10 finais para fechar o Mundial neste domingo e a 3ª medalha brasileira.
Felipe Lima e Felipe França chegaram fortes para a final dos 50m peito. Mas quem mostrou que ainda está vivo foi o sul-africano Cameron van der Burgh. Depois de ficar de fora da final dos 100m peito, ele passou pra decisão dos 50m apenas com o 7º tempo, mas mesmo nadando na raia 1, o sul-africano voou para vencer com 25.64. A prata veio com o surpreendente esloveno Peter Stevens, na raia 8. Campeão mundial juvenil em 2013, Stevens fez 25.85. Com uma excelente saída e virada, Felipe Lima segurou e ficou com a medalha de bronze com 25.98, enquanto Felipe França não foi bem e ficou em 5º com 26.13. Depois de vencer 5 ouros há dois ano, França ficou sem medalhas nesta edição.
Provando que está de volta, o sul-coreano Taehwan Park sobrou na final dos 1.500m livre. Depois de vencer os 200m e os 400m, Park fechou a prova com excelentes 14:15.51, recorde do campeonato e asiático e 3º melhor tempo da história em piscina curta. Ele deixou inclusive o campeão olímpico da prova, o italiano Gregorio Paltrinieri, em 2º com 14:21.94. O polonês Wojciech Wojdak fechou o pódio com 14:25.37. Park voltou à piscina na final seguinte, os 100m livre, mas ficou apenas em 7º. A vitória ficou com o ótimo lituano Simonas Bilis com 46.58 (não confundir com a ginasta americana Simone Biles). O japonês Shinri Shioura foi prata perdendo por apenas 1 centésimo, com 46.59, recorde asiático, enquanto o australiano Tommaso D’Orsogna foi bronze com 46.70.
Embed from Getty ImagesNos 200m costas, o polonês Radoslaw Kawecki faturou o tricampeonato mundial da prova ao fechar com 1:47.63. O americano Jacob Pebley ficou com a prata com 1:48.98 e o japonês Masaki Kaneko foi bronze com 1:49.18. Na última prova masculina do Mundial, a Rússia faturou o revezamento 4x100m medley com uma atuação impecável de Vladimir Morozov no final. A equipe russa e a americana ficaram lado a lado, mas Morozov conseguiu abrir e vencer com 3:21.17. A equipe americana acabou sendo desclassificada por conta de uma virada errada de Tom Shields. Assim, a Austrália herdou a prata com 3:23.56 e o Japão o bronze com 3:24.71. Com o ouro, a Rússia faturou os 5 revezamentos masculinos, sendo que 4 contaram com a presença do Morozov.
No feminino, Katinka Hosszu pulou na piscina apenas uma vez no dia, para a final dos 100m borboleta e encerrar de maneira brilhante um Mundial excepcional. Longe de ser a favorita, a húngara fez 55.12, batendo o recorde nacional, e faturando seu 7º ouro em Windsor! Ela deixou a americana Kelsi Worrell, que era a favorita, com a prata com 55.22, novo recorde americano. A jovem japonesa Rikako Ikee foi bronze com 55.64. Daiane Dias ficou em 8º lugar com 57.56. Nos 200m peito, a britânica Molly Renshaw venceu com 2:18.51, numa das provas mais fracas da competição. Apesar de tempo não muito forte, a disputa foi enorme, com Renshaw vencendo por apenas 1 centésimo a canadense Kelsey Wog, com 2:18.52. A britânica Chloe Tutton completou o pódio com 2:18.83.
Embed from Getty ImagesNa prova mais rápida, a holandesa Ranomi Kromowidjojo faturou o tricampeonato dos 50m livre com 23.60 em uma bela prova. A italiana Silvia Di Pietro foi prata com 23.90 e a americana Madison Kennedy bronze com 23.93. O Canadá levou apenas o seu 2º ouro no último dia, ao vencer o revezamento 4x50m livre feminino. Com Penny Oleksiak fechando, a equipe venceu com 1:35.00, deixando Holanda com 1:35.37 e Itália com 1:35.61 para trás. Na última prova do Mundial, o 4x100m medley feminino, mais uma vitória americana. Ficou a dúvida se Kelsi Worrell nadaria, pois ela abriu o supercílio na piscina de aquecimento, enquanto soltava dos 100m borboleta, mas foi liberada. Com 3:47.89, a equipe quebrou o recorde do campeonato e ficou com o ouro. Canadá, fechando mais uma vez com a Oleksiak, foi prata com 3:48.87 a Austrália foi bronze com 3:49.66.
Os Estados Unidos terminam o Mundial com a melhor campanha, com 8 ouros, 15 pratas e 7 bronzes, seguidos da Hungria (praticamente apenas pela Katinka) com 7-2-2, Rússia com 6-5-3, África do Sul com 4-1-0 e Coreia do Sul com 3-0-0. Canadá decepcionou bem com apenas 2-3-3 e o Japão foi o rei dos bronzes, com 2-2-11. O Brasil ficou com uma medalha de cada cor e chega a 20 ouros, 9 pratas e 15 bronzes em Mundiais de curta, 44 medalhas no total. Foi o 4º Mundial seguido vencendo medalhas, sendo sempre pelo menos uma de ouro. Ao todo, 18 países ganharam ouro e 22 saíram com pelo menos uma medalha.
Katinka Hosszu foi, claro, a mais bem sucedida, com 7 ouros e 2 pratas em 11 provas disputadas, todas individuais. Vladimir Morozov ficou com 5 ouros e 2 pratas, Kelsi Worrell 4 ouros e 3 pratas, Chad le Clos 3 ouros e Taehwan Park 3 ouros. O próximo Mundial será em dezembro de 2018 na cidade chinesa de Hangzhou.