Mundial de Piscina Curta – Final

10 finais para fechar o Mundial neste domingo e a 3ª medalha brasileira.

Felipe Lima e Felipe França chegaram fortes para a final dos 50m peito. Mas quem mostrou que ainda está vivo foi o sul-africano Cameron van der Burgh. Depois de ficar de fora da final dos 100m peito, ele passou pra decisão dos 50m apenas com o 7º tempo, mas mesmo nadando na raia 1, o sul-africano voou para vencer com 25.64. A prata veio com o surpreendente esloveno Peter Stevens, na raia 8. Campeão mundial juvenil em 2013, Stevens fez 25.85. Com uma excelente saída e virada, Felipe Lima segurou e ficou com a medalha de bronze com 25.98, enquanto Felipe França não foi bem e ficou em 5º com 26.13. Depois de vencer 5 ouros há dois ano, França ficou sem medalhas nesta edição.

Provando que está de volta, o sul-coreano Taehwan Park sobrou na final dos 1.500m livre. Depois de vencer os 200m e os 400m, Park fechou a prova com excelentes 14:15.51, recorde do campeonato e asiático e 3º melhor tempo da história em piscina curta. Ele deixou inclusive o campeão olímpico da prova, o italiano Gregorio Paltrinieri, em 2º com 14:21.94. O polonês Wojciech Wojdak fechou o pódio com 14:25.37. Park voltou à piscina na final seguinte, os 100m livre, mas ficou apenas em 7º. A vitória ficou com o ótimo lituano Simonas Bilis com 46.58 (não confundir com a ginasta americana Simone Biles). O japonês Shinri Shioura foi prata perdendo por apenas 1 centésimo, com 46.59, recorde asiático, enquanto o australiano Tommaso D’Orsogna foi bronze com 46.70.

Embed from Getty Images

Nos 200m costas, o polonês Radoslaw Kawecki faturou o tricampeonato mundial da prova ao fechar com 1:47.63. O americano Jacob Pebley ficou com a prata com 1:48.98 e o japonês Masaki Kaneko foi bronze com 1:49.18. Na última prova masculina do Mundial, a Rússia faturou o revezamento 4x100m medley com uma atuação impecável de Vladimir Morozov no final. A equipe russa e a americana ficaram lado a lado, mas Morozov conseguiu abrir e vencer com 3:21.17. A equipe americana acabou sendo desclassificada por conta de uma virada errada de Tom Shields. Assim, a Austrália herdou a prata com 3:23.56 e o Japão o bronze com 3:24.71. Com o ouro, a Rússia faturou os 5 revezamentos masculinos, sendo que 4 contaram com a presença do Morozov.

No feminino, Katinka Hosszu pulou na piscina apenas uma vez no dia, para a final dos 100m borboleta e encerrar de maneira brilhante um Mundial excepcional. Longe de ser a favorita, a húngara fez 55.12, batendo o recorde nacional, e faturando seu 7º ouro em Windsor! Ela deixou a americana Kelsi Worrell, que era a favorita, com a prata com 55.22, novo recorde americano. A jovem japonesa Rikako Ikee foi bronze com 55.64. Daiane Dias ficou em 8º lugar com 57.56. Nos 200m peito, a britânica Molly Renshaw venceu com 2:18.51, numa das provas mais fracas da competição. Apesar de tempo não muito forte, a disputa foi enorme, com Renshaw vencendo por apenas 1 centésimo a canadense Kelsey Wog, com 2:18.52. A britânica Chloe Tutton completou o pódio com 2:18.83.

Embed from Getty Images

Na prova mais rápida, a holandesa Ranomi Kromowidjojo faturou o tricampeonato dos 50m livre com 23.60 em uma bela prova. A italiana Silvia Di Pietro foi prata com 23.90 e a americana Madison Kennedy bronze com 23.93. O Canadá levou apenas o seu 2º ouro no último dia, ao vencer o revezamento 4x50m livre feminino. Com Penny Oleksiak fechando, a equipe venceu com 1:35.00, deixando Holanda com 1:35.37 e Itália com 1:35.61 para trás. Na última prova do Mundial, o 4x100m medley feminino, mais uma vitória americana. Ficou a dúvida se Kelsi Worrell nadaria, pois ela abriu o supercílio na piscina de aquecimento, enquanto soltava dos 100m borboleta, mas foi liberada. Com 3:47.89, a equipe quebrou o recorde do campeonato e ficou com o ouro. Canadá, fechando mais uma vez com a Oleksiak, foi prata com 3:48.87 a Austrália foi bronze com 3:49.66.

Os Estados Unidos terminam o Mundial com a melhor campanha, com 8 ouros, 15 pratas e 7 bronzes, seguidos da Hungria (praticamente apenas pela Katinka) com 7-2-2, Rússia com 6-5-3, África do Sul com 4-1-0 e Coreia do Sul com 3-0-0. Canadá decepcionou bem com apenas 2-3-3 e o Japão foi o rei dos bronzes, com 2-2-11. O Brasil ficou com uma medalha de cada cor e chega a 20 ouros, 9 pratas e 15 bronzes em Mundiais de curta, 44 medalhas no total. Foi o 4º Mundial seguido vencendo medalhas, sendo sempre pelo menos uma de ouro. Ao todo, 18 países ganharam ouro e 22 saíram com pelo menos uma medalha.

Katinka Hosszu foi, claro, a mais bem sucedida, com 7 ouros e 2 pratas em 11 provas disputadas, todas individuais. Vladimir Morozov ficou com 5 ouros e 2 pratas, Kelsi Worrell 4 ouros e 3 pratas, Chad le Clos 3 ouros e Taehwan Park 3 ouros. O próximo Mundial será em dezembro de 2018 na cidade chinesa de Hangzhou.

Mundial de Piscina Curta – Dia 5

15338843_1370970662937446_5640343914797468327_n

Após brilhar na semifinal com o melhor tempo na sexta-feira, Etiene Medeiros novamente deu show na final dos 50m costas! A brasileira defendeu o título conquistado dois anos atrás em Doha ao fazer 25.82 na grande final, 0.17 mais rápida que a húngara Katinka Hosszu, prata, e 0.32 melhor que a americana Alexandra De Loof, bronze. A brasileira dominou a prova desde a saída, virando nos 25m em primeiro com quase meio corpo de vantagem. Por muito pouco, não bateu o recorde mundial estabelecido por ela no último mundial, que é 25.67. Etiene conquistou sua 5ª medalha em Mundiais de piscina curta, contando agora com 3O-1P-1B.

Se Katinka foi prata nos 50m costas, nos 200m medley ela venceu tranquilamente. Sem adversárias, a húngara marcou 2:02.90 contra 2:05.02 da americana Ella Eastin e 2:05.93 da também americana Madisyn Cox. A Dama de Ferro chegou a 6 ouros e 2 pratas em 10 provas disputadas. Nos 100m peito, a jamaicana Alia Atkinson deu o troco na campeã olímpica Lilly King. Após perder nos 50m, Atkinson venceu os 100m com 1:03.03 contra 1:03.35 da americana. A americana Molly Hannis foi bronze com 1:03.89. Finalmente veio o primeiro ouro canadense no mundial! A equipe venceu com 7:33.89, bem perto do recorde mundial de 7:32.85 e muito a frente da equipe americana, prata com 7:38.65, e da Rússia, bronze com 7:39.93.

Embed from Getty Images

Vladimir Morozov voou mais uma vez para ajudar a Rússia a vencer um revezamento. Ele conquistou seu 4º ouro em Windsor, agora no 4x50m medley masculino. A equipe russa fez 1:31.52 e venceu o 4º revezamento masculino em 4 disputados. Os Estados Unidos fora prata com 1:31.97 e a Bielorrússia surpreendeu com o bronze com 1:32.49. O sul-africano Chad le Clos venceu os 50m borboleta com 21.98 e fechou com 3 ouros nas 3 provas de borboleta. O americano Tom Shields foi prata com 22.40 e o australiano David Morgan bronze com 22.47. Bronze nos Jogos do Rio, o japonês Daiya Seto levou os 400m medley com 3:59.24, seguido do britânico Max Litchfield com 4:00.66 e do húngaro David Verraszto com 4:01.56.

Mundial de Piscina Curta – Dia 4

Não foi o dia que Vladimir Morozov sonhava. Grande velocista, ele tem apostado até em provas de peito, mas pecou pelo excesso nesta sexta-feira.

20161209_gsca_wf24278

Jesse Puts (NED)

O 4º dia do Mundial começou com o revezamento 4x50m livre masculino. Morozov recebeu em 4º lugar, mas fechou brilhantemente com 20.71 e deu o ouro pra Rússia com 1:24.32. Os Estados Unidos chegaram logo depois com 1:24.47, graças a um excelente 20.58 de Tom Shields, e o Japão ficou com o bronze com 1:24.51. Dez minutos depois, na final dos 100m medley, Morozov não aguentou. Ele bateu o recorde mundial da prova esse ano duas vezes na Copa do Mundo, mas muito cansado fez apenas 52.83 e ficou em 6º, bem longe do seu recorde de 50.30. O americano Michael Andrew foi a grande surpresa a vencer com 51.84. A zebra americana ficou na frente dos japoneses Daiya Seto com 52.01 e Shinri Shioura cmo 52.17.

Embed from Getty Images

Uma hora depois, a final dos 50m livre. Morozov chegou ao pódio, mas não ficou com a vitória. Outra zebra, com a vitória do  holandês Jesse Puts com 21.10 contra 21.14 do russo. O lituano Simonas Bilis completou o pódio com 21.13. Final bem fraca. Puts seria apenas o 6º no último mundial com esse tempo! O japonês Junya Koga ficou com o ouro nos 50m costas com 22.85, seguido do francês Jeremy Stravius com 22.99 e do bielorrusso Pavel Sankovich com 23.03. Fechando o dia, o revezamento 4x200m livre masculino, que viu uma nova vitória da Rússia. Aleksandr Krasnykh recebeu em 4º, mas com espetaculares 1:40.93, ele colocou a Rússia na frente para ficar com o ouro com 6:52.10, com EUA na prata com 6:53.34 e Japão no bronze com 6:53.54.

Katinka Hosszu venceu mais uma prova em Windsor. A incansável húngara dominou os 100m medley com ótimos 57.24. Foi sua 19ª medalha em Mundiais de curta e o 5º ouro nesta competição. A australiana Emily Seebohm foi prata com 57.97 e a jamaicana Alia Atkinson foi bronze com 58.04. Nos 50m borboleta, vitória da dinamarquesa Jeanette Ottesen com 24.92, deixando a americana favorita Kelsi Worrell com a prata com 25.27. A japonesa Rikako Ikee foi bronze com 25.32. Fechando o dia, mais um ouro de Leah Smith. A americana venceu os 400m livre com 3:57.78, seguida da russa Veronika Popova com 3:58.90 e da japonesa Chihiro Igarashi com 3:59.41. Hosszu ficou fora do pódio, em 4º a 0.58 do pódio.

Mundial de Piscina Curta – Dia 3

Com apenas 6 finais, o 3º dia do Mundial trouxe a primeira medalha brasileira na competição, um recorde mundial e um recorde histórico de Katinka Hosszu.

Nicholas Santos, Larissa Oliveira, Etiene Medeiros e Felipe Lima

Nicholas Santos, Larissa Oliveira, Etiene Medeiros e Felipe Lima. Foto: CBDA

Em 2014, o Brasil venceu o revezamento 4x50m medley misto com Etiene Medeiros, Felipe França, Nicholas Santos e Larissa Oliveira. Em Windsor, Felipe Lima entrou no lugar do França para a perna de peito. Nas eliminatórias, nadaram o suficiente para passar para a final, conquistando o 3º tempo, com 1:39.52. Na decisão, prova que fechou o dia, apenas Brasil e Itália começaram com mulheres no nado de costas e, claro, ficaram um pouco para trás. Etiene passou em 7º com 25.93, mas Felipe Lima recuperou graças a uma espetacular parcial de peito de 25.46 e entregou em 6º. A maioria das equipes entrava com mulheres agora enquanto o Brasil vinha com Nicholas Santos no borboleta. Com 21.93, o Brasil assumia a liderança da prova. Na última perna, Larissa Oliveira tinha 3.46 de vantagem sobre a equipe americana, que vinha apenas em 7º, mas com Michael Chadwick fechando e voando para 20.44, os americanos bateram na frente. Por pouco ele não queimou, pulando apenas 0.03 após o toque de Kelsi Worrell. Com 1:37.22, os Estados Unidos bateram o recorde do campeonato e ficaram com o ouro. Larissa bateu logo atrás com 1:37.74, dando a prata pro Brasil. A Itália havia batido em 3º, mas Luca Dotto queimou uma das trocas. Com isso, o bronze foi pro Japão, com 1:38.45. Vale ressaltar que os americanos venceram mesmo com uma mulher na perna de peito, a espetacular Lilly King. Foi a 8º medalha em Mundiais de curta do Nicholas Santos, a 4ª de Etiene Medeiros e a 3ª de Larissa Oliveira.

Embed from Getty Images

O nível das finais foi mais interessante neste dia. Na 1ª final do dia, o alemão Marco Koch unificou os títulos mundiais dos 200m peito. Campeão na longa ano passado, ele venceu em Windsor com muita tranquilidade, batendo em 2:01.21, novo recorde do campeonato. Há 2 semanas, no campeonato alemão, ele bateu o recorde mundial com 2:00.44. O britânico Andrew Willis foi prata com 2:02.71 e o russo Mikhail Dorinov bronze com 2:03.09. Nos 100m borboleta, performance espetacular de Chad le Clos! O sul-africano abriu voando para 22.59 os primeiros 50m, mesma parcial do seu recorde mundial de 2014, mas melhorou na parte final e completou em 48.08, baixando a marca anterior em 0.36! Segundo recorde mundial da competição e o tricampeonato mundial pro le Clos da prova. O americano Tom Shields foi prata com 49.04 e o australiano David Morgan completou o pódio com 49.31, recorde da Oceania.

Outro grande destaque do dia foi, claro, Katinka Hosszu. A incansável húngara venceu os 200m costas com tranquilidade com 2:00.79 para vencer sua 4ª medalha de ouro no Canadá! Com a vitória, Hosszu se tornou a maior mulher medalhista de história em Mundiais curta, chegando a incrível marca de 18 medalhas! Vale lembrar que Ryan Lochte tem 38 (!!) medalhas em mundiais de curta. A ucraniana Daryna Zevina foi prata com 2:02.24 e a australiana Emily Seebohm bronze com 2:02.65. Hosszu voltou para nadar os 800m livre, mas ficou longe do pódio, terminando em 8º lugar. A vitória ficou com a americana Leah Smith, com 8:10.17, marca que nem daria medalha no último mundial. Sua compatriota Ashley Twichell foi prata com 8:11.95 e a australiana Kiah Melverton foi bronze com 8:16.51.

A australiana Brittany Elmslie surpreendeu ao vencer os 100m livre com 51.81. Com uma excelente 2ª metade, ela deixou as duas favoritas da prova para trás. Ninguém menos que as duas últimas campeãs olímpicas da prova. A holandesa Ranomi Kromowidjojo ficou com a prata com 51.92 e a canadense Penny Oleksiak decepcionou mais uma vez com o bronze com 52.01. O Canadá segue sem ouro na competição.

Mundial de Piscina Curta – Dia 2

Mais 8 finais no 2º dia e o primeiro recorde mundial.

Katinka Hosszu (HUN)

Depois da decepção de perder os 200m livre no dia anterior, Katinka Hosszu foi o nome desta quarta-feira em Windsor. A húngara liderou os 200m borboleta de ponta a ponta para vencer com 2:02.15. Controlando bem, ela não deixou a americana Kelsi Worrell encostar, deixando-a com a prata com 2:02.89, recorde americano. A chinesa Yufei Zhang completou o pódio com 2:05.10. Pouco mais de 1h depois, Hosszu voltou à piscina para vencer os 100m costas com 55.54, não dando chances à canadense Kylie Masse, prata com 56.24, e à britânica Georgia Davies, bronze com 56.45. Para fechar um ano brilhante, a americana Lilly King, campeã olímpica nos 100m peito, desbancou a favorita na final dos 50m peito. A jamaicana Alia Atkinson, que tinha batido o recorde mundial da prova na etapa de Tóquio da Copa do Mundo deste ano com 28.64, acabou piorando o seu tempo e ficou com a prata com 29.11. King foi melhor e venceu com 28.92. Outra americana, Molly Hannis, completou o pódio com 29.58.

Defendendo o ouro conquistado em 2014 em Doha, Felipe França não conseguiu subir ao pódio dos 100m peito. Fazendo uma primeira metade ruim, ele bateu em 4º lugar na final, ficando fora do pódio por apenas 1 centésimo! A vitória foi do alemão Marco Koch, que deu show nos 50m finais e venceu com 56.77. O foguete russo Vladimir Morozov foi prata com 57.00 e o italiano Fabio Scozzoli fechou o pódio com 57.04. Se o Felipe tivesse repetido o tempo das semifinais seria prata. Depois de decepcionar no Rio-2016, o australiano Mitch Larkin fez um final de prova incrível para vencer os 100m costas com 49.65, apenas 0.04 melhor que o russo Andrei Shabasov. O chinês Xi Jiayu ficou com o bronze com 50.02. Outro que fracassou nos Jogos Olímpicos e começa a se redimir é o sul-coreano Taehwan Park. Depois de vencer os 400m livre no dia anterior, simplesmente dominou os 200m livre de ponta a ponta para fechar com 1:41.03, novo recorde do campeonato e asiático. O sul-africano Chad le Clos ficou com a prata com 1:41.65 e o russo Aleksandr Krasnykh levou o bronze com 1:41.95. Melhor na semi, o trinitino Dylan Carter ficou em 4º com 1:42.48.

Embed from Getty Images

O primeiro recorde mundial veio na 1ª prova da sessão, o revezamento 4x50m medley feminino. A equipe americana liderou do início ao fim para fechar com 1:43.27 com excelentes parciais de peito com a Lilly King (28.78) e de borboleta com a Kelsi Worrell (24.44). O recorde anterior era da Dinamarca do último mundial com 1:44.04. A Itália ficou com a prata com distantes 1:45.38 e a Dinamarca levou o bronze com 1:45.98. Fechando o dia, o 4x50m medley misto. Todas as equipes optaram por abrir com 2 homens e fechar com 2 mulheres. Mais uma vez Vladimir Morozov voou na sua parcial e entregou em primeiro para as mulheres. Graças a espetaculares 23.34 de Ranomi Kromowidjojo a Holanda assumiu a lideranças, mas perdeu no final para a Rússia, que venceu com 1:29.73. A Holanda ficou com a prata com 1:29.82 e o Canadá ficou com o bronze com 1:29.83.

Mundial de Piscina Curta – Dia 1

No primeiro do Mundial, 7 finais e 7 países diferentes faturaram ouro, mas nenhum recorde mundial.

Embed from Getty Images

Katinka Hosszu nadará 12 provas individuais neste mundial. Pra quem nadou 16 provas em 2 dias por 9 etapas da Copa do Mundo, não chega a ser muito. Mas logo em sua 1ª final, a húngara foi surpreendida nos últimos metros da decisão dos 200m livre pela italiana Federica Pellegrini. Após liderar por toda a prova, Hoszzu foi ultrapassada na metade da última piscina e perdeu para a italiana, que fez 1:51.73 contra 1:52.28 da húngara. A canadense Taylor Ruck ficou com o bronze com 1:52.50. Manuella Lyrio chegou à final, mas não fechou bem e terminou em 8º com 1:55.51, piorando o tempo das eliminatórias. A húngara voltou à piscina 40 minutos depois para dominar os 400m medley. Sem adversárias, Hosszu sobrou na prova, vencendo por mais de meia piscina. Ela completou em 4:21.67, seguida por duas americanas: Ella Eastin com 4:27.74 e Madisyn Cox com 4:27.78. A vietnamita Anh Vien Nguyen havia batido em 2º lugar, que seria a 1ª medalha da história pro Vietnã em um mundial de natação, mas foi desclassificada por um erro na virada.

Chad le Clos (RSA)

Na 1ª final do dia, o sul-coreano Taehwan Park assumiu a liderança com 330m para vencer com 3:34.59 no seu retorno a mundiais após a polêmica do doping. A Coreia do Sul não queria coloca-lo na equipe olímpica, mas ele conseguiu ir ao Rio, onde decepcionou demais, não passando para nenhuma semifinal. Nesta terça, ele venceu o russo Aleksandr Krasnykh (3:35.30) e o húngaro Peter Bernek (3:37.65), que defendia o título. Boa disputa na final dos 200m borboleta. O sul-africano Chad le Clos, o americano Tom Shields e o japonês Daiya Seto fizeram um belo duelo na prova, mas a estrela de le Clos foi mais forte e o sul-africano venceu pela 3ª vez a prova em mundiais de curta com 1:48.76. Shields foi prata com 1:49.50 e Seto bronze com 1:49.97. Leonardo de Deus fez boa prova, fechando muito bem para termina em 5º lugar com 1:52.65. Seto voltou à piscina para nadar os 200m medley, prova em que era o favorito. Mas não teve um bom início e viu o chinês Shun Wang dominar para levar o ouro com 1:51.74. O alemão Philip Heintz começou mal, mas foi crescendo para chegar em segundo, com 1:52.07. O japonês teve que se contentar com mais um bronze, com 1:52.89.

Para fechar o dia, os dois revezamentos 4x100m livre. No feminino, a equipe canadense era a favorita, mas um erro absolutamente infantil casou a desclassificação das donas da casa, que haviam batido em 2º lugar, atrás da equipe americana, que venceu com 3:28.82. Segundo a lista de entrada, a campeã olímpica Penny Oleksiak deveria ser a 3ª a nadar e Michelle Williams fecharia, mas na hora elas trocaram de posição. Erro banal. A Itália que teve Federica Pellegrini fechando herdou a prata com 3:30.28 e a Holanda ficou com o bronze com 3:31.10. No revezamento masculino, a França abriu com seus dois melhores nomes na prova, Clement Mignon e Jeremy Stravius, mas viu aq Rússia ultrapassar após uma espetacular parcial de Vladimir Morozov de 45.42, 3º a entrar na água pelos russos. Com 3:05.90, o ouro foi pra Rússia e a França ficou com a prata com 3:07.35. Um fato inusitado em revezamentos ocorreu, com um empate pelo bronze entre a equipe dos Estados Unidos e da Austrália, ambas com 3:07.76.

Seleção pro Mundial de Curta

A CBDA convocou nesta quinta-feira 14 nomes para a disputa do Mundial de Piscina Curta, em dezembro em Windsor, no Canadá. Há exato 1 mês, falei aqui sobre o Troféu José Finkel, que teve apenas 5 nadadores classificados por conta dos índices pré-estabelecidos e mais 11 que comporiam a equipe por índice técnico.

Felipe França em Doha-2014

Etiene Medeiros, Felipe França, Felipe Lima, Nicholas Santos e Thiago Simon foram os únicos a nadar abaixo dos tempos necessários. Etiene fez nos 50m livre e 50m costas e defenderá o seu título mundial de 2014 na prova de costas. Felipe França, maior nome do último mundial com 5 ouros, fez tempo para nadar os 50m, 100m e 200m peito. Ele defende o ouro das duas provas mais rápidas. Felipe Lima, bronze no Mundial de longa em 2013, nadará os 100m peito, Thiago Simon os 200m peito e Nicholas Santos busca repetir o ouro de 2012 nos 50m borboleta.

Guilherme Guido e Henrique Rodrigues desistiram do Mundial e, por isso, serão apenas 14 nadadores. Estão convocados: Leonardo de Deus, Lucas Kanieski, Manuella Lyrio, Brandonn Almeida, Kaio Márcio, Viviane Jungblut, Larissa Oliveira, Fernando Scheffer e Daiene Dias.

Dificilmente o Brasil repetirá os 7 ouros da edição de 2014, mas tem boas chances de faturar algumas medalhas. O Mundial terá 12 revezamentos e há chances boas em alguns, principalmente nos rápidos, de 4x50m livre e medley, masculinos e mistos. E confesso que estou bem curioso para ver Brandonn, Manuella e Viviane nesse Mundial.

Como é ano olímpico, poucos nomes bons irão, mas já podemos contar com uma fortíssima equipe canadense, que deve ir completa, além da incansável Katinka Hosszu e de outros que estão disputando o circuito da Copa do Mundo de piscina curta, como Vladimir Morozov, Alia Atkinson, Jeanette Ottesen, Cameron van der Burgh, Chad le Clos, Marco Koch, Rie Kaneto e Daiya Seto.

Muita gente não liga pro Mundial de piscina curta, assim como pro indoor de atletismo, mas não deixa de ser um Mundial e medalhar em um é sempre algo bom, embora não tenha grandes significados para um ciclo olímpico de piscina longa.

Mundial de Piscina Curta – Dia Final

Um dia dourado para o Brasil, que nos colocou na liderança do quadro de medalhas de um mundial pela primeira vez! Mas o que isso realmente significa?

4 ouros num dia histórico

Logo na primeira final individual do dia, César Cielo se recuperou, voltou a nadar os 100m e se vingou do Florent Manaudou! O brasileiro venceu os 100m livre com 45.75 contra 45.81 do francês. Manaudou bateu os 50m com 0.31 de vantagem, mas Cielo tirou a vantagem e ainda abriu 0.06. João de Lucca ficou em 7º com 47.05.

Logo na final seguinte, um momento histórico para o esporte brasileiro! Etiene Medeiros mostrou que é o grande nome da natação feminina brasileira da atualidade e venceu os 50m costas com 25.67, batendo o recorde mundial por 0.03! Foi a primeira medalha individual feminina brasileira na história em mundiais adultos na piscina. Etiene sau consagrada e com 3 medalhas de Doha, nenhuma em prova olímpica. É o primeiro recorde mundial de uma brasileira na piscina desde Maria Lenk nos 200m peito em 1939! A prata foi para a australiana Emily Seebohm com 25.83.

Felipe França fez a dobradinha no peito, vencendo os 50m peito com 25.63, novo recorde do campeonato. França retoma o título da prova de velocidade que havia vencido em 2010. Fora do mundial de longa do ano passado, França mostrou que quer brugar por medalha no Rio-2016. O britânico Adam Peaty e o sul-africano Cameron van der Burgh empataram com a prata com 25.87.

Fechando o dia histórico para o Brasil, o revezamento 4x100m medley levou o 4º ouro do dia de forma espetacular. Guilherme Guido abriu em 3º lugar e Felipe França manteve o 3º lugar. Marcos Macedo não fez boa parcial no borboleta e o Brasil caiu para 4º, mas César Cielo fechou de maneira incrível com a parcial de 44.67! Os Estados Unidos lideravam por 0.85, mas o brasileiro buscou e ainda fechou com 3:21.14, 0.35 de vantagem sobre os americanos. Cielo mostra que voltou para os 100m.

Outras finais

Sarah Sjoestrom foi o destaque do dia. A sueca venceu dois ouros com dois recordes mundiais. Primeiro levou os 100m borboleta com 54.61 (Daiene Marçal Dias foi 8ª com 57.26) e depois venceu os 200m livre com 1:50.78, na frente da Katinka Hosszu, prata com 1:51.18.

Chad le Clos deu mais um show e venceu seu 4º ouro em Doha. Levou os 200m borboleta com 1:48.61, recorde da competição. Le Clos conquista, portanto, os 50m, 100m e 200m borboleta.

O alemão Markus Deibler foi a surpresa do dia vencendo os 100m medley com 50.66, novo recorde mundial, e quebrando a sequencia do Ryan Lochte. O americano, que era tricampeão seguido da prova, ficou com a prata com 50.81. Henrique Rodrigues foi o 6º com 52.20.

Ranomi Kromowidjojo confirmou seu favoritismo e ganhou os 50m livre com 23.32, além de ajudar a equipe holandesa a vencer o 4x50m livre feminino, com 1:34.24, recorde mundial. O Brasil ficou em 8º com 1:38.78.

Dobradinha japonesa nos 200m peito feminino, com Kanako Watanabe vencendo com 2:16.92 e Rie Kaneto prata com 2:17.43. Recordista mundial na piscina longa, Rikke Pedersen foi bronze. O polonês Radoslaw Kadecki faturou os 200m costas com 1:47.38, deixando Ryan Lochte pra trás sem nenhum ouro individual. O italiano Gregorio Paltrinieri venceu os 1.500m livre com 14:16.10 e a Dinamarca fechou o mundial vencendo os 4x100m medley feminino com 3:48.86.

Resumo

O Brasil venceu o Mundial com 7 ouros, 1 prata e 2 bronzes, seguido da Hungria com 6-3-2, Holanda com 5-1-6, África do Sul (4-1-0) e Espanha (4-0-0). 23 países levaram medalha e 17 venceram pelo menos um ouro.

Felipe França fechou com 5 ouros o mundial numa participação excelente. Katinka Hosszu foi a maior medalhista da edição, com 4 ouros, 3 pratas e 1 bronzes, todos em provas individuais! Mireia Belmonte Garcia foi perfeita, com 4 ouros em 4 provas. Ryan Lochte chegou quietinho, não chamou muita atenção e também levou 8 medalhas, com 1-4-3.

Foram nada menos que 23 recordes mundiais e outros 24 recordes do campeonato em Doha.

Para o Brasil, foram 10 medalhas, 25 finais (9 em revezamentos), 23 semifinais, 2 recordes mundiais, 2 de campeonato e 22 recordes brasileiros e sul-americanos.

Mas e aí? Foi bom mesmo?

Brasil liderou o quadro, legal, mas o que isso significa? Se considerarmos apenas as provas de distâncias olímpicas, foram apenas 4 medalhas: os ouros do Cielo nos 100m livre, do França nos 100m peito, o revezamento 4x100m medley masculino e o bronze do Cielo nos 50m livre.

Este mundial mostrou o que a gente já sabia, que o Brasil é bom em provas de velocidade, com 7 medalhas em provas de 50m ou revezamentos 4x50m. Fora tantos revezamentos, que a coisa banalizou. Se a intenção é a inclusão dos mistos, então que só colocassem esses, não precisavam dos 4×50 masculinos e femininos.

Apesar disso, a seleção brasileira mostrou uma evolução interessante. Etiene é o nosso maior nome hoje e a melhor nadadora desde a Joanna Maranhão (que está voltando!). Ainda sem grande marcas nos 100m costas em piscina longa, mostra grande evolução na prova e também nos 50m livre.

Felipe França com 5 ouros, foi o cara. Fora do Mundial de Barcelona-2013, evoluiu muito, melhora seus tempos a cada competição e agora até já apareceu em uma final de 200m peito. O bronze nos 100m peito no Pan Pacífico já mostrou que está no caminho certo. Vamos ver em Kazan.

César Cielo, apesar de ter perdido pro Manaudou nos 50m, evoluiu nos 100m e já pode brigar novamente com o francês, os americanos e o Magnussen.

Guilherme Guido venceu sua semi nos 100m costas e por pouco não pegou medalha. O Thiago Pereira ainda é o melhor nesta prova no Brasil, mas o Guido quebrou mesmo aquela sensação de insegurança que ele passava, sempre pipocando em finais.

João de Lucca levou tudo no universitário americano, mas deixou a desejar em Doha. Abriu muito bem o rev 4x200m livre com 1:41.85, tempo que daria bronze na prova individual.

O Brasil não contou com muito do que tem de melhor, como Thiago Pereira, Gracielle Herrmann, Matheus Santana, Leonardo de Deus, Felipe Lima, Tales Cerdeira e quem sabe até Joanna Maranhão. Temos chances no Rio-2016? Claro que temos e estamos no caminho certo, abandonando o foco que tínhamos em provas de 50m e evoluindo nas de 100m. Nas de 200m ainda estamos devendo e a natação teima a crescer. Semana que vem acontece no Rio o Open de Natação, primeira seletiva para Kazan e pros Jogos Pan-Americanos. Já dá para esperar muitos índices e bons resultados.

Mundial de Piscina Curta – Dias 3 e 4

Dia 3

A única medalha da sexta-feira do Brasil de César Cielo, que não foi rápido o suficiente para vencer os 50m livre, vendo o francês campeão olímpico Florent Manaudou vencer a prova mais rápida da natação. Manaudou sobrou na prova vencendo por 20.26 e derrubando o recorde mundial da prova, que era de 20.30. Cielo ficou com o bronze, longe do francês. O brasileiro fez a distância em 20.88. A prata foi para o italiano Marco Orsi com 20.69.

O Brasil disputou outras 5 finais no dia. O melhor resultado veio de Henrique Rodrigues nos 200m medley, 4º com 1:51.79. O ouro foi para o japonês Kosuke Hagino, ouro no Pan-Pacífico, com 1:50.47, na frente de Ryan Lochte, prata.

Nos 200m peito, Felipe França surpreendeu chegando a final da prova longa, mas não repetiu a boa prova da qualificação e ficou em 7º e último (um russo foi desclassificado) com 2:06.74. uro pro campeão olímpico na prova Daniel Gyurta (HUN) com 2:01.49.

Daynara de Paula chegou à final dos 50m borboleta e terminou na 8ª colocação com 25.94. Vitória da sueca Sarah Sjoestrom (foto) com 24.58. No revezamento 4x100m livre feminino, o Brasil terminou em 7º com 3:33.93 e viu a maravilhosa equipe de velocistas da Holanda vencer com 3:26.53, novo recorde mundial. Nos 4x50m medley feminino, o Brasil foi 5º com 1:46.47, atrás da ótima equipe da Dinamarca, ouro com 1:44.94, recorde mundial.

O dia foi excelente para a Hungria, que, além do ouro do Gyurta, levou mais três títulos! A Dama de Ferro Katinka Hosszu brilhou, conquistando os 200m costas com o tempo incrível de 1:59.23, novo recorde mundial e a 1ª mulher a nadar abaixo de 2min, e os 100m medley com 56.70, mais um recorde mundial! Peter Bernek completou o dia dos húngaros vencendo os 400m livre com 3:34.32, recorde da competição.

Nas outras finais do dia, Femke Heemskerk (NED) levou os 100m livre com 51.37, na frente da Sjoestrom com 51.39 e da campeã olímpica na distância Ranomi Kromowidjojo com 51.47! Que final! Mireia Belmonte Garcia levou mais um ouro, agora nos 400m livre com 3:55.76.

Dia 4

No dia com menor quantidade de finais (apenas 6), mais duas medalhas para o Brasil. Nicholas Santos não conseguiu defender seu ouro de 2012 nos 50m borboleta e ficou com a prata com 22.08, atrás do sul-africano Chad le Clos, com 21.95. No 4x50m livre misto, o Brasil foi bronze com 1:29.17. O ouro foi para a equipe americana, com 1:28.57, recorde mundial.

Katinka Hosszu levou mais uma medalha de ouro, com mais um recorde mundial! Com 2:01.86, ela venceu os 200m medley com mais de 4s de vantagem! Florent Manaudou mostrou que é o velocista do momento, vencendo os 50m costas co 22.22, mais um recorde mundial no torneio. Vantagem de 0.83 numa final de 50m é excepcional!

A grande surpresa do dia veio nos 100m peito feminino! A jovem lituana Ruta Meilutyte (17 anos ainda) e já campeã de tudo, perdeu para a jamaicana Alia Atkinson! Atkinson foi 4ª em Londres e igualou o recorde mundial de 1:02.36 (que é da lituana). Meilutyte foi prata com 1:02.46. Quem disse que na Jamaica só tem atletismo? Numa prova que tinha tudo para ter medalha brasileira, o 4x50m livre masculino, o Brasil não disputou as eliminatórias. Vitória ficou com a Rússia com 1:22.60, mais um recorde mundial.

Mundial de Piscina Curta – Dia 2

Dia histórico para o Brasil e Felipe França é o destaque no 2º dia!

Dia dourado

Brsail em 7 das 11 finais, o dia prometia. Eram 3-4 grandes chances de medalha e foi melhor que o esperado!

O ótimo dia brasileiro começou com o revezamento 4x50m medley masculino. Tudo bem que a prova não é olímpica, é em piscina curta, é de 50m estilos (que nunca entrarão em Jogos Olímpicos), mas a torcida era grande. O Brasil passou pelas eliminatórias com o 4º tempo (1:33.48) e na final, com seu dream team, foi quase perfeito. Guilherme Guido abriu com 23.42 e entreogu e 5º lugar. Felipe França fez a melhor parcial de peito da final (25.33) e bateu em primeiro. Especilista nos 50m borboleta, Nicholas Santos também fez a melhor parcial da final (21.68) e o Brasil seguiu na liderança para o César Cielo fechar de maneira primorosa com 20.08 e o Brasil terminar com 1:30.51, novo recorde mundial! Fechando pela França, Florent Manaudou fez sua parcial em 20.04, mas a França ficou longe com a prata com 1:31.25. Estados Unidos completou o pódio.

Felipe França voltou à piscina uma hora depois para nadar a final dos 100m peito. Classificado em 6º na semi, Felipe bateu na virada dos 50m em primeiro empatado com o campeão olímpico Cameron van der Burgh (RSA) com 26.32, mas na volta abriu e fechou com 56.29. novo recorde do campeonato! Felipe deixou com a prata o britânico Adam Peaty, campeão europeu esse ano em piscina curta e dos jogos da comunidade britânica, com 56.35 e o francês Giacomo Perez-Dortona com o bronze com 56.78. Van der Burgh acabou em 4º.

Na última prova do dia, a coroação do Felipe! No mais inusitado ainda revezamento 4x50m medley misto, o Brasil montou uma boa estratégia e levou o 3º ouro do dia! Etiene Medeiros abriu com 25.83 (novo recorde sul-americano nos 50m costas, mas que não vale por ser em prova mista) e entregou em 7º, atrás de 6 homens. Felipe França fez 25.45 e entregou em 5º lugar. As 4 equipes da frente nadaram com 2 homens, então, quando Nicholas Santos fez 21.81 nos borboleta, o Brasil já estava na frente. Larissa Oliveira fechou com 24.17 e o Brasil terminou com 1:37.26, a 0.09 do WR! Com uma Francesca Halsall fechando com inacreditáveis 23.05 (o que custou seu ombro e a ausência do resto do mundial), a Grã-Bretanha ficou em 2º com 1:37.46 e a Itália foi bronze com 1:37.90. Larissa e Etiene se tornam as primeiras brasileiras medalhistas mundiais em piscina.

Foram mais 4 finais para o Brasil.

Cansado após o revezamento e só com 20min para decansar, Guilherme Guido ficou em 5º na final dos 100m costas com 50.21. Ouro para Mitchell Larkin (AUS) com 49.57, único a baixar dos 50s neste mundial e ele fez isso na semi e na final.

Na mesma prova no feminino, Etiene Medeiros terminou em 7º lugar com 57.72. O destaque nessa prova foi a Katinka Hosszu. A Dama de Ferro húngara finalmeten venceu uma prova com 55.03, novo recorde mundial! Emily Seebohm (AUS) foi prata com 55.31 e Daryna Zevina (UKR) bronze. Mireia Belmonte não nadou essa prova.

Nos 100m borboleta masculino, Chad le Clos deu mais um show! 48.44 e novo recorde mundial! Le Clos leva seu segundo ouro em Doha, na frente do Tom Shiwlds (USA) 48.99 e Tommaso D’Orsogna (AUS) 49.60. Macos Macedo chegou em 8º com 50.47.

Fechando a participação brasileira no dia em finais, o revezamento 4x200m masculino ficou em 6º com 6:54.53, recorde sul-americano. João de Lucca nadou muito na abertura, entregou em 1º com 1:41.85. Ouro para os Estados Unidos, que sempre dominam a prova com 6:51.68, mas a Itália chegou colada a 0.12 e a Rússia ficou a 0.28! Lochte leva sua 33ª medalha em Mundiais de piscina curta!

Outras Provas

Dobradinha japonesa nos 400m medley com Daiya Seto 3:56.33 e Kosuke Hagino com 4:01.17. David Verraszto levou o bronz epra Hungria com 4:01.82.

Disputa fortíssima na chegada dos 50m peito feminino com a campeã de tudo (com 17 anos) Ruta Meilutyte vencendo na batida com 28.84 contra 28.91 da jamaicana Alia Atkison. Moniek Nijhuis (NED) foi bronze bem longe com 29.64.

Nos 800m feminino, a espanhola Mireia Belmonte Garcia faz 3-0 em seu duelo com a Katinka levando seu 3º ouro! Com 8:03.41, sobrou e bateu o recorde do campeonato. Impressionante o quase empate pela prata e bronze! Jaz Carlin (GBR) fez 8:08.16 e Sharon van Rouwendaal (NED) 8:08.17!! Katinka, que não é especialista nessa prova, foi apenas a 9ª com 8:20.71 (a prova era final direta, sem eliminatória).

Nas semifinais, Larissa Oliveira fez o 10º nos 100m livre com 52.75. Nos 50m borboelta, Daynara de Paula passa para a final com o 6º tempo de 25.54 e Daiene Dias fica em 12ª fora com 25.92.

César cielo deu show na sua semifinal dos 50m livre vencendo com 20.80, melhor tempo. Foi seguido do Vladimir Morozov (RUS) com 20.88 e do Florent Manaudou (FRA) com 20.93.