpico e mundial da prova, o sul-africano Chad le Clos, para levar seu segundo ouro em Mundiais. Cseh assumiu a liderança na metade da prova para vencer com 1:53.48, contra 1:53.68 de le Clos. Com uma excelente piscina final, o polonês Jan Switkowski saiu do 6º lugar na parcial dos 150m para o bronze com 1:54.10.

200m livre feminino

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Tá difícil alguém segurar essa menina! Katie Ledecky acda vez prova que é sobre-humana e segue carregando os EUA nas costas nesse Mundial. Os 3 ouros americanos por enquanto foram dela. Ledecky assumiu a liderança na última metade da última piscina para vencer na batida com 1:55.16, deixando a recordista mundial Federica Pellegrini com a prata com 1:55.32. Foi a 6ª medalha em mundiais de piscina longa da italiana nesta prova! Ela sempre subiu ao pódio desde 2005, com 2 ouros, 3 pratas e 1 bronze. A rainha americana Missy Franklin ficou com o bronze com 1:55.49. A holandesa Femke Heemskerk liderou desde o início até por volta dos 160m, mas acabou em 8ª.

50m peito masculino

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Campeão mundial em 2011, Felipe França ficou muito perto da medalha perdendo o bronze por apenas 1 centésimo! França terminou em 4º com 26.87. A vitória foi pro espetacular britânico Adam Peaty, que venceu com 26.51, não melhorando seu recorde mundial estabelecido nas semifinais. O sul-africano Cameron van der Burgh ficou em 2º com 26.66 e o bronze foi pro americano Kevin Cordes com 26.86.

800m livre masculino

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Depois de vencer os 400m e com a prata nos 200m, Sun Yang chegou como favorito e venceu com 7:39.96, faturando o tricampeonato da distância e o 4º título seguido de um chinês. O italiano Gregorio Paltrinieri se tornou líder na metade da prova, com o Sun Yang colado. Nos últimos 50m, o chinês assumiu a liderança e deixou o italiano com a prata com 7:40.81, recorde europeu. O australiano Mack Horton, o grande nome do Mundial Jr de 2013 com 5 ouros, foi bronze com 7:44.02, após liderar toda a primeira metade da final.

Revezamento 4x100m medley misto

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A equipe americana bateu o recorde mundial nas eliminatórias com 3:42.33, mas na final, foi a Grã-Bretanha que levou a melhor na estreia da prova em Mundiais. Com a bela equipe que incluiu o Adam Peaty na perna de peito, lideraram quase toda a prova, para vencer com 3:41.71, novo recorde mundial. EUA foi prata com 3:43.27 e a Alemanha bronze com 3:44.13. O Brasil ficou em 9º nas eliminatórias, com uma estratégia ruim, a 4s do 8º lugar.

Outras Provas

O australiano Cameron McEvoy fez o melhor tempo na semi dos 100m livre com 47.94, com Marcelo Chierighini passando com o 6º tempo de 48.37 enquanto Matheus Santana nadou bem, mas ficou em 9º com 48.52, fora da final por apenas 0.03. A surpresa foi a desclassificação do favorito Vladimir Morozov, que queimou a largada.

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Tanto nas eliminatórias quanto na semifinal, Etiene Medeiros ficou atrás da chinesa Fu Yuanhui. Na semi, Fu nadou para 27.18 enquanto a brasileira completou em 27.41.

Nos 200m medley, Thiago Pereira e Henrique Rodrigues passaram pra final, a 8ª vez na história que dois brasileiros conseguem esse feito. Thiago fez o 3º tempo com 1:57.33 e Henrique 0 7º com 1:58.45. Melhor tempo, claro, de Ryan Lochte com 1:56.81.

A japonesa Natsumi Hoshi fez o melhor tempo da semifinal dos 200m borboleta com 2:06.36. Joanna Maranhão ficou em 16º com 2:09.69, nadando bem perto do seu recorde sul-americano.

Salto em Penhasco Masculino

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Prata em 2013, o britânico Gary Hunt fez uma bela competição e fechou a competição com 629,30 após 5 saltos. O mexicano Jonathan Paredes, bronze em Barcelona, também subiu um degrau no pódio e ficou com a prata com 596,45. O russo Artem Silchenko completou o pódio com 593.95. O colombiano Orlando Duque, que defendia o título, fez 4 saltos médios, mas fechou de maneira sensacional num salto de 151,20, mas terminou em 6º.

Pólo Aquático

Na disputa do 9º lugar, o Brasil não foi páreo para a Hungria, e levou uma goleada de 22-7, terminando em 10º, a melhor colocação da história no feminino.

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Nas semifinais, os EUA venceram a Austrália por 8-6 e voltam à final do mundial desde que venceram em 2009. Na final em busca do 4º título, vão enfrentar a Holanda que, após empate em 5-5, venceu nas penalidades a Itália por 5-4. A Holanda foi campeã olímpica em 2008, mas não disputava uma final de mundial desde 1998.

Saldo da natação brasileira após 8 sessões:
1 – Prata
2 – 4º lugar
1 – 6º lugar
8 finais
18 semifinais
1 recorde brasileiro

Jogos Pan-Americanos Toronto-2015 – Prévia III

Seguindo as prévias dos esportes e minhas previsões de medalha.

Natação (32 provas na disputa)

Thiago Pereira

Brasil mandou sua equipe A para Toronto, com a grande ausência de César Cielo. O Pan serve de preparação para boa parte da equipe que vai a Kazan e deve novamente trazer muitas medalhas.

A equipe masculina em 2011 levou 10 ouros, 3 pratas e 4 bronzes nas 16 provas, mas não deve repetir o feito. Thiago Pereira tem 12 ouros em Pan e deve levar mais alguns em Toronto, além de ser o responsável por entrar com a bandeira brasileira na cerimônia de abertura. Felipe França e Felipe Lima devem fazer a dobradinha nos 100m peito. São favoritos também Leonardo de Deus nos 200m borboleta, Bruno Fratus nos 50m livre e Matheus Santana nos 100m livre. O Canadá vem muito forte, liderados pelo Ryan Cochrane, prata em Londres. Ele é o favorito pros 400m e 1.500m livre. A equipe americana é B/C, mas tem nomes fortes como Cullen Jones, prata em Londres nos 50m livre e Darian Townsend (ouro em Atenas pela África do Sul).

A equipe feminina busca o ouro inédito. Inédito de fato, pois Rebeca Gusmão venceu os 50m e 100m livre no Rio-2007, mas perdeu ambos os ouros por doping. Quem pode chegar perto disso são Etiene Medeiros nos 50m livre e 100m costas e Joanna Maranhão nos 200m e 400m medley. Foram 7 medalhas no 2007 e em 2011, mas essa equipe tem chances de melhorar isso, como Larissa Oliveira nos 200m livre, Daynara de Paula nos 100m borboleta, Graciele Hermann nos 50m livre, além dos 3 revezamentos. Além das equipes americanas e canadenses, vale ressaltar nomes fortíssimos, como Arianna Vanderpool-Wallace, das Bahamas, a jamaicana Alia Atkinson e a chilena Kristel Kobrich.

Minha previsão: 29 medalhas (10O-11P-8B)

Tiro com Arco (4)

A última medalha brasileira no esporte foi em 1983 e nunca passou de um bronze (foram 5 no total), mas o Brasil chega com sua melhor equipe num esporte que vem crescendo bastante. Marcus Vinícius D’Almeida se redimiu com o título mundial cadete há algumas semanas e pode surpreender o favorito no papel, o americano Brady Ellison, 2º do mundo e campeão em 2011. Por equipe, os EUA nunca perderam o ouro, mas podem ser surpreendidos pelo Brasil ou pelo México.

Aida Roman

No feminino, a mexicana Aida Roman, 4ª do mundo e vice-campeã olímpica, é a favorita. Sarah Nikitin tem melhorado e pode brigar por medalha, assim como a americana Khatuna Lorig e as colombianas Ana Maria Rendon e Natalia Sanchez. Por equipe, o Brasil já fica mais distante e um bronze já seria uma surpresa.

Minha previsão: 3 medalhas (1O-1P-1B)

Vôlei de Praia (2)

Logicamente, o Brasil chega como favorito a dois ouros no vôlei de praia, embora não conte com suas principais duplas. No masculino, Vítor e Álvaro Filho foram quadrifinalistas no Mundial semana passada. Outras boas duplas são os mexicanos Ontiveros/Virgen e os canadenses Binstock/Schachter. No feminino, Brasil contará com Carol/Lili, hoje a 4ª ou 5ª dupla do Brasil. Suas maiores adversárias serão as canadenses Humana-Paredes/Pischke. Nos dois últimos Pans, o Brasil foi ouro no masculino e no feminino.

Minha previsão: 2 mealhas (2O)

Basquete (2)

A equipe brasileira é formada basicamente por atletas que atuam no Brasil e com 3 que jogam na Espanha. Apesar do Pan não valer grande coisa, o Canadá vem com uma forte equipe, com 3 jogadores que atuam na NBA. Já os EUA contam com uma equipe basicamente formada por universitários, o que não quer dizer que é fraca. A Argentina também não pode ser desconsiderada, apesar de ser uma equipe B. O último título americano em Pans foi em 1983! O Brasil vinha de um tri, mas nem chegou às semifinais em 2011. No feminino, a equipe também é mista e deve novamente ficar entre as quatro, assim como Canadá, EUA e Cuba.

Minha previsão: 2 medalhas (1P-1B)

Levantamento de Peso (15)

Fernando Reis

Fernando Reis é o maior nome do esporte no Brasil. Campeão em 2011, tem figurado entre os 10 melhores do mundo na sua categoria e deve levar o ouro. Seu maior adversário é o canadense George Kobaladze, mas ainda está uns 20kg atrás do brasileiro. Boas chances de medalha com Jaqueline Ferreira, Rosane Santos e com os irmãos Marco Túlio e Mateus Machado. Colômbia e Cuba devem dominar no masculino, assim como República Dominicana, Colômbia e Equador no feminino. Destaque pro colombiano Oscar Figueroa, prata em Londres.

Minha previsão: 4 medalhas (1O-1P-2B)

Boxe (13)

Claressa Shields

A equipe brasileira conta com bons nomes que inclusive podem brigar por medalha em 2016, mas com poucas chances de ouro. Quando o assunto é boxe, Cuba vem a cabeça. Em 2011, eles venceram 8 das 10 categorias masculinas e podem repetir o feito. A equipe americana é sempre boa, mas não tem nenhum nome. Vale lembrar que os americanos não levaram nenhuma medalha nos Jogos de Londres nem no último mundial no masculino. Já entre as mulheres, o maior nome é a americana Claressa Shields, campeã olímpica em Londres, além de Marlen Esparza, bronze na mesma edição. Ambas foram campeãs mundiais ano passado.

Minha previsão: 4 medalhas (1P-3B)

Ciclismo Pista (10)

Sarah Hammer

A equipe brasileira tem evoluído bastante e pode quebrar o jejum que vem do bronze na perseguição por equipes masculina em 1995! Flávio Cipriano vem forte principalmente na Keirin e Gideoni Monteiro está muito bem na Omnium. Em 2011, a Venezuela surpreendeu com 5 ouros em 10 provas, mas a Colômbia é o país mais forte da modalidade nas Américas, contando com a veteraníssima de 46 anos Maria Luisa Calle, medalhista olímpica em 2004 e ainda em boa forma. Mas o maior nome em Toronto é sem dúvida Sarah Hammer. A americana é pentacampeã mundial na perseguição individual (que não está no programa) e atual bicampeã mundial na Omnium, prova em que foi prata Londres. Com a forte equipe americana, pode levar também a perseguição por equipes, onde farão um grande duelo com o Canadá, que é atual vice-campeão mundial.

Minha previsão: 1 medalha (1B)

Ginástica Rítmica (8)

Angélica Kvieczynski tem melhorado muito no individual e pode beliscar uma medalha no geral e nas provas por aparelho. Em 2011, ela levou 1 prata e 3 bronzes. As favoritas são a americana Jasmine Kerber e a canadense Patricia Bezzoubenko, finalistas no último mundial. Nos grupos, o Brasil tem dominado os 4 últimos Pans, com todos os ouros. Agora, a equipe está boa, mas no último mundial ficou atrás das americanas por muito pouco. O Pan é a chance da virada e de mostrar que estão bem para pegar a final olímpica no Rio-2016.

Minha previsão: 7 medalhas (3O-2P-2B)

Golfe (3)

Além das provas individuais, também haverá um geral por equipe mista. Apesar de não contar com nenhum das suas dezenas de grandes jogadores, o EUA são a equipe mais forte pela tradição. Argentina, Chile, Colômbia e Canadá também tem tradição. O Brasil está com seu principal jogador, Adilson da Silva, mas dificilmente levará uma medalha.

Minha previsão: 0

Esgrima (12)

Mariel Zagunis

A disputa da esgrima esbarra num problema sério de calendário. O Mundial em Moscou acaba no dia 19 e a esgrima no Pan começa no dia 20! Apesar disso, a equipe americana é sensacional e conta com líderes do ranking, medalhistas mundiais e olímpicos e deve repetir o feito do Pan do esporte realizado em abril, quando levou 10 ouros em 12 provas. Conto com Mariel Zagunis, Eli Dershwitz, Lee Kiefer, Alexander Massialas entre outros. De olho também no venezuelano campeão olímpico Ruben Limardo. O Brasil também está com sua equipe principal, com a campeã pan-americana Nathalie Moellhausen, Renzo Agresta, Ghislain PerrierGuilherme Toldo e deve repetir a performance do Pan de abril.

Minha previsão: 5 medalhas (1P-4B)

Troféu Maria Lenk – Último Dia

O sexto e último dia do Maria Lenk terminou com índice do Matheus Santana, mais um índice, o título geral do Pinheiros definido nos últimos instantes e a confirmação da equipe para o Mundial.

100m livre

Na prova feminina, Larissa Oliveira fez uma bela prova de recuperação para vencer com 55.11, meio segundo pior que seu recorde sul-americano estabelecido em dezembro. Daynara de Paula (55.34) e Manuella Lyrio (55.55) completaram o pódio. Ninguém conseguiu o índice.

Foto: CBDA/Divulgação

Na prova masculina, duas surpresas. A primeira foi o Bruno Fratus nadar mal pela manhã e não pegar Final A. A segunda foi o campeão. César Cielo teve uma ótima saída, mas quem bateu nos 50m na frente foi Alan Vitória. Na volta, Cielo cresceu e parecia que venceria, mas um Matheus Santana inspirado fez uma volta sensacional para vencer com 48.78, nadando abaixo do índice. Cielo amargou sua 4ª prata no torneio.

50m peito

Quem venceu a prova feminina foi a jovem revelação de apenas 17 anos Jhennifer da Conceição. Com 31.61, ela deixou as mais experientes para trás e, como fez o melhor tempo dos 100m peito, irá para seu primeiro mundial.

No masculino, Felipe Lima tinha feito um ótimo tempo nas eliminatórias com 27.31, mas na final, seu xará Felipe França venceu com espetacular 27.07, segundo melhor tempo do mundo no ano atrás apenas do britânico Adam Peaty (26.88). França fez índice na prova.

200m costas

Joanna Maranhão desbancou as especialistas em costas para vencer com 2:12.47, não batendo o recorde sul-americano por apenas 0.38. Muito bom vê-la de volta com chances de pegar final no Mundial!

Leonardo de Deus dominou a prova masculina, mas com 1:58.89, sem índice. Assim, os 200m costas foi a única prova olímpica masculina que ficou sem índice.

4x100m medley

A disputa entre Pinheiros e Minas estava ponto a ponto e os revezamentos definiriam o título nos detalhes.

No feminino, o Sesi com Etiene e Daynara venceu com 4:06.88, seguido de Pinheiros e Minas. Com apenas 15 pontos de diferença na última prova, restava ao Minas vencer com recorde ou abrir duas posições entre eles e Pinheiros. Com um Cielo fechando não tão bem, o Minas venceu com 3:35.20, mas sem recorde e com o Pinheiros em 2º, a vitória ficou com o clube paulista.

Pinheiros terminou com 2.138,50 contra 2.133 do Minas! As pratas do Cielo e a ausência do Thiago nos 200m medley custaram o título ao clube mineiro!

Mundiais

Com o Maria Lenk encerrado, a equipe para Kazan está definida. Com limite de 2 por prova, o Brasil tem 19 atletas classificados em 19 provas. Para o Mundial Junior serão 10 meninos e 3 meninas com índices em provas individuais.

Masculino: Bruno Fratus (50m e 100m livre), César Cielo (50m, 100m livre e 50m borboleta), Nicolas Oliveira (200m livre), Leonardo de Deus (400m livre, 200m borboleta), Brandonn Almeida (1.500m livre e 400m medley), Felipe França (50m e 100m peito), Felipe Lima (100m peito), Thiago Simon (200m peito), Thiago Pereira (200m peito, 100m borboleta, 200m medley, 400m medley), Nicholas Santos (50m borboleta), Artur Mendes (100m borboleta), Guilherme Guido (100m costas) e Henrique Rodrigues (200m medley).

Feminino: Etiene Medeiros (50m livre e 50m costas), Graciele Herrmann (50m livre), Larissa Oliveira (200m livre), Manuella Lyrio (200m livre), Daynara de Paula (100m borboleta), Daiene Dias (!00m borboleta), Joanna Maranhão (200m e 400m medley).

Os atletas extras para revezamento ainda serão oficializados, mas pode contar Matheus Santana, Marcelo Chierighini, João de Lucca e Jhennifer da Conceição.

Durante a semana posto uma análise sobre o que esperar do Mundial de Kazan.

Jogos Olímpicos da Juventude – Último Dia

Só dois brasileiros participaram de competições, apesar das 25 finais do dia.

Lutas

O único que competiu como Brasil (a outra foi em prova mista de países) foi Rafael Filho na luta livre até 100kg. Na estreia, perdeu de Igbal Hajizada (AZE) por 4-0 (11-0 em pontos técnicos). Na segunda luta, perdeu de 4-1 (13-2 técnicos) para o egípcio Abdalla Elgizawee em apenas 1min21s. Rafael encerrou a primeira fase vencendo o mexicano Eduardo Betanzos por 3-0 (5-0) e ficou em 3º no grupo. Na disputa do 5º lugar, ele enfrentou Muhammet Rozykulyyev (TKM) e perdeu de 4-1 (13-1) e termina na 6ª posição.

Os cinco ouros da luta livre ficaram com: Ismail Gadzhiev (RUS) nos 46kg, Mukhambet Kuatbek (KAZ) nos 54kg, Teymur Mammadov (AZE, de azul na foto) nos 63kg, Yajuro Yamasaki (JPN) nos 76kg e por fim, Igbal Hajizada (AZE) nos 100kg.

No boxe, foram definidas as 10 finais masculinas: Rufat Huseynov (AZE) nos 49kg, Shakur Stevenson (USA) nos 52kg, Javier Ibañez Diaz (CUB) nos 56kg, Ablaikhan Zhussupov (KAZ) nos 60kg, Vincenzo Arecchia (ITA) nos 64kg, Bektemir Melikuziev (UZB) nos 69kg, Ramil Gadzhyiev (KAZ) nos 75kg, Blagoy Naydenov (BUL) nos 81kg, Yordan Morejon (CUB) nos 91kg e Peter Kadiru (GER) no acima de 91kg.

Outras Finais

Os russos Artem Iarzutkin e Oleg Stoyanovskiy venceram os venezuelanos Jose Gregorio Gomez/Rolando Hernandez por 21-12 21-13 e ficaram com o ouro no vôlei de praia masculino.Os argentinos Aulisi/Aveiro ficaram com o bronze.

Na canoagem por obstáculos, foram dois ouros para a França. No C1 masculino, Lucas Roisin venceu o irlandês Robert Hendrick na final por menos de 1s. No K1 feminino, o ouro francês foi para Camille Prigent, que venceu a chinesa Yan Jiahua por 0s6. No C1 feminino, vitória da austríaca Nadine Weratschnig por 2s6 sobre a checa Martina Satkova. E no K1 masculino, ouro do esloveno Anze Urankar com 2s de vantagem sobre o eslovaco Jakub Grigar.

Como já é costume, os ouros na ginástica rítmica foram para a Rússia. Irina Annenkova venceu o individual geral com 58,575, bem a frente da bielorrussa Maryia Trubach com 56,950 e da americana Laura Zeng com 56,750. Annenkova foi a melhor em 3 aparelhos e a segunda na fita. Na prova de conjuntos, a Rússia venceu com 29,550, na frente de Bulgária com 27,050 e Cazaquistão com 25,050.

Na prova de duplas mistas dos saltos ornamentais, Ingrid de Oliveira fez parceria com o alemão Timo Barthel e eles terminaram na 10ª posição com 280,40. O ouro foi para a mexicana Alejandra Loza e pro norueguês Daniel Jensen com 379,50.

Na final do hóquei na grama masculino, a Austrália venceu o Canadá nos pênaltis por 3-2 após empate em 3-3. O bronze ficou com a Espanha, que venceu a África do Sul por 7-4.

Na última final, a do futebol masculino, o Peru (foto) virou o jogo 2-1 sobre a Coreia do Sul e faturou seu primeiro ouro em competições olímpicas desde 1948! O bronze foi para a Islândia, com 4-0 sobre Cabo Verde.

Resumo

Pela primeira vez na história, a cerimônia de encerramento terá um dia só para ela, como ocorre com a abertura. Quem levará a bandeira brasileira será Matheus Santana, que levou uma medalha de cada cor, o ouro nos 100m livre, prata nos 50m livre e bronze no revezamento 4x100m livre misto.

Após 222 eventos, a China foi absoluta. Venceu 38 ouros, 13 pratas e 14 bronzes, seguida da Rússia, com 27-19-11 e dos Estados Unidos, que decepcionou, com 10-5-7. O Brasil teve uma ótima participação, levando 13 medalhas, sendo 6 ouros, 6 pratas e 1 bronze. Tirando as provas com equipes de países mistos, 52 países venceram um ouro e 87 países levaram pelo menos uma medalha.

Fiji (bronze no rugby masculino) e El Salvador (prata nos 400m livre masculino) venceram suas primeiras medalhas da história em uma competição olímpica. Gana, Moldova, Singapura e Zâmbia levaram seu primeiro ouro em um evento olímpico.

Legal ver alguns países medalhando, como o Suriname, ouro no salto triplo, o Iraque, bronze no salto com vara (!!), Burundi, Bósnia, Islândia.

A próxima edição dos Jogos ser;a disputada de 11 a 23 de setembro de 2018, em Buenos Aires.

Jogos Olímpicos da Juventude – Dia 6

Tempo espetacular no ouro do Matheus Santana, mais uma final no tênis, começa o tiro com arco e o atletismo se salva no último dia das qualificações.

Natação

Dessa vez, Matheus Santana não deixou o chinês se aproximar. Como esperado, ele dominou por absoluto os 100m livre, com direito a recorde mundial juvenil e tempo espetacular, que o coloca em 3º no ranking mundial! Especialista nos 50m, Yu Hexin abriu forte nos primeiros 50m, mas o brasileiro alcançou e bateram quase junto na metade, com o chinês com 0.03 de vantagem. Na volta, não teve para ninguém. Matehus fechou com o tempaço de 48.25, novo recorde mundial júnior. Quase ao mesmo tempo desta final, rolava a final dos 100m livre no Pan-Pacífico. O tempo do Matheus o daria a medalha de prata no Pan Pacífico! E ele tem só 18 anos. O chinês foi prata com 49.06 e Damian Wierling (GER) ficou com o bronze a apenas 0.01 do chinês.

Brasil disputou mais 3 finais com chances de medalha, mas não conseguiu. No revezamento 4x100m medley misto, o Brasil e classificou para a final em 7º, com Matheus nadando quase parando na sua bateria suficiente para vencer. Quase ficaram de fora. Na final, fizeram 3:53.93 com Matheus fechando para 48.24. Giovanna Diamante nadou o borboleta e entregou pro Matheus em 6º, que tentou recuperar, mas não deu. Mais um ouro para a China com 3:49.33, seguida de Rússia e Austrália.

Nos 200m borboleta masculino, Luiz Altamir Melo ficou em 5º com 1:58.34. Na dobradinha húngara, Tamas Kenderesi foi ouro com 1:55.95 e Benjamin Gratz prata com 1:57.71. Completou o pódio Giacomo Carini (ITA) com 1:58.14.

Nos 400m livre feminino, Bruna Primati foi a 7ª com 4:15.12. Ouro para Hannah Moore (USA) com 4:11.05, seguida colada pela tailandesa Sarisa Suwannachet com 4:11.23 e pela alemã Kathrin Demler 4:11.25.

Nas outras 5 finais, 5 países diferenets. Rozaliya Nasretdinova (RUS) venceu 24.88 os 50m livre feminino, Li Guangyuan (CHN) 1:56.94 nos 200m costas masculino, Liliana Szilagyi (HUN) 57.67 nos 100m borboleta feminino, Anastasiya Malyavina (UKR) 2:26.43 nos 200m peito feminino e Nikola Obrovac (CRO) 27.83 nos 50m peito masculino.

Atletismo

Os brasileiros se redimiram e foram bem melhor nas provas do 3º e último dia, alcançando 4 finais A. Nos outros dois dias, apenas uma final. O melhor foi Mikael Antonio de Jesus nos 400m com barreiras. Ele completou com 51.12, recorde pessoal e a 2ª melhor marca do dia atrás apenas do chinês Xu Zhihang com 50.79. Nos 200m feminino, Daysiellen Dias fez o 6º tepo com 24.70 e viu a jamaicana Natalliah Whyte fazer jus à fama do seu país e terminar com 23.79. Alexandra Maria da Silva fez a 9ª marca no lançamento de dardo com 48,28m e pegou a última vaga. A melhor marca foi da bielorrussa Hanna Tarasiuk com 55,48m. Fechando o bom dia brasileiro de finais A, Bruno Spinelli fez 4,80m no salto com vara e passou em 5º, com 4 atletas alcançando 4,90m.

Outro dois brasileiros competiram e vão para a Final B. Aliffer dos Santos foi o 9º nos 200m masculino com 21.64, ficando a 0.22 da vaga na final. Melhor tempo do americano Noah Lyles com 20.71. Nos 400m com barreiras feminino, Maria Leticia Peres foi a 11ª com 1:01.52 em prova com melhor marca da sul-africana Gezelle Magerman com 58.57.

Nas outras provas, os melhroes do dia foram: Miguel van Assen, do Suriname, no salto triplo masculino com 16,29m, Kokeb Alemu (ETH) com 4:21.87 nos 1.500m feminino, Alexandru Novac (ROU) com 77,61m no dardo masculino, Yanis David (FRA) com 13,06m no salto triplo feminino e Myles Marshall (USA) com 1:50.22 nos 800m masculino.

Amanhã começam as finais.

Outras Finais

A prova de estrada foi a última etapa das provas por equipe no ciclismo e os brasileiros foram muito bem, apesar de nada ter adiantado. No feminino, Ana Paula Casetta venceu a prova e somou 100 pontos para o Brasil, que terminou em 12º geral com 103. O pódio foi formado pela Itália com 248 (pontuou em todas as provas), República Checa com 230 e Dinamarca com 225. No masculino, Rodrigo Quirino foi 3º na prova e o Brasil terminou também em 12º com 95 pontos. O ouro foi para a Colômbia com 273, seguida de Dinamarca com 257 e Holanda com 256! Bem próximos.

Nas finais do badminton, Shi Yuqi venceu a final chinesa masculina 21-15 21-19 sobre Lin Guipu. No feminino, num jogo disputadíssimo, He Bingjiao (CHN) venceu 22-24 23-21 21-17 Akane Yamaguchi em longas 1h16min. Nas duplas mistas, June Wei Cheam (MAS)/Tsz Yau Ng (HKG) venceram 21-14 23-21 Kanta Tsuneyama (JPN)/Chia-Hsin Lee (TPE).

Nas duplas mistas do rifle de ar 10m no tiro, a egípcia Hadir Mekhimar e o húngaro Istvan Peni venceram 10-2 na final a argentina Fernanda Russo e o mexicano Jose Martinez.

No trampolim acrobático masculino, Dylan Schmidt (AUS) foi ouro com 57,340, seguido do chinês Liu Changxin com 56,935 e do português Pedro Ferreira com 56,040.

No levantamento de peso, a tailandesa Duanganksorn Chaidee venceu o +63kg feminino com 244kg no total. Svetlana Shcherbakova (RUS) e Tatyana Kapustina (UKR) empataram com 228kg, mas a russa foi prata por ter menos massa corporal. Nos 85kg masculino, ouro para Khetag Khugaev (RUS) com 355kg, bem a frente do uzbeque Farkhodbek Sobirov com 321kg com a prata e do egípcio Mohamed Shosha, bronze com 318kg.

Outros Esportes

Orlando Luz e Marcelo Zormann venceram japoneses Matsumura/Amasaki por tranquilos 6-1 6-2 e estão na final de duplas, já garantindo a prata. Orlandinho está nas duas finais! Nas duplas mistas, duas derrotas. Orlando e Luisa Stefani perderam 6-1 3-6 10-6 para chinesa e japonês e Marcelo Zormann com paraguaia perderam 7-5 6-2 para polonês e húngara. O líder do ranking juvenil Andrey Rublev (RUS) venceu a disputa de bronze.

Começaram as disputas do tiro com arco. Na rodada de qualificação (72 flechas a 60m), Marcus Vinícius D’Almeida fez a 3ª marca com 683 pontos e viu o sul-coreano fazer excepcionais 704 pontos (em 720 possíveis), batendo o recorde mundial cadete. No ranqueamento feminino, Ana Machado foi a 18ª com 627. Eun Gyeong Lee (KOR) liderou com 681 pontos, também recorde mundial cadete. Na primeira rodada das duplas mistas, o melhor no masculino fez duplas com a pior no feminino. Marcus e cazaque venceram 6-0 e Ana e polonês venceram 5-3 e ambas as duplas estão nas 8as. Quem se deu mal foram os coreanos, que se juntaram com o spiores e perderam suas disputas.

Finalmente chegou ao fim a primeira fase do vôlei de praia. Duda/Paty não jogaram por conta de WO de dupla da Serra Leoa e venceram seu grupo. George/Arthur venceram 22-20 21-6 dupla do Congo e ficaram em 2º no grupo.

O basquete 3×3 segue indo muito muito mal. No feminino, mais duas derrotas: 16-7 para a Espanha e 16-11 para a Alemanha. No masculino, vitória 12-7 sobre a Romênia.

Duas derrotas no handebol. No feminino, perderam 32-24 para a Suécia, mas avançaram para as semis, onde enfrentam a Rússia. No masculino, nova derrota, agora 29-23 para o Egito e Brasil está fora das semifinais. Vai pegar a Tunísia pelo 5º lugar.

Nas 8as das equipes mistas do tênis de mesa, Hugo Calderano e a uruguaia Maria Lorenzotti estão eliminados. Enfrentando a dupla Europa 2, Maria perdeu 3-1 para israelense, Hugo venceu sueco 3-0 e, nas duplas mistas, derrota de 3-2 dos sul-americanos.

Novamente todas as regatas da vela foram canceladas pela quasência quase total de vento.

O que vem por aí

No dia mais agitado dos Jogos, 28 finais no sábado! Na ginástica artística, o primeiro dia de finais por aparelhos com solo, cavalo com alças e argolas masculinos e salto e barras assimétricas no feminino; no atletismo, são 13 finais: no masculino, 100m, 400m, 110m com barreiras, salto em altura e disco; no feminino 100m, 400m, 800m, marcha 5.000m, 100m com barreiras, salto com vara, salto em distância e disco; nos saltos ornamentais, a plataforma 10m feminina; no pentatlo moderno, a prova feminina; na vela, as 4 regatas da medalha; no tênis de mesa, a prova por equipes mista; no tênis, o individual masculino e as duplas femininas e no levantamento de peso, os +85kg masculino.

Amanhã teremos o início do boxe, da canoagem e dos saltos ornamentais.

Jogos Olímpicos da Juventude – Dia 5

Num dia sem medalhas pro Brasil (mas com brasileira ganhando medalha), destaque para provas de habilidades no basquete, mais fracasso do atletismo brasileiro e algumas vitórias importantes.

Natação

Foram apenas 4 finais. Nos 800m livre masculino (prova sem final), o egípcio Akram Ahmed (foto) venceu a série forte e fez o melhor tempo com 7:54.29 e ficou com a medalha de ouro inédita para o seu país. Prata para Mykhailo Romanchuk (UKR) com 7:56.34 e bronze para Henrik Christiansen (NOR) com 7:57.07.

Nos 50m borboleta, Yu Hexin (aquele dos 50m livre do dia anterior) venceu com 23.69, deixando Dylan Carter (TRI) com a prata com 23.81 e Mathys Goosen (NED) com o bronze com 24.13. A prova de 50m costas feminino teve como vencedora a holandesa Maaike de Waard co 28.36. Atrás dela a britânica Jessica Fullalove com 28.66 e a neozelandesa Gabrielle Fa’Amausili com 28.69.

O Brasil disputou apenas uma final, o revezamento 4x100m livre feminino. A equipe até começou bem, ficando entre as 4 primeiras por boa parte da prova, brigando pelo bronze. Na última nadadora, caiu e terminou em 5º com 3:46.34. Mais um ouro para a China, com 3:41.19, seguida de Rússia e Austrália.

Nas disputas de semifinais, destaque para Matheus Santana. Agora nadando sua especialidade, os 100m livre, sobrou. Nadou leve e fez 49.30, o melhor tempo bem a frente do segundo, com 49.78. A única outra a pular na piscina foi Giovanna Diamante nos 100m borboleta, que terminou em 10ª na semifinal com 1:00.77

Atletismo

Nenhum dos 3 brasileiros chegou a Final A da sua prova. O melhor foi Daniel do Nascimento nos 2.000m com obstáculos, que ficou em 9º, a uma posição da final, com 5:46.92. Melhor tempo do etíope Wogene Sidamo com 5:34.24. Mirna da Silva nos 100m fez o 11º tempo com 11.95 e vai pra Final B. A melhor marca foi da polonesa Ewa Swoboda (foto), com ótimos 11.30, tempo que a daria ouro no Mundial de Menores ano passado. Kelves dos Santos foi o 12º no salto em distância com 6,48m, muito longe do líder, o russo campeão mundial menor Anatoly Ryapolov com 7.65m.

Nas outras provas do dia, boa marca do australiano Trae Williams, melhor nos 100m masculino com 10.51. No peso masculino, Konrad Bukowiecki (POL) fez a melhor marca com ótimos 22,34m, marca que também daria ouro no mundial de 2013. Nos 1.500m masculino, Gilbert Soet (KEN) lidera a armada africana na final com 3:45.21. E no martelo masculino, ótima marca do húngaro Bence Halasz com 83,68m, 4m melhor que o campeão mundial do ano passado.

No feminino, a campeã mundial menor Rosefline Chepngetich (KEN) dominou os 2.000m com obstáculos com 6:20.10, 17s melhor que a segunda colocada. A russa Alena Bugakova venceu a quali do peso com 18,86m e no martelo deu a australiana Alex Hulley com 70,87m. Fechando o dia, o salto em altura feminino viu 8 meninas com 1,78m na final A.

Basquete

Uma grande novidade do dia foram as provas de habilidades do basquete, parecido com o que ocorre nos jogos das estrelas da NBA e da NBB. As meninas disputaram a prova de arremessos de 3. Eram 10 bolas em 33s. A melhor na qualificação foi a holandesa Esther Fokke, que acertou 8. Lucia Carpintero (ESP) foi a 2ª com 7. Na final, que contou com apenas 4 atletas, a espanhola fez novamente 7 cestas e ficou com o ouro. Ela Micunovic (SLO) e Katie Samuelson (USA) fizeram 4, mas a eslovena foi mais rápida. Fokke só fez 3 e ficou fora do pódio. A melhor brasileira foi Letícia Josefino em 33º lugar com 3 cestas em 23s7.

Já os meninos disputaram uma competição de enterradas. Na qualificação, foram duas chances para cada atleta. Os dois brasileiros não fizeram cesta na 1ª tentativa. Na 2ª, Felipe da Penha fez 24 pontos e foi o 14º geral e Gabriel Ferreira fez 24 e 15º geral. Na final, foram duas rodadas também. Dos 4 finalistas, apenas os 2 melhores avançavam pra finalíssima. O melhor foi Ziga Lah (SLO) que fez 59 na 1ª chance, mas na 2ª somou apenas 26 pontos e foi prata. O ouro ficou com o francês Karim Mouliom, com 54 na 1ª e 55 na 2ª. Bronze para o chinês Fu Lei.

Outras Finais

Nenhum brasileiro ganhou medalha para o Brasil, mas a campeã olímpica Layana Colman fez parte da equipe Geesink, que foi prata na prova por equipes do judô. Ao lado de uma russa, um bielorrusso, uma montenegrina, um coreano, uma taiwanesa e um sérvio, perderam para a equipe Rouge na final por 4-2.

De volta ao programa olímpico, o golfe premiou seus primeiros vencedores. No masculino, o norueguês que liderava após 2 rodadas ficou fora do pódio. O ouro foi para o italiano Renato Paratore com 11 abaixo do par, seguido do sueco Marcus Kinhult com 9 abaixo e do tailandês Danthai Boonma, com 6 abaixo, que venceu o norueguês nos buracos de desempate. No feminino, Soyoung Lee (KOR) dominou e fechou com 14 abaixo do par! Completando o pódio asiático, Ssu-Chia Cheng (TPE) com 11 abaixo e Supamas Sangchan (THA) com 7 abaixo.

No último dia do taekwondo, Milena Guimarães perdeu logo na estreia do +63kg feminino 2-1 para a americana Kendall Yount, que viria a ser a campeã. Na final, Yount venceu 4-2 Umida Abdullaeva (UZB). No +73kg masculino, ouro para Yoann Miangue (FRA) com 6-4 na final sobre Denys Voronovskyy (UKR).

No tiro, uma diferente prova de duplas mistas. Na pistola de ar 10m, a dupla formada pelo uzbeque Vladimir Svechnikov e pela búlgara Lidia Nencheva (foto), venceu na final um atleta do Egito e uma de Singapura por 10-5 e ficou com o ouro. Bronze para um guatemalteca e uma menina da Letônia. Nesta prova, o campeão do masculino fez dupla com a 20ª no feminino e assim por diante.

Já meio que esperado, o ouro do trampolim acrobático feminino foi para a chinesa Zhu Xueying, que na final tirou 55,425 contra 52,370 da japonesa Rana Nakano e 52,360 da russa Maria Zakharchuk. Quase teve empate.

No interessante revezamento misto do triatlo, a equipe da Europa 1 (foto), que contou com o campeão no individual Ben Dijkstra (GBR), venceu com 13s de vantagem sobre Europa 3 e com 53s de vantagem sobre a equipe da Oceania. Bárbara do Santos estava na América 3, com salvadorenha, venezuelano e um atleta de Bermudas. Eles terminaram em 11º entre 16 equipes, 8min atrás dos campeões.

No levantamento de peso, para coroar o ótimo dia do Egito em Nanjing, Sara Ahmed venceu a categroai 63kg feminina com 228kg no total, seguida de mexicana com 210kg e de ucraniana com 208kg. Nos 77kg masculino, ouro para Hakob Mkrtchyan, da Armênia, com 319kg no total. Pertinho dele, o indiano Venkat Ragala com 316kg e o cazaque Zhaslan Kaliyev com 310kg.

Outros Esportes

Orlando Luz (foto) segue 100% em Nanjing! Nas simples, venceu na semifinal Jumpei Yamasaki (JPN) 6-2 4-6 6-2 e está na final individual. Ele enfretará o polonês Kamil Adrian Machrzak, que venceu o Andrey Rublev (RUS), número 1 do mundo. Nas duplas mistas, Orlando e Luisa Stefani venceram americanos por 6-4 6-4 e estão nas 4as. Também nas mistas, Marcelo Zormann e Liz Campiz (PAR) venceram 5-7 6-3 10-5 sul-africano e egípcia e também estão nas 4as.

No tênis de mesa, o medalhista de bronze no individual Hugo Calderano e a uruguaia Maria Lorenzotti venceram dois confrontos na prova por equipe mista. Fizeram 3-0 na dupla da Alemanha e 3-0 na África 1. Com a derrota da outra equipe, eles venceram seu grupo e estão nas 8as de final.

O Brasil estreou no handebol. No feminino, venceu 32-18 a China e no masculino perdeu por apertados 33-31 para a Noruega.

Na eterna primeira fase do vôlei de praia, Duda/Paty venceram 21-16 21-18 dupla da Suíça e já venceram o grupo, porque o último jogo seria contra supla de Serra Leoa, que não foi para Nanjing. George/Arthur também venceram 21-12 21-18 dupla da Lituânia e seguem em 2º no grupo.

Definidas as semifinais do futebol masculino. Peru venceu Honduras 3-1 e pega na semifinal Cabo Verde, que venceu 7-1 Vanuatu. Do outro lado, Coreia do Sul e Islândia.

As finais do badminton também estão definidas. No masculino, final chinesa entre Lin Guipu (aquele que fez o jogão com o brasileiro) e Shi Yuqi. No feminino, He Bingjiao (CHN) pega Akane Yamaguchi (JPN). Nas duplas, também final asiática. Chia-Hsin Lee (TPE)/Kanta Tsuneyama (JPN) pegam Tsz Yau Ng (HKG)/June Wei Cheam (MAS).

O que vem por aí

Nesta sexta-feira, 18 finais agitam Nanjing: no badminton, as três provas serão definidas; no ciclismo, as provas por equipes masculina e feminina serão encerradas com a prova de estrada; no tiro, as duplas mistas do rifle de ar; na natação, 50m livre feminino, 200m costas masculino, 100m borboleta feminino, 100m livre masculino, 200m peito feminino, 200m borboleta masculino, 400m livre feminino, 50m peito masculino e 4x100m medley misto; na ginástica de trampolim, a prova masculina; e no levantamento de peso, os +63kg feminino e os 85kg masculino.

Jogos Olímpicos da Juventude – Dia 4

O melhor dia para o Brasil até o momento foi marcado por 4 medalhas, uma polêmica na natação e um péssimo início no atletismo.

Medalhas históricas

O dia começou com um bronze histórico e inédito. Depois de perder na semifinal para japonês, Hugo Calderano voltou para disputar o bronze no tênis de mesa. Começou arrasador e não deu chances para Heng-Wei Yang, de Taiwan, abrindo 3-0. Aí veio o nervosismo para fechar o jogo. Hugo começou a errar muito no 4º game, e Yang diminui para 3-1. No 5º game, o asiático abriu 10-5 e Hugo ensaiou uma recuperação, fazendo 4 pontos seguidos mas acabou perdendo. Parecia que Yang iria empatar o jogo, mas, num game que era um ponto aqui, um ali, o brasileiro abriu 10-8 e levou o empate. No 3º match point, não desapontou e fechou por 4-2, parciais de 11-9, 11-8, 11-9, 9-11, 9-11, 12-10 e um bronze inédito para o país em competições olímpicas.

Sexta na qualificação, Flávia Saraiva chegou muito bem cotada para a final do individual geral e não decepcionou. Ela melhorou suas notas em relação à qualificação nos 4 aparelhos. Começou com um salto médio de 13,900 (13,750 na quali), foi muito bem nas barras assimétricas com 12,950, a 3ª melhor nota da final (12,150 na quali), fez uma ótima performance na trave, cravando tudo com 14,050, a melhor nota (13,200 na quali) e fechou com a melhor nota do solo com 13,800 (13,650 na quali), somando 54,700, bem acima dos 52,750 na qualiicação.

Parecia que ela iria ficar com o bronze, pois a chinesa teve quedas na trave e no solo, mas, na última rodada, a britânica Elissa Downie teve uma queda no solo e ficou com 54,150. Só restava a favorita, a russa Seda Tutkhalyan, que estava bem a frente, mas também caiu no solo e tirou uam nota bem baixa, com 12,450, mas na somatória, teve 54,900 e acabou com o ouro, graças às ótimas rotinas nas barras (14,050), trave (14,000) e salto (14,400). Uma prata inédita para a ginástica feminina brasileira em competições olímpicas. A britânica ficou com o bronze.

Natação

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O dia começou com a final dos 50m livre masculina com Matheus Santana. O chinês Yu Hexin já tinha surpreendido a todos na semifinal com 22.01, novo recorde mundial júnior, até que na final ele melhorou esse tempo e cravou 22.00, novo recorde e ouro. Matheus ficou com a prata na prova, que não é a sua especialidade, com 22.43, sua 2ª medalha em Nanjing. Completou o pódio Dylan Carter (TRI) com 22.53.

Vitor Santo disputou a final dos 50m costas e ficou em 6º com 25.85. A prova foi vencida pelo russo Evgeny Rylov com 25.09, seguido de Apostolos Christou (GRE) 25.44 e Simone Sabbioni (ITA) 25.47. Nos 50m borboleta feminino, Giovanna Diamante ficou com a 8ª posição com 27.40. O segundo ouro russo do dia foi para Rozaliya Nasretdinova com 26.26, seguida de Svenja Stoffel (SUI) com 26.62 e Nastja Govejsek (SLO) com 26.70. Completando as finais brasileiras, Andreas Mickosz também foi 8º, só que nos 200m peito com 2:17.17. Ippei Watanabe (JPN) passou no finalzinho e foi ouro com 2:11.31, na frente do venezuelano Carlos Claverie, que liderou boa parte da prova, com 2:11.74 e do russo Anton Chupkov com 2:11.87.

Ruta Meilutyte (LTU) levou seu 2º ouro, dominando por absoluto os 100m peito, prova que é a recordista mundial, campeã olímpica e campeã mundial. Ela venceu com 1:05.39, muito a frente da chinesa He Yun com 1:07.49 e da ucraniana Anastasiya Malyavina com 1:08.16. Como esperado, também, as chinesas dominaram os 200m livre feminino. Shen Duo nadou muito e venceu com 1:56.12, seguida da compatriota Qiu Yuhan com 1:56.82. Completou o pódio a australiana Brianna Throssell com 1:58.57.

A grande polêmica do dia veio no revezamento 4x100m medley masculino. O Brasil era favorito para medalha, inclusive de ouro, mas não disputou as eliminatórias. Ficaram as suposições e até agora não está muito claro o que aconteceu. Segundo o COB, os treinadores não confirmaram a presença 1 hora antes da prova e, com isso, a FINA não deixou o Brasil participar. A chefe de missão do Brasil, Adriana Behar, foi chamada, mas nada mudou. Já os treinadores dizem que estavam na piscina de aquecimento e uma representante da FINA foi à área de aquecimento pegar os cartões com os nomes dos participantes, mas perguntou para uma pessoa que estava com o agasalho brasileiro mas não era da comissão e houve um mal entendido. Os nadadores só souberam que não iriam participar quando estavam na câmara de chamada, momentos antes da prova e ficaram muito decepcionados. Uma pena por eles, que tinham uma medalha quase garantida. Na final, vitória da forte equipe da Rússia com 3:38.02, aproveitando a desclassificação da China nas eliminatórias. Prata Alemanha e bronze Austrália.

Atletismo

Oito brasileiros fizeram sua estreia em suas provas. Lembrando que cada atleta só disputa uma única prova individual nos Jogos. Dos 8, apenas um passou para a Final A. Todos os outros 7 disputarão a Final B.

Anderson Cerqueira foi o salvador da pátria nos 400m masculino. Ele foi 3º na sua bateria com 48.07 e avançou para a final com o 7º tempo. A melhor marca foi de Martin Manley (JAM) com 47.14.

Vamos às provas femininas. Nos 800m, Ana Karolyne Silva fez o 11º tempo com 2:11.29 e o melhor tempo foi da alemã Mareen Kalis com 2:05.67. Nos 100m com barreiras, Paolla Luchin foi a 15ª com 14.32 e por pouco não pega Final C. O melhor tempo foi de Laura Valette (FRA) com 13.34. No salto em distância, Elen Vasconcelos foi a 10ª com 5,57m e a melhor marca foi da italiana Beatrice Fiorese com bons 6,26m, que dariam a ela o bronze no último mundial menor. Thais Gomes foi a última brasileira, e terminou o salto com vara em 13º e último lugar com fraquíssimos 3,20m e viu a suíça Angelica Moser fazer a melhor marca com 3,80m.

Entre os meninos, Maycon Bonadeo 14º no disco com 51,65m. O chinês Cheng Yulong e o alemão Clemens Prufer fizeram a mesma marca: 59,88m. Mas o chinês teve um segundo lançamento melhor e ficou em 1º. No salto em altura, Danilo Cardoso foi 15º e último com apenas 1,95m. 5 atletas fizeram 2,10m. Nos 110m com barreiras, Vitor Henrique Venancio fez o 13º tempo com 13.91, longe do líder Jaheel Hyde (JAM, foto) com o tempaço de 13.16. O jamaicano campeão mundial menor fez a melhor marca do dia, e ficou apenas 0.04 do recorde mundial menor! Aliás, Hyde foi campeão mundial menor nos 110m ano passado e esse ano foi campeão mundial juvenil nos 400m com barreiras! Inusitado.

Mais quatro provas sem brasileiros. Nos 3.000m masculino, melhor marca do etíope Yomif Atomsa com 8:05.85. Na mesma prova feminina, Fatuma Chebsi (BRN) foi a melhor com 9:06.87. Nos 400m feminino, a líder foi a australiana Jessica Thornton com 52.78, tempo que daria a prata no Mundial menor ano passado. E no disco feminino, Al’Ona Byelyakova (UKR) foi a melhor com 50,89m.

Outra Finais

O Brasil conseguiu mais uma medalha no dia no hipismo, na prova por equipes. Só que as equipes são formadas por atletas de países diferentes, agrupadas por continente. A equipe da América do Sul, que contou com Bianca Rodrigues, ficou com a prata com 4 pontos perdidos, atrás apenas da Europa (com 0) e na frente da América do Norte (com 8). Bianca, aliás, foi a que mais atrapalhou a equipe. Na primeira rodada, foi eliminada e na final, fez 5 faltas (20 pontos). Deve estar com problemas com o cavalo.

Na esgrima por equipe, equipes por continente com 3 meninos e 3 meninas, um de cada arma. Os dois brasileiros (Pedro Marostega e Gabriela Cecchini) estavam na América 2. Na primeira rodada, venceram a África por 30-20. Nas 4as, por muito pouco não venceram os favoritos da Europa 1, perdendo por 30-29. Nas rodadas classificatórias venceram Europa 3 por 30-29 e Europa 4 por 30-28 e terminaram em 5º lugar. O ouro foi para a Ásia-Oceania 1, que venceu a Europa 1 por 30-26.

No remo, as quatro finais. No single skiff masculino, ouro para Tim Naske (GER), seguido de atleta do Azerbaijão e de canadense. Uncas Batista venceu a Final B e ficou em 7º. No single skiff feminino, a vitória ficou com a bielorrussa Krystsina Staraselets, seguida de grega e francesa. Nas provas do Dois Sem, duplo ouro para a Romênia. No masculino, a República Checa e a Turquia completaram o pódio e no feminino, China e Canadá.

O rugby viu seus primeiros medalhistas olímpicos desde que voltou. No masculino, a França arrasou a até então invicta Argentina por acachapantes 45-22! No bronze, medalha histórica para o Fiji, sua primeira em uma Olimpíada, seja adulta ou da juventude. No feminino, a Austrália (foto) não deu chances para o Canadá e venceu por 38-10, ficando com o ouro. Bronze para a China.

No tiro, era praticamente certeiro o ouro do chinês Yang Haoran no rifle de ar 10m masculino. Aos 18, já é o líder do ranking adulto e o homem a ser batido. Na final, sobrou, vencendo com 209,3 contra 204,3 do armênio Hrachik Babayan. Bronze para Istvan Peni (HUN).

Já falei do Hugo Calderano, mas não falei da final. Quem venceu, claro, foi um chinês. Fan Zhendong fez 4-2 no japonês Yuto Muramatsu. No feminino, mais um ouro no tênis de mesa pra China, com Liu Gaoyang, com 401 em Hoi Kem Doo (HKG). O bronze também foi inédito, indo para uma americana, a revelação Lily Zhang.

No taekwondo, a iraniana Kimia Zenoorin venceu nos 63kg feminino 10-7 a russa Yulia Turutina e nos 73kg masculino, ouro para Said Guliyev (AZE) com 10-4 na final sobre Hamza Karim (GER).

Outros Esportes

Mais um dia bom no tênis para o Brasil. Orlando Luz segue 100%, vencendo nas 4as o belga Clement Geens 6-2 6-4 e avançando à semifinal. Nas duplas, ao lado de Marcelo Zormann, nova vitória sobre peruanos 6-4 7-6 e também estão na semifinal.

Na vela, dia ruim para os brasileiros. Na Byte CII masculina, Pedro Correa caiu para 2º após um 20º, um 18º e um 9º! Na versão feminina, Natascha Boddener obteve um 24º, um 27º e um 10º e caiu para 11ª. Na Techno 293 masculina, Daniel Pereira obteve um 12º, um 14º e um 13º e é o 12º no geral.

Brasil segue muito mal no basquete 3×3. No masculino perdeu 12-11 para a Espanha e 14-8 para a Rússia. No feminino, nova derrota, agora 21-12 para a Hungria.

Nas equipe mistas do tênis de mesa, Hugo Calderano e a uruguaia Maria Lorenzotti perderam o confronto contra italiana e suíço. Hugo venceu 3-1, mas Maria perdeu 3-1 e nas duplas perderam também por 3-1.

No golfe, o líder no masculino é Viktor Hovland (NOR) com 8 abaixo do par. No feminino, a coreana Soyoung Lee lidera também com 8 abaixo.

Definidas as semifinais do futebol feminino. A China (que goleou a Namíbia por 10-0) pega a Eslováquia e do outro lado, Venezuela x México.

O que vem por aí

Nesta quinta, 16 finais: no basquete, desafio de arremessos feminino e desafio de enterradas no masculino; no golfe, as provas individuais masculinas e femininas; no judô, a prova por equipe; no tiro, as duplas mistas da pistola de ar 10m; na natação, 800m livre masculino, 50m borboleta masculino, 50m costas feminino e revezamento 4x100m livre feminino; no taekwondo, acima de 63kg feminino e acima de 73kg masculino; na ginástica de trampolim, a prova feminina; no triatlo, o revezamento misto; e no levantamento de peso, os 63kg feminino e os 77kg masculino.