Mundial de Piscina Curta – Dia 4

Não foi o dia que Vladimir Morozov sonhava. Grande velocista, ele tem apostado até em provas de peito, mas pecou pelo excesso nesta sexta-feira.

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Jesse Puts (NED)

O 4º dia do Mundial começou com o revezamento 4x50m livre masculino. Morozov recebeu em 4º lugar, mas fechou brilhantemente com 20.71 e deu o ouro pra Rússia com 1:24.32. Os Estados Unidos chegaram logo depois com 1:24.47, graças a um excelente 20.58 de Tom Shields, e o Japão ficou com o bronze com 1:24.51. Dez minutos depois, na final dos 100m medley, Morozov não aguentou. Ele bateu o recorde mundial da prova esse ano duas vezes na Copa do Mundo, mas muito cansado fez apenas 52.83 e ficou em 6º, bem longe do seu recorde de 50.30. O americano Michael Andrew foi a grande surpresa a vencer com 51.84. A zebra americana ficou na frente dos japoneses Daiya Seto com 52.01 e Shinri Shioura cmo 52.17.

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Uma hora depois, a final dos 50m livre. Morozov chegou ao pódio, mas não ficou com a vitória. Outra zebra, com a vitória do  holandês Jesse Puts com 21.10 contra 21.14 do russo. O lituano Simonas Bilis completou o pódio com 21.13. Final bem fraca. Puts seria apenas o 6º no último mundial com esse tempo! O japonês Junya Koga ficou com o ouro nos 50m costas com 22.85, seguido do francês Jeremy Stravius com 22.99 e do bielorrusso Pavel Sankovich com 23.03. Fechando o dia, o revezamento 4x200m livre masculino, que viu uma nova vitória da Rússia. Aleksandr Krasnykh recebeu em 4º, mas com espetaculares 1:40.93, ele colocou a Rússia na frente para ficar com o ouro com 6:52.10, com EUA na prata com 6:53.34 e Japão no bronze com 6:53.54.

Katinka Hosszu venceu mais uma prova em Windsor. A incansável húngara dominou os 100m medley com ótimos 57.24. Foi sua 19ª medalha em Mundiais de curta e o 5º ouro nesta competição. A australiana Emily Seebohm foi prata com 57.97 e a jamaicana Alia Atkinson foi bronze com 58.04. Nos 50m borboleta, vitória da dinamarquesa Jeanette Ottesen com 24.92, deixando a americana favorita Kelsi Worrell com a prata com 25.27. A japonesa Rikako Ikee foi bronze com 25.32. Fechando o dia, mais um ouro de Leah Smith. A americana venceu os 400m livre com 3:57.78, seguida da russa Veronika Popova com 3:58.90 e da japonesa Chihiro Igarashi com 3:59.41. Hosszu ficou fora do pódio, em 4º a 0.58 do pódio.

Prévias Rio-2016: Natação – estilos

Editado em 15/07/2016 após o anúncio da liberação de Yuliya Efimova (RUS).

100m costas masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Matt Grevers (USA); Prata – Nick Thoman (USA); Bronze – Ryosuke Irie (JPN)

Último Mundial (2015): Ouro – Mitch Larkin (AUS); Prata – Camille Lacourt (FRA); Bronze – Matt Grevers (USA)

David Plummer (USA)

A seletiva americana foi tão forte, que os 4 primeiros da final estão entre os 5 melhores tempo do ano! David Plummer venceu com espetaculares 52.12 e Ryan Murphy foi o 2º com 52.26. O atual campeão olímpico e bronze no Mundial Matt Grevers ficou em 3º e está fora dos Jogos, mesmo nadando para 52.64. Quem pode ameaçar o domínio dos americanos é o australiano Mitch Larkin. Campeão mundial, também vem flertando com o recorde mundial de 51.94 e venceu o campeonato australiano com 52.54.

O francês Camille Lacourt fez 52.97 no campeonato francês e fica um pouco para trás, mas pode e deve melhorar até os Jogos. Outros bons nomes da prova são o chinês Xu Jiayu, o japonês Ryosuke Irie e o russo Grigory Tarasevich.

E o Brasil? Guilherme Guido tem feito excelentes tempos e venceu o Maria Lenk com 53.10 e fez 53.09 em dezembro no Open, recorde sul-americano. Nos Jogos deve chegar na casa de 52s e briga por vaga na fortíssima final da prova, mas medalha é um pouco distante ainda.

Meu Pódio: Ouro – David Plummer (USA); Prata – Mitch Larkin (AUS); Bronze – Ryan Murphy (USA)

200m costas masculino

Pódio Londres-2012: Ouro – Tyler Clary (USA); Prata – Ryosuke Irie (JPN); Bronze – Ryan Lochte (USA)

Último Mundial (2015): Ouro – Mitch Larkin (USA); Prata – Radoslaw Kadecki (POL); Bronze – Evgeny Rylov (RUS)

A disputa entre o australiano Mitch Larkin e o americano Ryan Murphy deve ser o destaque da prova. O australiano venceu o campeonato australiano com 1:53.90 e o americano levou a seletiva com 1:53.95. Larkin venceu o mundial ano passado com 1:53.58 enquanto Murphy foi apenas o 5º na final. Bronze no mundial, o russo Evgeny Rylov tem o 3º tempo do ano com 1:54.21 obtido no campeonato russo. Rylov foi um dos destaques dos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanjing-2014, com 3 ouros e uma prata.

Um pouco atrás vem o americano Jacob Pebley, 2º na seletiva americana com 1:54.77. De olho também no polonês Radoslaw Kavecki, atual vice-campeão mundial, o chinês Xu Jiayu e o fortíssimo japonês Ryosuke Irie (2P-1B). Os dois americanos medalhistas em Londres ficarão de fora desta prova no Rio.

E o Brasil? Leonardo de Deus foi prata no Pan-Pacífico em 2014 e semifinalista em Kazan, além de vencer o Pan de Toronto com ótimos 1:55.01, o que o colocaria tranquilamente numa final olímpica.

Meu Pódio: Ouro – Mitch Larkin (AUS); Prata – Ryan Murphy (USA); Bronze – Ryosuke Irie (JPN)

100m peito masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Cameron van der Burgh (RSA); Prata – Christian Sprenger (AUS); Bronze – Brendan Hansen (USA)

Último Mundial (2016): Ouro – Adam Peaty (GBR); Prata – Cameron van der Burgh (RSA); Bronze – Ross Murdoch (GBR)

Adam Peaty (GBR)

O britânico Adam Peaty tem dominado a prova nos últimos anos. Bicampeão europeu e atual campeão mundial, Peaty é o recordista mundial, já fez 58.36 este ano e dificilmente perderá o ouro. Quem tenta ameaçá-lo é o americano Kevin Cordes, que venceu a seletiva americana com 56.94 e recolocar um americano em uma final da prova, após nenhum se classificar no ano passado.

O 3º tempo do ano é do brasileiro João Gomes Jr, com 59.06 ao vencer o Maria Lenk e se coloca entre os favoritos a uma medalha em casa. Cody Miller é o outro americano na disputa ao fazer 59.09 na seletiva americana. Felipe França com 59.26 também está na disputa com 59.26 no Maria Lenk. O atual campeão olímpico, o sul-africano Cameron van der Burgh, tem como melhor tempo em 2016 apenas 59.61, mas deve melhorar para os Jogos e briga por medalha. Brigam pelo pódio também o britânico Ross Murdoch e o australiano Jake Packard.

E o Brasil? Com o 3º tempo do ano, João Gomes Jr tem reais chances de medalha e briga por uma prata. Felipe França tem o 5º tempo do ano e é outro que pode subir no pódio numa potencial dobradinha brasileira. João é o único brasileiro que aparece entre os 3 melhores tempos do mundo antes dos Jogos. Teoricamente, a melhor chance de medalha.

Meu Pódio: Ouro – Adam Peaty (GBR); Prata – Cody Miller (USA); Bronze – João Gomes Jr. (BRA)

200m peito masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Daniel Gyurta (HUN); Prata – Michael Jamieson (GBR); Bronze – Ryo Tateishi (JPN)

Último Mundial (2015): Ouro – Marco Koch (GER); Prata – Kevin Cordes (USA); Bronze – Daniel Gyurta (HUN)

O atual campeão olímpico, o húngaro Daniel Gyurta (1O-1P), foi bronze no último mundial e antes disso foi tricampeão mundial! Mas aos 27 anos ainda não fez um bom tempo em 2016, aparecendo apenas em 42º na lista mundial com 2:10.84. Já o melhor tempo do ano é do americano Josh Prenot, que venceu a seletiva com 2:07.17, a apenas 0.16 do recorde mundial!

O alemão Marco Koch vem logo atrás com 2:07.69, mas é o atual campeão mundial. Apesar disso, ele perdeu o europeu este ano para o britânico Ross Murdoch, que não está classificado pros Jogos. Quem entra pela Grã-Bretanha são Andrew Willis, com 2:08.08, e Craig Benson, com 2:09.07 este ano. Atual vice mundial, o americano Kevin Cordes vem com o 3º tempo com 2:07.81. Outros bons nomes para a prova são o japonês Yasuhiro Koseki e o russo Anton Chupkov.

E o Brasil? Tales Cerdeira e Thiago Simon representarão o Brasil na prova, mas não nadaram bem este ano ainda. Thiago fez ano passado ótimos 2:09.82 para vencer o ouro no Pan de Toronto. Se repetir, faz semifinal. Tales dificilmente avança para a semi.

Meu Pódio: Ouro – Josh Prenot (USA); Prata – Marco Koch (GER); Bronze – Andrew Willis (GBR)

100m borboleta masculino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Michael Phelps (USA); Pratas – Chad le Clos (RSA) e Yevgeny Korotyshkin (RUS); Bronze – não houve

Último Mundial (2015): Ouro – Chad le Clos (RSA); Prata – Laszlo Cseh (HUN); Bronze – Joseph Schooling (SIN)

Michael Phelps (USA)

Atual bicampeão mundial, o sul-africano Chad le Clos (1O-1P) busca vencer a prova pela primeira vez nos Jogos, após perder em Londres por 0.23, mas esse ano tem como melhor tempo apenas 51.56, o 12º do mundo. Quem lidera o ranking é o húngaro Laszlo Cseh (3P-2B) com ótimos 50.86 ao vencer o europeu em Londres e está em sua melhor forma em busca do seu 1º ouro olímpico.

Logo atrás vem o supercampeão Michael Phelps (18O-2P-2B) que venceu a seletiva americana com 51.00. Phelps busca o tetracampeonato na prova, feito inédito na história da natação mundial para uma prova individual. Tom Shields tem como melhor resultado duas pratas no mundial de piscina curta em 2012 e 2014, mas fez 51.20 esse ano na seletiva americana e aparece em 3º no ranking mundial. Logo após vem o polonês Konrad Czerniak foi prata no europeu com 51.22 e o chinês Li Zhuhao com 51.24.

E o Brasil? Marcos Macedo e Henrique Martins serão os representantes brasileiros, mas não tem bons tempos este ano e terão dificuldades de passar para a semifinal na prova mais fraca do Brasil no masculino hoje e o ponto fraco do revezamento 4x100m medley.

Meu Pódio: Ouro – Michael Phelps (USA); Prata – Laszlo Cseh (HUN); Bronze – Konrad Czerniak (POL)

200m borboleta masculino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Chad le Clos (RSA); Prata – Michael Phelps (USA); Bronze – Takeshi Matsuda (JPN)

Último Mundial (2015): Ouro – Laszlo Cseh (HUN); Prata – Chad le Clos (HUN); Bronze – Jan Switkowski (POL)

Difícil alguém tirar a vitória de Laszlo Cseh (3P-2B). O húngaro campeão mundial venceu o europeu com 1:52.91, disparado o melhor tempo do ano e a sua melhor chances de ganhar um ouro olímpico. O atual campeão olímpico, o sul-africano Chad le Clos (1O-1P) não está tão bem quanto o húngaro e dessa vez briga apenas por um pódio. Dois japoneses entram na disputa por uma provável dobradinha prata e bronze. Daiya Seto tem 1:54.14 e Masato Sakai 1:54.21 no campeonato japonês.

Michael Phelps (18O-2P-2B) não está em seu auge e sofreu para terminar a prova na seletiva americana, vencendo com 1:54.84 e uma última piscina péssima, mas nunca duvide de Phelps em Olimpíadas. Outros nomes da prova são o americano Tom Shields, o húngaro Tamás Kenderesi e o dinamarquês Viktor Bromer.

E o Brasil? Leonardo de Deus venceu o Maria Lenk com ótimos 1:55.54 e tem o 8º tempo do mundo. Kaio Almeida fez 1:56.21 no Maria Lenk e tem o 14º tempo. Os dois devem passar para a semifinal, mas Leo tem tudo para chegar na final na prova que lhe deu a prata no Pan Pacífico.

Meu Pódio: Ouro – Laszlo Cseh (HUN); Prata – Daiya Seto (JPN); Bronze – Chad le Clos (RSA)

100m costas feminino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Missy Franklin (USA); Prata – Emily Seebohm (AUS); Bronze – Aya Terakawa (JPN)

Último Mundial (2015): Ouro – Emily Seebohm (AUS); Prata – Madison Wilson (AUS); Bronze – Mie Nielsen (DEN)

Emily Seebohm (AUS)

Campeã mundial, a australiana Emily Seebohm (2O-2P) segue em ótima fase e é a favorita pra prova. Com 58.73 no campeonato australiano, tem o melhor tempo do ano e tudo para melhorar a sua prata de Londres. Mas a dinamarquesa Mie Nielsen venceu o europeu em Londres com o mesmo tempo de 58.73 e será uma grande ameaça à australiana.

A Dama de Ferro Katinka Hosszu é a nadadora mais completa da atualidade com um currículo invejável, mas jamais venceu uma medalha olímpica. Com 58.94, ela vem logo atrás e também briga por um ouro, mas essa não é a sua melhor chance de vitória. A americana Olivia Smoliga desbancou as favoritas e venceu a seletiva americana com 59.02. Outros bons nomes da prova são a australiana vice-campeã mundial Madison Wilson, a canadense Kylie Masse, a russa Daria Ustinova, a ucraniana Daryna Zevina e a veterana de Zimbábue Kirsty Coventry (2O-4P-1B). Atual campeã olímpica, Missy Franklin não se classificou pros Jogos nesta prova.

E o Brasil? Etiene Medeiros não baixo de 1min este ano, fazendo exatos 1:00.00 no Maria Lenk, mas venceu o ouro no Pan de Toronto com 59.61, o que poderia colocá-la próxima da final.

Meu Pódio: Ouro – Emily Seebohm (AUS); Prata – Olivia Smoliga (USA); Bronze – Katinka Hosszu (HUN)

200m costas feminino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Missy Franklin (USA); Prata – Anastasia Zuyeva (RUS); Bronze – Elizabeth Beisel (USA)

Último Mundial (2015): Ouro – Emily Seebohm (AUS); Prata – Missy Franklin (USA); Bronze – Katinka Hosszu (HUN)

Cinco nadadoras estão muito próximas na prova, mas duas australianas lideram o ranking. Belinda Hocking venceu o campeonato australiano com 2:06.49 e a campeã mundial Emily Seebohm (2O-2P) veio logo atrás com 2:06.59. Boas chances de uma dobradinha australiana. Mas Katinka Hosszu deve atrapalhar. Ela venceu o europeu com 2:07.01 e nadou para 2:06.88 no Mare Nostrum de Canet.

Campeã da seletiva americana, Maya DiRado fez 2:06.90 em Omaha e briga por pódio também, assim como a ucraniana vice-campeã europeia Daryna Zevina e a russa Daria Ustinova. Campeã em Londres, Missy Franklin (4O-1B) ainda não convenceu. Foi vice na seletiva americana com 2:07.89, mas tem tudo para se recuperar até agosto.

E o Brasil? Nenhuma brasileira disputa a prova.

Meu Pódio: Ouro – Katinka Hosszu (HUN); Prata – Emily Seebohm (AUS); Bronze – Daria Ustinova (RUS)

100m peito feminino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Ruta Meilutyte (LTU); Prata – Rebecca Soni (USA); Bronze – Satomi Suzuki (JPN)

Último Mundial (2015): Ouro – Yuliya Efimova (RUS); Prata – Ruta Meilutyte (LTU); Bronze – Alia Atkinson (JAM)

A lituana Ruta Meilutyte (1O) venceu tudo possível nos 100m peito. Foi uma das grandes surpresa em Londres ao vencer a prova com apenas 15 anos, quando era uma desconhecida. Foi campeã mundial em 2013, mas em 2015 foi superada pela russa Yuliya Efimova, pega no doping, mas que estará nos Jogos. Com 1:05.82, Meilutyte tem apenas o 3º tempo do ano. A melhor marca fica por conta da americana Lilly King, que venceu a seletiva americana com excelentes 1:05.20 aos 19 anos. Mas a russa Yuliya Efimova (1B) está liberada para competir e vai ameaçar a americana e a lituana novamente. Efimova tem 1:05.70 obtidos no GP de Orlando e deve ir pro pódio.

Em 4º lugar, vem a outra americana, Katie Meili, campeã da prova no Pan de Toronto. De olho na jamaicana Alia Atkinson, bronze no último mundial e a primeira de seu país a medalhar em um mundial de natação. Outras fortes candidatas a medalha são a islandesa Hrafnhildur Luthersdottir, vice europeia, a japonesa Satomi Suzuki (1P-2B) e a australiana Georgia Bohl.

E o Brasil? Nenhuma brasileira disputa a prova.

Meu Pódio: Ouro – Lilly King (USA); Prata – Ruta Milutyte (LTU); Bronze – Yulia Efimova (RUS)

200m peito feminino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Rebecca Soni (USA); Prata – Satomi Suzuki (JPN); Bronze – Yuliya Efimova (RUS)

Último Mundial (2015): Ouro – Kanako Watanabe (JPN); Prata – Micah Lawrence (USA); Bronze – Jessica Vall (ESP), Rikke Moller Pedersen (DEN) e Shi Jinglin (CHN)

Rie Kaneto (JPN)

No último mundial, tivemos um triplo empate no bronze numa prova incrivelmente disputada. Mas a japonesa Rie Kaneto tem 2:19.65 obtidos no campeonato japonês e a coloca bem a frente das outras, a apenas 0.54 do recorde mundial. Três nadadoras estão bem próximas na disputa da prata, a russa Yuliya Efimova (1B), bronze em Londres e campeã mundial em 2013, com 2:21.41, a australiana Taylor McKeown com 2:21.45 e a dinamarquesa campeã europeia Rikke Moller Pedersen com 2:21.69.

Um pouco atrás, na casa dos 2:22, temos a britânica Chloe Tutton, a islandesa Hrafnhildur Luthersdottir, a espanhola Jessica Vall e a china Shi Jinglin. A campeã mundial Kanako Watanabe vem logo depois, com 2:23.02. Nenhuma das medalhistas de Londres estará no Rio de Janeiro.

E o Brasil? Nenhuma brasileira disputa a prova.

Meu Pódio: Ouro – Rie Kaneto (JPN); Prata – Rikke Moller Pedersen (DEN); Bronze – Yuliya Efimova (RUS)

100m borboleta feminino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Dana Vollmer (USA); Prata – Lu Ying (CHN); Bronze – Alicia Coutts (AUS)

Último Mundial (2015): Ouro – Sarah Sjostrom (SWE); Prata – Jeanette Ottesen (DEN); Bronze – Lu Ying (CHN)

Sarah Sjostrom (SWE)

Outra excepcional nadadora que não tem medalha olímpica, a sueca Sarah Sjostrom tem tudo para dominar a prova. Tricampeã mundial dos 100m borboleta (2009, 2013 e 2015), tem como melhor tempo no ano 55.68, muito a frente das outras. Em 2º lugar, vem a americana Kelsi Worrell, ouro no Pan, com 56.48, longe da sueca. O 3º tempo é da chinesa Chen Xinyi com 56.82 no campeonato chinês.

Campeã em Londres, a americana Dana Vollmer foi 2ª na seletiva americana com 56.90, um pouco pra trás das outras. Outras boas apostas são a dinamarquesa vice-campeã mundial Jeannette Ottesen, a australiana Emma McKeon e a canadense Penny Oleksiak.

E o Brasil? Daynara de Paula e Daiene Dias são as brasileiras na prova. Daiene tem 58.04 este ano e Daynara 58.38, mas seguem com dificuldades de bater o recorde sul-americano da época dos trajes de 56.94, o que daria um lugar na final para elas ou até mesmo uma medalha. As duas devem pegar semifinal, mas dificilmente passam pra final.

Meu Pódio: Ouro – Sarah Sjostrom (SWE); Prata – Jeanette Ottesen (DEN); Bronze – Kelsi Worrell (USA)

200m borboleta feminino

Pódio em Londres-2016: Ouro – Jiao Liuyang (CHN); Prata – Mireia Belmonte Garcia (ESP); Bronze – Natsumi Hoshi (JPN)

Último Mundial (2015): Ouro – Natsumi Hoshi (JPN); Prata – Cammile Adams (USA); Bronze – Zhang Yufei (CHN)

A japonesa Natsumi Hoshi (1B) foi bronze em Londres e ouro no último Mundial. Com 2:06.32, Hoshi tem o 3º tempo do ano e briga pelo ouro. Mas o melhor tempo de 2016 é da australiana Madeline Groves com 2:05.47, obtidos no campeonato australiano. A alemã Franziska Hentke venceu o europeu com 2:07.23, mas tem como melhor marca no ano 2:05.77 no campeonato alemão em maio.

A espanhola Mireia Belmonte Garcia (2P) fez 2:06.34 no campeonato espanhol e busca melhorar sua prata de Londres. Outros nomes para ficar de olho são as chinesas Zhang Yufei e Zhou Yilin, a australiana Brianna Throssell e a americana Cammile Adams.

E o Brasil? Nenhuma brasileira disputa a prova.

Meu Pódio: Ouro – Franziska Hentke (GER); Prata – Madeline Groves (AUS); Bronze – Natsumi Hoshi (JPN)

Mundial de Esportes Aquáticos – Dia 11

Veio a primeira medalha brasileira na piscina e mais dois recordes mundiais.

100m peito masculino

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Recordista mundial, o britânico Adam Peaty venceu seu primeiro título mundial aos 20 anos. Campeão olímpico em Londres, o sul-africano Cameron van der Burgh passou os 50m na frente com 0.41 de vantagem, mas cansou e viu Peaty passar para vencer com 58.52 contra 58.59 de van der Burgh. Outro jovem britânico, Russ Murdoch, completou o pódio com 59.09.

100m borboleta feminino

Sarah Sjoestrom

Se a sueca Sarah Sjoestrom já tinha quebrado o recorde mundial na semifinal, nada mais natural que vencer e quebrar novamente na final. Nadando praticamente sozinha na segunda metade, Sjoestrom venceu com 55.64, baixando em 0.10 o recorde e faturando o tricampeonato mundial da prova, após 2009 e 2013. Lembrando que a sueca não tem medalha olímpica. A dinamarquesa Jeanette Ottesen com 57.05 e a chinesa Lu Ying com 57.48 fecharam as 3 primeiras posições.

50m borboleta masculino

Nicholas Santos. Foto: AFP

Após bater na trave por duas vezes, finalmente veio a medalha em piscina longa de Nicholas Santos! Aos 35 anos e 171 dias, se torna o mais velho medalhista em um mundial de piscina longa! Com 23.09, Nicholas ficou atrás apenas do homem mais rápido da atualidade, o francês Florent Manaudou com 22.97. O bronze foi dividido pelo húngaro Laszlo Cseh e pelo polonês Konrad Czerniak, ambos com 23.15.

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Primeira medalha do Nicholas em mundiais de longa após 7 em mundiais de curta! Longe da sua melhor forma, César Cielo ficou em 6º com 23.21 e não conseguiu o tricampeonato.

200m medley feminino

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Depois de bater duas vezes o recorde europeu neste Mundial, a dama de ferro Katinka Hosszu bateu o recorde mundial para levar seu primeiro ouro em Kazan! Hosszu nadou sempre abaixo das parciais do recorde anterior e fechou com 2:06.12, tirando apenas 0.03 do recorde da Ariana Kukors de 2009. A japonesa Kanako Watanabe foi prata com 2:08.45, passando no finalzinho a britânica Siobhan O’Connor com 2:08.77. Esta foi a única final do dia com americanos, que ficaram sem medalha.

Outras Provas

Guilherme Guido passou para as semifinais dos 100m costas com o 6º tempo (53.57), mas piorou seu tempo na semifinal, terminando em 14º com 53.88. O australiano Mitchell Larkin foi o mais rápido do dia com 52.38 na semi.

Na mesma prova no feminino, a australiana Emily Seebohm fez o melhor tempo na semifinal com 58.56. Atual campeã, Missy Franklin ainda não brilhou, passando com o 6º tempo pra final. Katinka Hosszu fez o melhor tempo das eliminatórias com 58.78, mas desistiu e não disputou a semifinal. Etiene Medeiros nadou novamente abaixo de 1min com 59.97, mas ficou com o 9º tempo da semi, infelizmente fora da final por 0.26.

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Nos 100m peito feminino, a disputa promete. A russa Yuliya Efimova foi a mais rápida nas eliminatórias e na semifinal com 1:05.60 e tem na sua cola a atual campeã mundial e olímpica, a espetacular lituana Ruta Meilutyte com 1:05.64.

Apenas 13º nas eliminatórias, Ryan Lochte se redimiu para fazer o melhor tempo na semi com 1:45.36, com o britânico James Guy logo atrás com 1:45.43. Lochte busca seu 16º título mundial. João de Lucca fez o pior tempo das semis com 1:48.23.

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Nas eliminatórias dos 1.500m feminino, Katie Ledecky mostrou mais uma vez que está sozinha e que ninguém vai alcançá-la tão cedo. Nas eliminatórias, bateu o recorde mundial da prova mais longa com 15:27.71, mais de 26s melhor que o segundo tempo! Tudo isso aos 18 anos.

Pólo Aquático

Com 3 gols de Izabela Chiappini, a seleção feminina venceu o Canaquistão por 10-5 e vai disputar o 9º lugar do torneio feminino contra a Hungria, que venceu 10-7 o Canadá, já garantindo o melhor resultado da história.

Nas quartas de final, os EUA venceram por 8-5 as atuais campeã espanholas e estão na semifinal contra a Austrália, que passou com 5-3 nas penalidades pela China após empate em 7-7. A Itália venceu com 9-6 a Grécia e está na outra semifinal, onde enfrenta a Holanda, que venceu por 10-9 a Rússia.

Saldo da natação brasileira após 4 sessões:
1 – Prata
1 – 4º lugar
1 – 6º lugar
3 finais
8 semifinais
1 recorde brasileiro

Troféu Maria Lenk – Parte II

Provavelmente o melhor Maria Lenk, se não de todos os tempos, em muito tempo! Recorde mundial juvenil, brasileiro, e muito índices.

Dia 4

O dia começou com os 200m borboleta e com Leonardo de Deus vencendo sua primeira prova no Maria Lenk, com o tempo de 1:56.21, índice para o PanPac e 4º tempo do ano. Na prova feminina, a húngara Katinka Hosszu mostrou pra que foi contratada pelo Corinthians, e venceu com 2:08.22, mais de 1s abaixo do recorde sul-americano. E novamente ela ficou muito, mas muito na frente da melhor brasileira, que foi Giovanna Diamante, com 2:15.63

Aí veio a grande prova do dia. Já há um bom tempo os 100m peito masculino do Brasil é um dos melhores do mundo, assim como acontece nos 50m livre. Depois de ficar fora do Mundial de Barcelona, quando defenderia o título mundial dos 50m peito, Felipe França (foto) quis se redimir e voltou ao topo. Muito bom vê-lo nadando novamente abaixo da barreura de 1min, completando em 59.91 e voltando à seleção brasileira que vai à Austrália. Em segunda, João Gomes Jr com 1:00.40. Raphael Rodrigues também fez índice com 1:00,69, mas fica fora, assim como o bronze em Barcelona Felipe Lima, 4º com 1:00.90.

Na prova feminina, novamente um destaque estrangeiro, com a argentina Julia Sebastian com 1:09.17, levando sua segunda prova e batendo seu segundo recorde argentino. Pâmela Souza foi a 2ª com 1:10.40.

Nos 50m costas, Guilherme Guido passou no finalzinho Fabio Santi, vencendo com 25.41 contra 25.47. Apenas Guido nadou abaixo do índice. No feminino, havia a expectativa do recorde sul-americano (27.70) com Etiene Medeiros, mas não foi desta vez. Ela venceu com 28.41, pior que o tempo da eliminatória de 28.31.

Encerrando o dia, Miguel Valente venceu sua segunda no Maria Lenk, agora nos 800m livre com 8:01.41. Se na prova mais longa ele foi uma das maiores surpresas do torneio, agora ele era um dos favoritos.

Dia 5

A sexta-feira começou com mais uma grande prova de Katinka Hosszu, levando os 200m medley, prova que é campeã mundial, com 2:10.60, muito a frente de Florencia Perotti com 2:18.37 e Nathalia Almeida com 2:18.39.

Na prova masculina, Thiago Pereira encerrou sua participação no Maria Lenk vencendo com 1:57.98, 5º tempo do ano! Foi a 46ª vez que nadou baixo de 2min e a 16ª abaixo de 1min58s! Por pouco, Thiago Simon não conseguiu o índice e ficou em segundo com 2:00.37.

Nos 50m borboleta, a dinamarquesa Jeanette Ottesen brilhou e venceu com 25.41, melhor tempo do mundo no ano e apenas 0.34 do recorde mundial. Esta marca foi o melhor índice técnico de todo o Troféu, masculino e feminino. Daynara de Paula foi a melhor brasileira em 3º com 26.64, abaixo do índice.

Na prova masculina, vitória de César Cielo com 23.01, também o melhor tempo do mundo no ano. Mesmo assim, ele ficou frustrado com o tempo, pois não encaixou a saída e não nadou na casa dos 22s. Nicholas Santos foi o 2º com 23.23, outro índice.

Os 400m livre viram a vitória de Carolina Bilich com 4:13.93, se sagrando bicampeã do Troféu. Mas o legal foi justamente a prova seguinte, com vitória de Leonardo de Deus fazendo o tempo de 3:50.90, novo recorde brasileiro! Ficou a menos de 1s do sul-americano, mas não fez índice.

Encerrando o dia, os revezamentos 4x100m livre. No feminino, Hosszu e Ottesen ajudaram o Corinthians a vencer mais uma, com 3:43.16. E que tempaço do Pinehiros no masculino! 3:15.04 é o segundo tempo do ano e teria colocado o Brasil na final olímpica em 2012.

Dia 6

Começamos com a prova mais tradicional, os 100m livre. No feminino, Jeanette Ottesen venceu com 53.78, deixando Larissa Oliveira em 2ª com 55.13, sem índice.

Já no masculino, o nome, mesmo sem vencer, foi de Matheus Santana! Nas eliminatórias, ele faz 48.85, novo recorde mundial júnior! Na final, ele melhorou esse tempo, com 48.61, mais um recorde! Quem venceu foi César Cielo com 48.13.

Nos 50m peito, título de Ana Carla Carvalho com 31.87, índice para o PanPac. No masculino, uma bela final, com João Gomes Jr vencendo com 27.43 contra 27.47 de Felipe França, que mostrou que está de volta mesmo!

Encerrando as provas individuais, os 200m costas com a Katinka novamente sobrando com 2:11.69 e o Leo de Deus levando mais uma com 1:58.58, sem índice.

O Troféu foi finalizado com os revezamento 4x100m medley, com o Corinthians levando no feminino com 4:06.14 e o Pinheiros no masculino com 3:37.40.

Katinka Hosszu e Jeanette Ottesen foram fundamentais para o título do Corinthians, com cada uma vencendo 4 provas individuais e ajudando nos 4 revezamentos! 100% de aproveitamento. Hosszu ainda somou inacreditáveis 420 pontos para o clube!! No masculino, Leo de Deus foi o mais eficiente com “apenas” 160.

Vitória do Corinthians com 2.875,50 contra 1.990,50 do Minas e 1.730 do Pinheiros.

Estatísticas em geral nos dois posts graças ao Blog do Coach.

Troféu Maria Lenk – Parte I

O Troféu Maria Lenk de natação começou arrebatador em São Paulo na segunda-feira, feriado de Tiradentes, e seguiu cheio de boas novidades na terça, fechando a sua primeira metade com uma quarta-feira espetacular!

Dia 1

A disputa começou com as provas de 200m livre. No feminino, Larissa Oliveira venceu pela primeira vez na vida no ML com o tempo de 2:00.73. Ainda não bateu a irritante barreiras dos 2min, mas as 4 primeiras colocadas mostraram que o revezamento 4x200m livre tem tudo para finalmente bater o recorde da equipe de Atenas-2004 de 8:05.29. Somando o seu tempo com Manuella Lyrio, Jéssica Cavalheiro e Julia Volkmann, soma-se 8:05.09. Tá na hora!

Na prova masculina, Nicolas Oliveira segue como o principal nome da prova, vencendo com 1:47.17, índice para o Pan Pacífico e 11ª marca mundial no ano. Bicampeão universitário americano, João de Lucca decepcionou com a prata com 1:49.01, mas ele vem de várias competições, semana de provas e muitas viagens.

Nos 100m costas feminino, Etiene Medeiros confirmou o favoritismo vencendo com 1:01.37, tempo ruim, já que havia feito 1:00.77 nas eliminatórias, primeira vez que nadou abaixo de 1:01. Na prova masculina, vitória de Fábio Santi com 54.32, sua melhor marca pessoal. Uma cara nova pra essa prova que o Brasil vem deixando a desejar no masculino.

Os 1.500m feminino foram bem ruins, com Poliana Okimoto vencendo com 16:47.44, quase 20s do seu recorde brasileiro. Ela está totalmente focada nas maratonas, claro, e terá uma temporada bem longa.

Nos revezamento 4x50m livre, duas grandes performances! No masculino, vitória inédita do Minas com César Cielo abrindo para 21.71. No feminino, vitória do Corinthians, mas o destaque ficou pro Grêmio Náutico União, apenas em 5º lugar. Isso porque Graciele Hermann abriu com 24.76, igualando o recorde sul-americano da venezuelana Arlene Semeco!

Dia 2

O nome do dia foi o do Thiago. Não só do medalhista olímpico Pereira como da surpresa Simon.

Nos 200m peito, Thiago Simon, que nadou apenas pela 6ª vez na carreira essa prova, fez o melhor tempo das eliminatórias com 2:12.74, abaixo do índice do Pan Pacífico, melhorando em quase 4s seu melhor tempo. Na final, ele confirmou o seu tempo e ainda melhorou para 2:11.99, se garantindo na competição australiana. Prata para Henrique Barbosa com 2:12.54, também índice.

Na prova feminina, a pior do Brasil disparado, viu a argentina Julia Sebastian vencer pela 3ª vez seguida, agora com 2:28.53. Já são quase 5 anos sem nenhuma brasileira nadando abaixo de 2:30. Pâmela Souza foi prata com 2:30.34.

Nos 100m borboleta, apareceu o outro Thiago, o mais conhecido. Thiago Pereira venceu com 52.37, conquistando seu primeiro índice para o PanPac! Boa prova com todo o pódio nadando na casa dos 52s. Na prova feminina, a dinamarquesa Jeanette Ottesen venceu com 57.22, segunda melhor marca do mundo no ano. Daynara de Paula foi a melhor brasileira em 3º com 58.49, confirmando o índice pela 3ª vez.

Surpresa nos 1.500m masculino com a vitória de Miguel Valente com 15:28.87. O mais surpreendente foi que ele nadou pela manhã, nas séries “fracas”. Primeira vez na história que o campeão do Maria Lenk não saiu das séries fortes.

Dia 3

A húngara Katinka Hosszu, um dos maiores nomes da atualidade da natação feminina, fez sua estreia no revezamento 4x50m na segunda-feira, nadando 24.89, mas nos 400m medley que mostrou para o que veio pra São Paulo. Defendendo o Corinthians, ela venceu com 4:38.81 na final (fez 4:34.91 nas eliminatórias), milhas na frente da argentina Florencia Perotti com 4:51.02 e de Julia Gerotto, melhor brasileira em 3º com 4:56.95.

Nos 400m medley masculino, Thiago Pereira fez a lição de casa, vencendo com 4:15.45 e mais um índice para o PanPac. Thiago Simon novamente fez história, ficando com a prata com 4:17.98 e mais um índice também!

Aí vieram as provas mais rápidas! Nos 50m livre feminino, vitória de Jeanette Ottesen com 24.59, mas foi a prata que chamou atenção. Graciele Hermann nadou novamente abaixo dos 25s, fazendo 24.79 (24.96 nas eliminatórias pela manhã). Agora ela provou que passou desta barreira e veio pra ficar. Alessandra Marchioro foi bronze com 25.17 e também fez índice para o PanPac. Em 5ª, Lorrane Ferreira fez 25.34 e também fez índice, mas como só vão as duas melhores, não ganhou a vaga.

O show veio mesmo nos 50m livre masculino! Cielo já mostrou que não veio pra brincadeira nadando 21.79 nas eliminatórias, seguido de 22.09 de Bruno Fratus. Mas na final os dois deram um espetáculo. Cielo venceu com 21.39, melhor marca do mundo no ano!! E Bruno chegou em 2º com 21.45, segunda marca do mundo no ano! Os dois deixaram para trás os tempos de 21.65 de Eamon Sullivan, 21.70 de Florent Manaudou e 21.77 de James Magnussen. Lembrando que o Cielo foi ouro em Barcelona ano passado com 21.32.

Nos 800m livre feminino, Poliana Okimoto venceu mais um com 8:43.78, novamente um tempo não muito bom, mais de 9s do índice pro PanPac. Nos revezamentos 4x200m livre, vitória do Minas no masculino com 7:20.05 e do Corinthians no feminino com 8:08.47.

Após 3 dias, o Corinthians lidera com 1.236,50 pontos, seguido do Minas com 927 e do Pinheiros com 663. Pelo jeito ainda vem muita coisa boa nos próximos 3 dias!

Maria Lenk nem começou e já dá o que falar…

O Maria Lenk, principal competição da natação brasileira, só começa dia 21 de abril, mas já está cheio de novidades, histórias e polêmicas.

Novidades

Pra começar, será a volta do campeonato a São Paulo, na reformada piscina do complexo do Ibirapuera de 21 a 26 de abril. Serão mais de 400 atletas de 65 clubes brigando por medalhas e índices para os Jogos Olímpicos da Juventude, Pan-Pacífico e pro campeonato Sul-Americano.

No sábado a tarde, pela primeira vez, haverá a realização de uma meia maratona de 5km na raia da Cidade Universitária. Uma solicitação antiga de técnicos e atletas, a prova não contará pontos para a classificação do Maria Lenk, mas terá uma pontuação paralela por clube. A ideia é que no futuro próximo ela faça parte do programa oficial e conte pontos.

Estrangeiros

A participação de estrangeiros é sempre comum nos principais torneios brasileiros. Já tivemos grandes nomes da natação mundial participando como Inge de Bruijn, Kirsty Coventry, Mireia Belmonte, Rebecca Soni, Jessica Hardy, Oussama Melloulli, Lotte Friis, Georgina Bardach, Kristel Kobrich, Jose Meolans, Femke Heemskerk, entre muitos outros.

Como é de se esperar, os clubes começam a anunciar os estrangeiros que participarão da edição deste ano. E o grande nome estará no Corinthians: Katinka Hosszu (foto). A húngara não tem medalha olímpica, mas foi ouro nos 200m e nos 400m medley no Mundial de Barcelona, além do bronze nos 200m borboleta. Na última copa do mundo de piscina curta ela foi absoluta, vencendo nada menos que 32 provas em 8 etapas. Vem em grande forma para vencer tudo. O Corinthians também terá a dinamarquesa Jeanette Ottesen, campeã mundial nos 50m borboleta em Barcelona.

O Minas trará novamente as holandesas Femke Heemskerk e Inge Dekker, campeãs olímpicas no revezamento 4x100m livre em Pequim e pratas em Londres.

Polêmica

A polêmica vem também por conta dos estrangeiros, mas por conta do Pinheiros.

O time paulista enviou um documento a CBDA solicitando a não participação de estrangeiros, alegando que os atletas nacionais perdem oportunidades e que os estrangeiros vêm em situação imigratória ilegal, já que eles vêm ao Brasil com visto de turista e não de trabalho.

A CBDA respondeu dizendo que a participação de estrangeiros foi aprovada em Assembleia Geral das Federações e também diz que a natação é um esporte amador, onde não são cobrados ingressos e que não tem o controle de pagamento ou não dos atetas e suas relações com os clubes.

Estranha esta atitude, pois o próprio Pinheiros já utilizou estrangeiros em edições passadas.

Mundial de Piscina Curta

Como sempre acontece em ano de Olimpíadas, o Mundial de Piscina Curta é bem esvaziado. Mas alguns grandes nomes deram um certo brilho a competição que terminou neste domingo em Istambul.

Lochte e Hosszu

O maior nome da competição foi o americano Ryan Lochte. Nem precisava começar o campeonato para saber que ele iria brilhar. Aliás, Lochte é um dos poucos americanos que disputa os Mundiais de Piscina Curta, e o tem feito desde 2004! O americano somou 6 ouros, 1 prata e 1 bronze na Turquia. Levou os 200m livre, os 100m e os 200m medley, além de ajudar os Estados Unidos a levarem os 3 revezamentos masculinos. Foi ainda prata nos 200m costas, perdendo para o polonês Radoslaw Kawecki por apenas 0s02! Também levou um bronze nos 100m borboleta.

Lochte também foi responsável por quebrar os 2 únicos recordes mundiais no campeonato, na final dos 200m medley com 1min49s63 e na semifinal dos 100m medley com 50s71.

No feminino, o destaque foi a húngara Katinka Hosszu. Hosszu já vinha de uma espetacular temporada em piscina curta. Na Copa do Mundo, ela faturou 41 ouros e o título da Copa do Mundo. Logo depois, no Europeu de Piscina Curta, levou 3 ouros e 1 prata. Agora, na Turquia, Hosszu faturou 5 medalhas: ouro nos 200m borboleta e 100m medley, prata nos 100m livre e 200m medley e 1 bronze nos 400m medley. Pouco mais de 2 meses de intesas competições para ela!

Brasileiros

Sem os medalhistas olímpicos César Cielo e Thiago Pereira e o campeão mundial Felipe França, o Brasil levou uma equipe mista com alguns veteranos e muitos nomes novos. Nicholas Santos conseguiu o que queria! Nadou as eliminatórias dos 50m livre, mas não disputou a final para se poupar par os 50m borboleta. Nas eliminatórias, foi o melhor com 22s40, igualando o recorde do torneio. Na semifinal, o melhor tempo com 22s23, batendo o recorde. E na final, 22s22, novo recorde o seu primeiro título mundial! Nicholas já havia vencido em Indianapolis-2004 a prata no 4x100m livre e o bronze nos 50m livre e em Dubai-2010 outro bronze no revezamento 4x100m livre. Nicholas se tornou o 8º campeão mundial individual brasileiro em Mundiais adultos da FINA.

Guilherme Guido também foi bem e beliscou um bronze nos 100m costas com 50s50. O Brasil ainda teve outros 11 finalistas, com destaques para as quartas colocações de Guido nos 50m costas, João Gomes Jr nos 50m peito e do revezamento masculino 4x100m medley. Foram 4 finais femininas, o ótimo 6º lugar do revezamento 4x100m livre, o 7º lugar de Fabíola Molina nos 50m costas e os 8ºs lugares de Daynara de Paula nos 100m borboleta e de Flávia Delaroli nos 50m livre.

Os novos nomes da natação brasileira também pegaram finais e semifinais. Daniel Orzechowski foi 7º nos 50m costas, mesma prova que Etiene Medeiros foi 10ª. Nos 100m livre feminino, Larissa Oliveira foi 12ª e Alessandra Marchioro 13ª, além do 13º lugar de Beatriz Travalon nos 50m peito.

Esta final dos 50m livre, aliás, foi a última prova da carreira de Flávia Delaroli, finalista olímpica nesta prova em Atenas-2004 e dona de 3 pratas e 3 bronzes e Jogos Pan-Americanos, além de inúmeros títulos brasileiros e sul-americanos.

Outros destaques

O russo Vladimir Morozov (foto) segue sua grande ascensão e levou os títulos dos 50m e dos 100m livre. Nos 50m, bateu o francês campeão olímpico Florent Manaudou. Diferente do francês, outros campeões olímpicos foram bem. A lituana Ruta Meilutyte (foto), ouro nos 100m peito, levou na Turquia os 50m e os 100m no estilo. Ouro nos 200m borboleta em Londres, o sul-africano Chad le Clos faturou os 100m borboleta e a prata nos 50m.

Quem tem mostrado grande ascensão é a Dinamarca, principalmente no feminino. Após 6 ouros no europeu, foram 2 ouros, 2 pratas e 4 bronzes no feminino. Rikke Pedersen faturou os 200m peito e ajudou sua equipe a vencer o revezamento 4x100m medley. Lotte Friis, Jeanette Ottesen e Mie Nielsen completam a boa equipe dinamarquesa.

O próximo mundial de piscina curta será disputado em 2014, em Doha.

Mundial de Natação – Dias 5 e 6

Dia 5

200m medley masculino

Mais um duelo Lochte e Phelps. E novamente deu Ryan Lochte. E Ryan Lochte (como se precisasse desse motivo) entra para a história como o primeiro a bater um Recorde Mundial em piscina longa desde que os trajes tecnológicos foram abolidos! Lochte passou atrás de Phelps nos 50m, mas aí assumiu a liderança e não perdeu mais. Phelps conseguiu tirar a diferença, mas chegou 16 centésimos atrás do compatriota. Bronze para o húngaro Laszlo Cseh.

Lochte, com 1:54.00 superou por muito pouco o seu próprio RM estabelecido em Roma-2009, que era de 1:54.10. Parciais de 24.89, 53.48, 1:26.51, 1:54.00.

Cotado para finalmente vencer sua primeira medalha em Mundiais, o brasileiro Thiago Pereira largou e ficou até a batida de 150m em 3º lugar, mas não aguentou o seu ritmo e terminou em 6º, com 1:59.00. Thiago passou muito mal depois da prova e fica ainda na dúvida sua participação no restante do Mundial.

100m livre masculino

Cielo, após a polêmica do doping, já apontava que dificilmente venceria a prova e dava como favorito um jovem australiano. E acertou as duas previsões. O australiano que fechou o revezamento 4x100m livre de ouro, no primeiro dia da natação, venceu com certa tranquilidade para uma prova tão disputada como os 100m livre. James Magnusson fez 47.63, após bater os 50m apenas em 5º e levou seu segundo ouro. O canadense Brent Hayden, campeão mundial dessa prova em Melbourne-2007, ficou com a prata, com 47.95 e o francês William Meynard levou o bronze, com 48.00.

E o brasileiro? Com a amarga 4ª posição, apenas 1 centésimo do bronze!

200m borboleta feminino

Nadando na raia 1 (7ª colocada nas semifinais), a chinesa Jiao Liuyang surpreendeu na prova mais cansativa da natação e liderou desde a passagem dos 50m. Com 2:05.55, chegou apenas a 0s04 na frente da inglesa Ellen Gandy. Bronze para outra chinesa, Zige Liu, campeã olímpica em Pequim-2008 e prata em Roma-2009.

No Mundial dos empates, a campeã de Roma-2009, a australiana Jessica Schipper sobrou em sétima, empatada com a inglesa Jemma Lowe, que havia feito o melhor tempo das semifinais.

50m costas feminino

Eterna medalha de prata (nos 100m e 200m costas em Roma-2009 e nos 100m costas nesse mundial de Xangai), a russa Anastasia Zueva, melhor tempo das semifinais, desencantou e levou o ouro, com 27.79. Prata para a japonesa Aya Terakawa e bronze para a jovem promessa americana Melissa Franklin.

Zueva foi recordista olímpica da prova de 100m costas por apenas uma eliminatória em Pequim-2008. Na 5ª eliminatória ela bateu a marca, que foi batida na 6ª bateria pela japonesa Reiko Nakamura.

Revezamento 4x200m livre feminino

Sempre favorita nos revezamentos, a equipe americana não decepcionou. Liderou desde a primeira virada, com Melissa Franklin, que havia acabado de ganhar o bronze nos 50m costas. Completaram a equipe Dagny Knutson, Katie Hoff e Allison Schmitt. Foi a sétima medalha de ouro em Mundiais de piscina longa de Hoff, que é uma das maiores decepções americanas em Olimpíadas.

Já o duelo pela prata foi eletrizante. Austrália e China disputaram lado a lado por toda a prova. Mas quem levou a melhor foi a equipe australiana. Quando Angie Bainbridge passou para a última australiana, Kylie Palmer, nadar, estavam 0s28 na frente das chinesas. Mas, por mais que a jovem e super promessa chinesa de 18 anos Tang Yi tenha nadado muito, as asiáticas tiraram apenas 4 centésimos.

Dia 6

100m livre feminino

Na primeira prova do dia, aquele fato inusitado, ocorrido na final dos 100m costas masculino, aconteceu novamente. A dinamarquesa Jeanette Ottesen e a bielorrussa Aliaksandra Herasimenia empataram no ouro. Fato raríssimo, já é a segunda ocorrência neste Mundial. Com 53.45, as duas dividiram o ponto mais alto do pódio e ambos os hinos foram tocados. Completou o pódio a holandesa Ranomi Kromowidjojo, com 53.66

A favorita para a prova dos 100m e dos 200m, a holandesa Femke Heemskerk amargou o 4º lugar. Após bater nos 50m em 1º, terminou empatada (mais um!) com a inglesa Francesca Halsall.

200m costas masculino

Michael Phelps, mesmo com 4 medalhas, ganhou apenas um ouro nesse Mundial. O nome desse mundial é mesmo um outro americano. Ryan Lochte está simplesmente imbatível! Campeão olímpico em Pequim-2008 nessa mesma prova, Lochte venceu seu 10º ouro em Mundiais, sendo o terceiro individual só em Xangai! Com 1:52.96, nem se sentiu ameaçado pelo japonês Ryosuke Irie, que tentou apertar, mas não conseguiu chegar. O americano Tyler Clary levou o bronze e é o primeiro homem americano a ganhar uma medalha individual nesse Mundial que não seja Phelps nem Lochte.

200m peito feminino

Se Lochte é o destaque no masculino, um dos principais nomes no feminino desse Mundial é sem dúvida a americana Rebecca Soni. Nas eliminatórias e nas semifinais ela simplesmete humilhou todas as outras concorrentes. Chegou como favoritíssima e liderou a prova por completo. Desde a passagem dos 50m, já estava quase 0s50 na frente. Mas, na última piscina ela claramente cansou e deixou a russa Yuliya Efimova se aproximar. A diferença, que na virada era de 1s45, caiu para 0s75. Ainda foi uma vitória tranquila, mas não na mesma forma que nas semifinais.

A canadense Martha McCabe levou  o bronze, ultrapassando nos últimos 5m a chinesa Sun Ye. A campeã de Roma-2009, a sérvia Nadja Higl, e a recordista mundial, a canadense Annamay Pierse, terminaram em 6ª e 8ª respectivamente.

Soni leva seu 3º ouro e vence pela primeira vez os 200m peito em Mundiais. ela é a atual campeã olímpica da prova.

200m peito masculino

Após a vitória de Rebecca Soni, foi realizada a mesma prova no masculino. O húngaro de 22 anos Daniel Gyurta venceu e levou sua primeira medalha em Mundiais. Com apenas 15 anos, ele havia ganho a medalha de prata nesta prova em Atenas-2004. Gyurta foi subindo de posições a cada virada e, na última piscina, ultrapassou o tetracampeão olímpico Kosuke Kitajima, tirando 0s71 nos 50m finais. O alemão Christian vom Lehm acabou com o bronze.

O americano Eric Shanteau, que venceu uma batalha contra um câncer nos testículos, ficou com o 4º lugar. Ele soube uma semana antes das seletivas americanas para Pequim-2008 que tinha câncer, mas decidiu  disputar os Jogos na China, onde parou na semifinal. Após os Jogos, operou e está em remissão do câncer áté hoje.

Revezamento 4x200m livre masculino

Sim, é a terceira vez nesse post que você Ryan Lochte na foto.

O que esperar de um revezamento com Phelps e Lochte?? Ouro, claro! E não foi diferente. Michael Phelps abriu o revezamento apenas em 3º, dando mais uma evidência de que não está 100%, mas com a participação do fundista Peter Vanderkaay, o EUA já assumiram a liderança da prova. Com Richard Berens, caíram para 2º, atrás da França em 65 centésimos. Mas com Ryan Lochte fechando, não há adversários. Lochte fez 1:44.56 contra 1:47.35 do francês Fabien Gilot e ganhou com pouco mais de 2 segundos de folga.

A França acabou com a prata e a equipe da China levou o bronze, num duelo particular com a Alemanha de Paul Biedermann.

Lochte, assim, conquista seu 4º ouro da competição e mantém os 100%.