Mundial de Esportes Aquáticos – Dia 14

Um ouro histórico para o Brasil e Estados Unidos mostra sua força.

200m medley masculino

Embed from Getty Images

O americano Chase Kalisz manteve a escrita americana nesta prova. Ele nadou atrás na 1ª metade da prova, perseguindo o japonês Kosuke Hagino, mas na perna de peito fez o melhor parcial da final para assumir a liderança e não perder mais, vencendo com 1:55.56. Foi o 8º ouro seguido dos EUA na prova: 3 de Michael Phelps, 4 de Ryan Lochte e agora Chase Kalisz. Hagino ficou com a prata com 1:56.01 e o chinês Wang Shun repetiu o bronze de 2015 com 1:56.28. Recorde mundial juvenil pro chinês Qin Haiyang em 6º com 1:57.06.

100m livre masculino

Embed from Getty Images

Vitória histórica do americano Caeleb Dressel na prova mais charmosa da natação, quebrando um jejum de ouros americanos nos 100m livre de 16 anos! O último a vencer foi Anthony Ervin em 2001. Dressel saiu muito bem, bateu em 1º nos 50m com 22.31 e venceu o ouro com 47.17, melhorando o recorde americano da prova e ficando bem próximo do recorde mundial de 46.91 de César Cielo. Nathan Adrian fez a dobradinha americana, o que só havia acontecido em 1978, com 47.87 e o francês Mehdy Metella, melhor na semi, bronze com 47.89. Marcelo Chierighini igualou pela 3ª vez seu melhor tempo pessoal para terminar em 5º com 48.11, repetindo a colocação do último mundial.

50m costas feminino

etiene_medeiros_2

Numa prova absolutamente perfeita, a brasileira Etiene Medeiros faturou o 1º título mundial de uma mulher brasileira em piscina longa! Sua maior rival era a chinesa Fu Yuanhui, campeã em 2015, que teve um tempo de reação 0.02 melhor que a brasileira. Mas Etiene já estava na frente assim que saiu da água. Na metade da prova, Fu aprecia centímetros a frente, mas a brasileira forçou e venceu com 27.14, recorde das Américas, derrotando Fu por apenas 1 centésimo, assim como ocorreu na semifinal! A bielorrussa Aliaksandra Herasimenia completou o pódio igualando o recorde europeu com 27.23.

etiene_piscina_748

Etiene é a pioneira do Brasil entre as mulheres. 1ª medalha em Mundiais Júnior, 1ª medalha em mundiais de curta, 1ª campeã mundial em piscina curta, 1ª campeã dos jogos Pan Americanos, 1ª medalhista em longa, 1ª bicampeã mundial em curta, 1ª recordista mundial e agora 1ª campeã mundial em longa!

200m borboleta feminino

Embed from Getty Images

Campeã olímpica no Rio-2016, a espanhol Mireia Belmonte fez uma grande segunda metade de prova para vencer seu 1º título mundial com 2:05.26. Vale ressaltar que esse tempo não daria pódio para ela nos Jogos do Rio. Campeã europeia esse ano, a alemã Franziska Hentke ficou com a prata com 2:05.39 e a húngara Katinka Hosszu foi bronze com 2:06.02, sua 11ª medalha em Mundiais. Foi a 1ª final deste Mundial sem um americano.

Revezamento 4x200m livre feminino

Embed from Getty Images

China e Estados Unidos ficaram lado a lado nas 3 primeiras pernas do revezamento. Mas na última, entrou Katie Ledecky. A americana fez a melhor parcial de toda a prova (1:54.02) e deixou Li Bingjie, bronze nos 400m livre, pra trás. Ledecky, que se fizesse esse tempo (corrigindo a saída lançada do revezamento) na final dos 200m livre teria ficado com o ouro, fechou a prova com 7:43.39 e faturar seu 13º título mundial. China fez 1:44.96 pra prata e a Austrália ficou com o bronze com 7:48.51.

Eliminatórias e Semifinais

Grande favorita, a sueca Sarah Sjöström fez o melhor tempo nos 100m livre com 52.44 na semifinal, seguida da campeã olímpica da prova, a americana Simone Manuel, com 52.69 e novo recorde americano. Com 55.32, Manuella Lyrio foi 22ª nas eliminatórias. O russo Anton Chupkov fez o melhor tempo nas semifinais dos 200m peito masculino, com o 2:07.14, novo recorde do campeonato e europeu. Japonês recordista mundial Ippei Watanabe em 2º lugar com 2:07.44.

Na mesma prova, só que no feminino, a russa Yuliya Efimova fez a melhor marca com 2:21.49, seguida da americana Bethany Galat com 2:21.86. Campeão dos 100m, o chinês Xu Jiayu largará na raia 4 na final dos 200m costas com 1:54.79 na semi, seguido do campeão olímpico no Rio Ryan Murphy com 1:54.93. Recorde mundial júnior pro russo Kliment Kolesnikov, 4º com 1:55.15. Leonardo de Deus fez o 11º tempo com 1:57.89.

Pólo aquático masculino

Embed from Getty Images

Numa batalha disputadíssima, a Croácia venceu a eterna favorita Sérvia na semifinal do pólo por 12-11, num jogo que reeditou a final do último mundial e dos Jogos do Rio, ambos vencidos pela Sérvia. Na outra semi, a dona da casa Hungria fez 7-5 na Grécia e volta a final de um Mundial! A Croácia busca seu 2º título mundial e a Hungria o 3º. Na disputa do 11º lugar, o Brasil perdeu de 9-5 pro Cazaquistão e fica na 12ª posição.

Prévias Rio-2016: Natação – medley, revezamentos e águas abertas

200m medley masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Michael Phelps (USA); Prata – Ryan Lochte (USA); Bronze – Laszlo Cseh (HUN)

Último Mundial (2015): Ouro – Ryan Lochte (USA); Prata – Thiago Pereira (BRA); Bronze – Wang Shun (CHN)

Kosuke Hagino (JPN)

Tricampeão olímpico da prova, Michael Phelps (18O-2P-2B) busca o tetra assim como nos 100m borboleta. Na seletiva americana voou para 1:55.91, 2º melhor tempo do ano para vencer a prova e se assegurar nos Jogos. Logo atrás dele veio o atual tetracampeão mundial Ryan Lochte (5O-3P-3B), com 1:56.22 em Omaha. Lochte, que não nadou bem na seletiva irá disputar apenas essa prova individual, algo muito aquém para quem tem 5 ouros olímpicos e 18 mundiais. Apesar da força dos dois mitos americanos, quem ficou muito feliz com esses tempos foi o japonês Kosuke Hagino (1B), que fez no campeonato japonês 1:55.07 e tem uma bela margem sobre os dois americanos.

Um pouco afastado dos 3 temos 5 nadadores com tempos bem próximos: o japonês Hiromasa Fujimori com 1:57.57, Thiago Pereira (1P) com 1:57.77, Henrique Rodrigues com 1:57.91, o australiano Thomas Fraser-Holmes com 1:57.92 e o chinês Wang Shun com 1:57.93. A final promete ser muito boa.

E o Brasil? Thiago Pereira foi prata no último mundial na prova e bronze em 2013 e esta será sua única prova no Rio-2016, portanto a única chance de brilhar em sua 4ª Olimpíada. Henrique Rodrigues empatou com o Thiago no Maria Lenk este ano e está em plena ascensão. Foi 7º no último Mundial, mas pode surpreender nos Jogos.

Meu Pódio: Ouro – Kosuke Hagino (JPN); Prata – Michael Phelps (USA); Bronze – Ryan Lochte (USA)

400m medley masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Ryan Lochte (USA); Prata – Thiago Pereira (BRA); Bronze – Kosuke Hagino (JPN)

Último Mundial (2015): Ouro – Daiya Seto (JPN); Prata – David Verraszto (HUN); Bronze – Chase Kalisz (USA)

Kosuke Hagino (1B) também tem o melhor tempo desta prova no ano. Com 4:08.85 no campeonato japonês, Hagino tem tudo para quebrar a sequência de 5 ouros olímpicos americanos nesta prova. Mas um dos seus principais adversários será o atual bicampeão mundial, seu compatriota Daiya Seto, que tem 4:10.53 obtidos no mesmo campeonato. Quem aparece entre os dois no ano é o americano Chase Kalisz, com 4:09.54, bronze no último mundial e prata em 2013.

O novato Jay Litherland foi 2º na seletiva americana com ótimos 4:11.02 e briga por medalha, assim como o australiano Thomas Fraser-Holmes, com 4:11.09 no campeonato australiano. De olho também no húngaro David Verraszto, campeão europeu este ano, no italiano Federico Turrini e no britânico Max Litchfield.

E o Brasil? Brandonn Almeida foi ouro no Pan de Toronto com 4:14.47 e tem este ano 4:14.63. Vice-campeão mundial juvenil, Brandonn tem boas chances de pegar uma final, mas precisaria baixar para 4:12. Tem natação para isso e para mais.

Meu Pódio: Ouro – Kosuke Hagino (JPN); Prata – Daiya Seto (JPN); Bronze – Chase Kalisz (USA)

Revezamento 4x100m livre masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – França; Prata – Estados Unidos; Bronze – Rússia

Último Mundial (2015): Ouro – França; Prata – Rússia; Bronze – Itália

França

A França vem como a grande favorita ao bicampeonato. Atuais bicampeões mundiais, eles contam com grandes nadadores em seu time dos sonhos, como Florent Manaudou (1O), Jeremy Stravius (1O-1P) e Fabien Gilot (1O-1P). Um pouco atrás dos franceses, temos a ótima equipe da Rússia com, entre outros, Vladimir Morozov (1B), Danila Izotov (1P-1B) e Nikita Lobintsev (1P-1B). A Rússia foi bronze em Londres e no Mundial de 2013 e prata no do ano passado.

Um pouco atrás na briga pelo bronze temos o Brasil com uma excelente geração de velocistas, a sempre forte equipe americana, a Austrália, a Itália, bronze em 2015, e a Polônia. Vale lembrar que no mundial de 2015, EUA e Austrália sequer avançaram para a final! Será uma final sensacional, como o 4x100m livre masculino sempre proporciona.

E o Brasil? A equipe brasileira é muito, muito boa. Mesmo sem César Cielo, o Brasil terá o finalista dos 100m livre no último mundial Marcelo Chierighini, o campeão dos Jogos Olímpicos da juventude Matheus Santana, João de Lucca e Nicolas Oliveira. Para medalhar, os brasileiros precisariam nadar todos na casa de 47s, o que ninguém fez no Mundial de 2015, quando ficamos em 4º lugar. Medalha será bem difícil, mas há uma boa chance. Brasil briga com EUA, Austrália e Itália.

Meu Pódio: Ouro – França; Prata – Rússia; Bronze – Estados Unidos

Revezamento 4x200m livre masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Estados Unidos; Prata – França; Bronze – China

Último Mundial (2015): Ouro – Grã-Bretanha; Prata – Estados Unidos; Bronze – Austrália

A prova é historicamente dominada pelos EUA, que já a venceram 16 vezes em Olimpíadas. Vinham de 5 vitórias seguidas em Mundiais, até que o domínio foi quebrado em 2015 pela Grã-Bretanha, liderada pelo campeão mundial dos 200m livre James Guy. Apesar disso, os americanos terão uma equipe bem forte, com Ryan Lochte (5O-3P-3B), Conor Dwyer (1O), Jack Conger e Townley Haas. Estes dois últimos estreiam em Jogos Olímpicos. A falta de experiência pode pesar sobre os americanos, mas eles sempre crescem em provas de revezamento. James Guy tem o 2º melhor tempo do ano nos 200m livre, mas o resto da equipe não baixo de 1:47 este ano ainda.

A Austrália tem 4 nadadores abaixo de 1:47 este ano e vai brigar com força por medalha. Rússia, Alemanha, França e Japão vem logo atrás.

E o Brasil? É o pior revezamento masculino do Brasil, que ficou longe da final no último mundial. Terá no Rio João de Lucca, Nicolas Oliveira (únicos a nadar abaixo do índice), Luiz Altamir e André Pereira. Apenas Nicolas nadou este ano para abaixo de 1:47, o que complica e muito uma passagem pra final.

Meu Pódio: Ouro – Estados Unidos; Prata – Austrália; Bronze – Grã-Bretanha

Revezamento 4x100m medley masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Estados Unidos; Prata – Japão; Bronze – Austrália

Último Mundial (2015): Ouro – Estados Unidos; Prata – Austrália; Bronze – França

Os americanos jamais perderam o revezamento medley em Jogos Olímpicos! A única vez que não ganharam foi em Moscou-1980, quando boicotaram. Eles, claro, tem o favoritismo. Será a prova que encerra a natação de piscina nos Jogos e a equipe americana tem tudo para vencer mais uma vez. Com Nathan Adrian (3O-1P), Kevin Cordes, Ryan Murphy e Michael Phelps (18O-2P-2B) na formação preliminar, o favoritismo é todo deles. Mas não vai ser fácil.

A equipe australiana terá Mitch Larkin e Cameron McEvoy, mas a perna de borboleta é o ponto fraco da equipe. A França tem Jeremy Stravius e Camille Lacourt (1O-1P) na equipe, mas é fraca no nado de peito. Quem pode surpreender é o Japão, com Kosuke Hagino (1B) e Ryosuke Irie (2P-1B) na equipe, mas falta alguém para fechar bem no crawl. Alemanha, Grã-Bretanha e o Brasil vem junto na disputa.

E o Brasil? Temos 3 pernas excelentes que devem pegar finais das suas provas individuais, sendo que em duas temos dois nadadores excelentes. No nado costas, Guilherme Guido deve abrir muito bem e tem boas chances de pegar final na sua prova. No peito, a escolha será entre João Gomes Jr e Felipe França e a vaga na final ficará com quem for melhor nos 100m peito. O mesmo acontecerá nos 100m livre, com Marcelo Chierighini ou Nicolas Oliveira. O nosso maior problema é o borboleta, onde Henrique Martins ou Marcos Macedo ficará com a vaga. De qualquer maneira, há como recuperar e o Brasil tem chances de beliscar um bronze.

Meu Pódio: Ouro – Estados Unidos; Prata – França; Bronze – Brasil

Maratona 10km masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Oussama Mellouli (TUN); Prata – Thomas Lurz (GER); Bronze – Richard Weinberger (CAN)

Último Mundial (2015): Ouro – Jordan Wilimovsky (USA); Prata – Ferry Weertman (NED); Bronze – Spyridon Gianniotis (GRE)

Simone Ruffini (ITA)

O grego Spyridon Gianniotis é um dos maiores vencedores da prova, com dois mundiais (2011 e 2013) e um bronze no de 2015, mas ficou em 4º em Londres e é um dos favoritos para medalhar no Rio. O atual campeão mundial é o americano Jordan Wilimovsky, que fará a dobradinha na piscina nos 1.500m e no mar de Copacabana.

O italiano Simone Ruffini está em alta e vem fazendo uma ótima temporada. Ele venceu a etapa da Copa do Mundo da Hungria, foi prata na Argentina e bronze nos Emirados Árabes. Ele também subiu ao pódio em 3 etapas de 2015. Allan do Carmo venceu a Copa do Mundo em 2014 e é nome fortíssimo na prova. O marroquino Oussama Mellouli venceu em Londres, mas não está mais em sua melhor forma e sofreu para se classificar pros Jogos. Outros nomes fortes são o canadense Richard Weinberger, o francês Marc-Antoine Olivier, o equatoriano Ivan Enderica e o britânico Jack Burnell.

E o Brasil? Allan do Carmo foi o campeão da Copa do Mundo em 2014 e vice em 2015, mas esse ano ainda não conseguiu um bom resultado nas duas etapas que participou. Apesar disso, ele leva uma vantagem maior no mar do que em lagos ou rios e está entre os favoritos pra prova.

Meu Pódio: Ouro – Simone Ruffini (ITA); Prata – Allan do Carmo (BRA); Bronze – Spyridon Gianniotis (GRE)

200m medley feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Ye Shiwen (CHN); Prata – Alicia Coutts (AUS); Bronze – Caitlin Leverenz (USA)

Último Mundial (2015): Ouro – Katinka Hosszu (HUN); Prata – Kanako Watanabe (JPN); Bronze – Siobhan-Marie O’Connor (GBR)

Atual bicampeã mundial, a húngara Katinka Hosszu, a Dama de Ferro, vai dominar a prova. Ela venceu o europeu este ano com 2:07.30, melhor tempo do ano, e bem a frente da britânica Siobhan-Marie O’Connor com 2:09.03, 2º tempo do ano.

Logo atrás, temos a americana Maya DiRado, que venceu a seletiva americana com 2:09.54, enquanto a russa Viktoriya Andreeva vem colada com 2:09.56 no campeonato russo. Prata no último mundial, a japonesa Kanako Watanabe ficou atrás de duas japonesas e não estará na disputa. De olho na japonesa Miho Teramura, na australiana Alicia Coutts (1O-3P-1B) e na americana Melanie Margalis.

E o Brasil? Joanna Maranhão tem apenas 2:13.97 este ano e ficaria longe de uma final. A esperança é pegar uma semi.

Meu Pódio: Ouro – Katinka Hosszu (HUN); Prata – Siobhan-Marie O’Connor (GBR); Bronze – Alicia Coutts (AUS)

400m medley feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Ye Shiwen (CHN); Prata – Elizabeth Beisel (USA); Bronze – Li Xuanxu (CHN)

Último Mundial (2015): Ouro – Katinka Hosszu (HUN); Prata – Maya DiRado (USA); Bronze – Emily Overholt (CAN)

Katinka Hosszu (HUN)

Tricampeã mundial, a húngara Katinka Hosszu deve levar mais um ouro e com muita tranquilidade. Ainda mais por ser logo no 1º dia, quando ela ainda estará descansada. A Dama de Ferro tem excelente tempo de 4:29.89 este ano em prova em Marselha. No Europeu, venceu com 4:30.90 e com quase 5s de vantagem.

Com 4:33 este ano, temos 4 nadadoras na disputa pelas outras medalhas: a britânica Hannah Miley, atual vice europeia, a espanhola Mireia Belmonte (2P) e as americanas Elizabeth Beisel (1P-1B) e Maya DiRado, atual vice mundial.

E o Brasil? Joanna Maranhão vem baixando o recorde sul-americano e fez 4:38.66 este ano, mas para pegar uma final e sonhar e repetir o 5º lugar de Atenas-2004 precisa baixar para 4:35.

Meu Pódio: Ouro – Katinka Hosszu (HUN); Prata – Maya DiRado (USA); Bronze – Mireia Belmonte (ESP)

Revezamento 4x100m livre feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Austrália; Prata – Holanda; Bronze – Estados Unidos

Último Mundial (2015): Ouro – Austrália; Prata – Holanda; Bronze – Estados Unidos

Com 3 das 4 mais velozes dos 100m livre no ano, a Austrália só perde o ouro com um desastre. Cate Campbell (1º tempo do ano – 1O-2B), Bronte Campbell (2º), Emma McKeon (4º) e Brittany Elmslie (10º) formam a equipe dos sonhos da Austrália e devem inclusive quebrar o recorde mundial ao conquistar o bicampeonato olímpico.

A equipe da Holanda venceu em Pequim e os Mundiais de 2009 e 2011, mas vem batendo na trave com os vices em Londres e em Kazan. Mesmo com uma excelente equipe com Ranomi Kromowidjojo (3O-1P) e Femke Heemskerk (1O-1P), não será páreo para o time australiano. Os Estados Unidos não vencem a prova desde Sydney-2000 e apesar de ter ótimos nomes como Abbey Weitzeil, Simone Manuel e Dana Vollmer (4O), briga pela prata. Suécia, China, Canadá e Itália ficam um pouco atrás.

E o Brasil? A equipe brasileira será formada por Larissa Oliveira, Etiene Medeiros, Manuella Lyrio e Daynara de Paula e briga por uma vaga na final. Praticamente com a mesma formação foi 11ª no mundial de 2015, mas Larissa e Etiene evoluíram demais e devem colocar o Brasil na final.

Meu Pódio: Ouro – Austrália; Prata – Estados Unidos; Bronze – Holanda

Revezamento 4x200m livre feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Estados Unidos; Prata – Austrália; Bronze – França

Último Mundial (2015): Ouro – Estados Unidos; Prata – Itália; Bronze – China

Em 5 edições olímpicas, são 4 ouros para as americanas, que venceram o último mundial com 3s de vantagem. Com uma equipe espetacular liderada por Katie Ledecky (1O) e com Missy Franklin (4O-1B), Leah Smith e Allison Schmitt (3O-1P-2B), elas só perdem se alguém queimar uma passagem. Vencerão com tranquilidade e com recorde mundial.

A Itália foi prata em 2015 graças a um fechamento sensacional de Federica Pellegrini (1O-1P), mas com apenas uma nadadora abaixo de 1:58 fica difícil repetir o feito. Já a China tem 4 para 1:56 e vai brigar pela prata com Suécia, Grã-Bretanha e Austrália.

E o Brasil? A equipe brasileira conta com Larissa Oliveira, Manuella Lyrio, Jéssica Cavalheiro e Gabrielle Roncatto. Larissa tem nadado constantemente para 1:57 e Manuella para 1:58. Já Jéssica e Gabrielle devem baixar de 1:59 e o Brasil tem boas chances de pegar uma final, mas é no máximo isso.

Meu Pódio: Ouro – Estados Unidos; Prata – China; Bronze – Austrália

Revezamento 4x100m medley feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Estados Unidos; Prata – austrália; Bronze – Japão

Último Mundial (2015): Ouro – China; Prata – Suécia; Bronze – Austrália

A equipe americana fracassou no Mundial de 2015, com o 4º lugar. Apesar de sempre ter fortes equipes, falhou várias vezes em mundiais e não ficou com o ouro. Nas últimas 5 Olimpíadas, o ouro e a prata ficaram com Austrália e EUA, se alternando algumas vezes. E novamente a disputa deve ficar entre as duas equipes, mas com ligeira vantagem da Austrália, que terá Cate Campbell (1O-2B) e Emily Seebohm (2O-2P). A equipe americana depende das provas individuais, mas será forte de qualquer maneira, embora perca um pouco no nado crawl.

A China venceu o último Mundial em Kazan com quase 1s de vantagem, mas não deve repetir o feito. Briga pelo bronze com a Suécia de Sarah Sjostrom e com a ótima equipe da Dinamarca.

E o Brasil? O Brasil abre muito bem com Etiene Medeiros, mas vai sofrer no peito com Jhennifer Conceição. Deve se recuperar na borboleta e no crawl, com Larissa Oliveira, mas ainda assim vai ser difícil pegar uma final.

Meu Pódio: Ouro – Austrália; Prata – Estados Unidos; Bronze – Dinamarca

Maratona 10km feminina

Pódio em Londres-2012: Ouro – Eva Risztov (HUN); Prata – Haley Anderson (USA); Bronze – Martina Grimaldi (ITA)

Último Mundial (2015): Ouro – Aurélie Muller (FRA); Prata – Sharon van Rouwendaal (NED); Bronze – Ana Marcela Cunha (BRA)

Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto (BRA)

Quem vem dominando o circuito ultimamente é a italiana Rachele Bruni. Em 2015, venceu a Copa do Mundo com 4 vitórias em etapas e este ano, após 3 etapas já faturou duas, mas nunca venceu uma medalha em competições mundiais. Mas as favoritas da prova são as duas brasileiras, que querem repetir a dobradinha feita no Mundial de 2013 em Barcelona, quando Poliana Okimoto venceu e Ana Marcela Cunha foi prata.

Teremos 3 medalhistas olímpicas na disputa: a campeã de Londres Eva Risztov (1O), a britânica Keri-Anne Payne (1P) e a americana Haley Anderson (1P). A francesa atual campeã mundial Aurélie Muller, a chinesa Xin Xin e a equatoriana Samantha Arevalo são outras nomes forte da prova.

E o Brasil? Ana Marcela Cunha foi prata no Mundial de 2013 e bronze no de 2015 e venceu por 3 vezes a Copa do Mundo de 10km, em 2010, 2012 e 2014, além de dois títulos mundiais na prova de 25km. Poliana Okimoto foi campeã mundial em 2013 e tem outras 5 medalhas mundiais além do título da Copa do Mundo em 2009. Este ano, Poliana foi prata em duas etapas. As duas são especialistas em provas no mar e favoritas a medalha em casa.

Meu Pódio: Ouro – Ana Marcela Cunha (BRA); Prata – Rachele Bruni (ITA); Bronze – Poliana Okimoto (BRA)

Prévias Rio-2016: Natação – estilo livre

50m livre masculino

Pódio Londres-2012: Ouro – Florent Manaudou (FRA); Prata – Cullen Jones (USA); Bronze – César Cielo (BRA)

Último Mundial (2015): Ouro – Florent Manaudou (FRA); Prata – Nathan Adrian (USA); Bronze – Bruno Fratus (BRA)

6376150-16x9-2150x1210

Cameron McEvoy (AUS)

As bandeiras no pódio de Londres e do último mundial foram iguais, mas os medalhistas de prata e bronze mudaram. Apesar disso, o campeão foi o mesmo, o francês Laurent Manaudou (1O). O francês segue como maior aposta da prova mais rápida da natação, pois tem o melhor tempo do ano, com 21.42 no campeonato francês em abril. O francês venceu tudo nos dois últimos anos, incluindo o mundial de piscina curta em 2014, de longa em 2015 e dois europeus, em 2014 e 2016. Logo atrás dele, vem o australiano Cameron McEvoy, que fez 21.44 no campeonato australiano também em abril. Aos 22, McEvoy está numa crescente e vem de 3 medalhas no mundial de 2015, mas nenhuma nos 50m livre.

Nathan Adrian (3O-1P) venceu a seletiva americana voando com 21.51 e viu o veterano Anthony Ervin (1O-1P) colar nele com 21.52. Ervin foi ouro nesta prova em Sydney-2000, naquele empate com Gary Hall Jr. Adrian foi prata no último mundial e Ervin foi 5º em Londres e 6º no Mundial. Outras boas chances de final são o ucraniano Andrii Govorov, o britânico Benjamin Proud e o russo Vladimir Morozov (1B).

E o Brasil? Bruno Fratus vem do bronze no último mundial, mas tem hoje apenas o 8º melhor tempo, com 21.74. No Mundial, fez 21.55 e ainda foi ouro no forte Pan-Pacífico em 2014. Briga por um bronze. Ítalo Duarte foi a surpresa da prova, tirando César Cielo dos Jogos. Com 21.82, tem hoje o 12º tempo (10º se considerarmos apenas os classificados para os Jogos) e briga por uma final.

Meu Pódio: Ouro – Cameron McEvoy (AUS); Prata – Florent Manaudou (FRA); Bronze – Nathan Adrian (USA)

100m livre masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Nathan Adrian (USA); Prata – James Magnussen (AUS); Bronze – Brent Hayden (CAN)

Último Mundial (2015): Ouro – Ning Zetao (CHN); Prata – Cameron McEvoy (AUS); Bronze – Federico Grabich (ARG)

Cameron McEvoy vem voando na prova este ano e tem o melhor tempo com folga, com 47.04, no campeonato australiano. No último mundial, chegou como favorito, mas foi surpreendido pelo chinês Ning Zetao, que tem como melhor tempo no ano 47.96, o 3º do mundo, obtido no campeonato chinês.

Nathan Adrian (3O-1P) defende o título olímpico e venceu a seletiva americana com 47.72, ótimo tempo, mas ainda longe do tempo do australiano. Briga pela prata. O italiano Luca Dotto vem com o 3º tempo empatado com o chinês, 47.96, além de ter sido campeão europeu este ano em Londres. Os franceses Jérémy Stravius (1O-1P) e Clément Mignon vêm logo atrás. Bronze surpresa no último mundial, o argentino Federico Grabich não nadou bem esse ano ainda, tem apenas altos 49.10 e dificilmente repetirá sua medalha. De olho também no polonês Konrad Czerniak, no canadense Santo Condorelli e no russo Vladimir Morozov (1B).

E o Brasil? Marcelo Chierighini foi 5º no último mundial com 48.27 e tem esse ano 48.20, 12º tempo do mundo. Nicolas Oliveira tem 48.30 e assim como o Marcelo briga por vaga na final.

Meu Pódio: Ouro – Cameron McEvoy (AUS); Prata – Ning Zetao (CHN); Bronze – Nathan Adrian (USA)

200m livre masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Yannick Agnel (FRA); Pratas – Sun Yang (CHN) e Tae Hwan park (KOR); Bronze – não houve

Último Mundial (2015): Ouro – James Guy (GBR); Prata – Sun Yang (CHN); Bronze – Paul Biedermann (GER)

maxresdefault

Sun Yang (CHN)

O polêmico chinês Sun Yang (2O-1P-1B) vem com o melhor tempo de 2016, com 1:44.82, conquistado nos EUA no início de junho. Prata em Londres e no Mundial de Kazan, chega como favorito não só para essa prova. Atual campeão mundial, o britânico James Guy foi um dos pouco que voou na seletiva britânica, vencendo com 1:45.19, 0.05 pior que o tempo do ouro mundial.

Conor Dwyer (1O) venceu a seletiva americana com 1:45.41 e briga pelo bronze com outros 6 nadadores. Entre eles está o alemão Paul Biedermann, que é o recordista mundial, tem várias medalhas em 3 mundiais de longa e nunca conquistou medalha olímpica, batendo na trave duas vezes em Londres. O alemão tem esse ano 1:45.45 no campeonato alemão. Também estão na briga o japonês Kosuke Hagino (1B), os australianos Thomas Fraser-Holmes e Cameron McEvoy (sim, ele de novo), o americano Townley Haas e o holandês Sebastiaan Verschuren, campeão europeu este ano.

E o Brasil? Com bons tempos conquistados ano passado, os brasileiros não nadaram bem esse ano ainda. Nicolas Oliveira tem bons 1:46.97 obtidos no Troféu Maria Lenk e João de Lucca apenas altos 1:47.65. Vale lembrar que em 2015, João fez 1:46.42 no Pan, recorde su-americano.

Meu Pódio: Ouro – Sun Yang (CHN); Prata – Paul Biedermann (GER); Bronze – Kosuke Hagino (JPN)

400m livre masculino

Pódio Londres-2012: Ouro – Sun Yang (CHN); Prata – Tae Hwan Park (KOR); Bronze – Peter Vanderkaay (USA)

Último Mundial (2015): Ouro – Sun Yang (CHN); Prata – James Guy (GBR); Bronze – Ryan Cochrane (CAN)

Campeão mundial e olímpico, o chinês Sun Yang (2O-1P-1B) vem com todo o favoritismo pro Rio, mas ele tem apenas o 2º tempo do ano, com 3:43.55. Em 2012, venceu em Londres com 3:40.14 e no Mundial fez 3:42.48. Já o australiano Mack Horton venceu o campeonato australiano com 3:41.65 e se coloca na frente para as projeções de ouro.

O americano Connor Jaeger vem com o 3º tempo, das seletivas americanas, com 3:43.79, mas vê o britânico James Guy, vice-campeão mundial, e o italiano Gabriele Detti, campeão europeu, logo atrás com 3:43.84 e 3:43.97 respectivamente. Tae Hwan Park acaba de ser confirmado nos Jogos e pode surpreender. Ele tem o 6º tempo do ano com 3:44.26.

E o Brasil? Luiz Altamir Melo será o único brasileiro na prova, mas tem apenas 3:50.68 esse ano e ficará longe de uma final.

Meu Pódio: Ouro – Sun Yang (CHN); Prata – Mack Horton (AUS); Bronze – James Guy (GBR)

1.500m livre masculino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Sun Yang (CHN); Prata – Ryan Cochrane (CAN); Bronze – Oussama Mellouli (TUN)

Último Mundial (2015): Ouro – Gregorio Paltrinieri (ITA); Prata – Connor Jaeger (USA); Bronze – Ryan Cochrane (CAN)

gregorio-paltrinieri-nuoto-foto-facebook-fina-deepbluemedia1

Gregorio Paltrinieri (ITA)

Sun Yang (2O-1P-1B) venceu em Londres, abandonou a final do Mundial do ano passado e não deve disputar esta prova no Jogos. Com isso, abre as portas para o italiano campeão mundial Gregorio Paltrinieri que venceu o Europeu esse ano com 14:34.04, recorde europeu, e melhor tempo do ano por quase 5s. Quem vem logo atrás é  australiano Mack Horton, que venceu o campeonato australiano com 14:39.54 e deve ameaçar o italiano.

Tentando fazer uma dobradinha italiana, Gabriele Detti tem 14:46.48 em prova na Itália esse ano e foi vice no Europeu. Atual vice mundial, Connor Jaeger venceu a seletiva americana com 14:47.61 e tem logo atrás o australiano Jack McLoughlin e seu compatriota americano Jordan Wilimovsky. O canadense Ryan Cochrane (1P-1B) foi prata em Londres e bronze em Kazan, mas esse ano não baixo de 15min, o que deve acontecer nos Jogos.

E o Brasil? Depois de muito tempo, um brasileiro se classificou para a prova mais longa. E foram logo dois. Miguel Valente e Brandonn Almeida fizeram 15:14.40 e 15:40.58 respectivamente no Troféu Maria Lenk e obtiveram o índice, mas estão longe de uma final olímpica.

Meu Pódio: Ouro – Gregorio Paltrinieri (ITA); Prata – Mack Horton (AUS); Bronze – Connor Jaeger (USA)

50m livre feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Ranomi Kromowidjojo (NED); Prata – Aliaksandra Herasimenia (BLR); Bronze – Marleen Veldhius (NED)

Último Mundial (2015): Ouro – Bronte Campbell (AUS); Prata – Ranomi Kromowidjojo (NED); Bronze – Sarah Sjöström (SWE)

4ª no Mundial, quem domina a prova esse ano é Cate Campbell (1O-2B). A australiana fez espetaculares 23.84 na seletiva australiana, ficando muito do recorde mundial e reina absoluta em 2016. Favorita ao ouro, ela está voando nas piscinas e só perderia se tiver uma saída desastrosa. Logo atrás, vem a atual campeã olímpica, a holandesa Ranomi Kromowidjojo (3O-1P), campeã europeia com 24.07. O tempo é apenas 0.02 maior que o que lhe deu o ouro olímpico em Londres com recorde olímpico. Ela esteve no pódio desta prova nos últimos 3 mundiais e segue como um dos principais nomes da prova.

A sueca Sarah Sjöström é outra que vem nadando muito este ano, após levar 3 ouros no Europeu. Com 24.17 em janeiro, está entre as favoritas para vencer sua primeira medalha olímpica, que deve vir antes em outra prova, já que os 50m livre feminino será apenas no último dia da natação. A britânica Francesca Halsall foi prata no Europeu com 24.44, mas fez 24.21 na semifinal e não deve ser desprezada. Outro nome muito forte é a campeã mundial e irmã mais nova de Cate, Bronte Campbell, que fez 24.24 esse ano. As americanas Abbey Weitzel (24.28) e Simone Manuel (24.33) vem logo atrás. Outros nomes fortes são a bielorrussa Aliaksandra Herasimenia (2P), a veterana sueca Therese Alshammar (2P-1B) e Arianna Vanderpool-Wallace, de Bahamas.

E o Brasil? Etiene Medeiros bateu o recorde sul-americano no Pan com ótimos 24.55 e venceu o Maria Lenk esse ano com 24.64. Graciele Herrmann tem apenas 25.06 esse ano, mas em 2015 nadou para 24.92. Etiene briga por semifinal e quem sabe até numa final. Graciele pode no máximo passar para a semi.

Meu Pódio: Ouro – Cate Campbell (AUS); Prata – Sarah Sjöström (SWE); Bronze – Ranomi Kromowidjojo (NED)

100m livre feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Ranomi Kromowidjojo (NED); Prata – Aliaksandra Herasimenia (BLR); Bronze – Tang Yi (CHN)

Último Mundial (2015): Ouro – Bronte Campbell (AUS); Prata – Sarah Sjöström (SWE); Bronze – Cate Campbell (AUS)

Swimming - 16th FINA World Championships: Day Fourteen

Irmãs Bronte e Cate Campbell (AUS)

Assim como nos 50m, quem venceu o último mundial foi Bronte Campbell, mas que deve levar no Rio é a mais velha Cate Campbell (1O-2B). Se já não bastasse o espetacular 52.38 no campeonato australiano, ela acaba de quebrar o recorde mundial da prova, no dia 2 de julho, com 52.06! Bronte tem o 2º melhor tempo do ano com 52.58 na seletiva e deve fazer a dobradinha com a irmã. Assim como nos 50m, a sueca Sarah Sjöström tem o 3º tempo, com 52.78 obtidos em Estocolmo e foi campeã europeia com 52.82.

Atual campeã, a holandesa Ranomi Kromowidjojo (3O-1P) vem logo atrás com 53.14, mas vê a italiana Federica Pellegrini (1O-1P) ameaçá-la. Novamente, de olho nas americanas Abby Weitzel e Simone Manuel, além das canadenses Penny Oleksiak e Chantal van Landeghem e da bielorrussa Aliaksandra Herasimenia.

E o Brasil? Larissa Oliveira bateu o recorde sul-americano em abril no Maria Lenk com 54.03 e sonha com uma semifinal. Etiene Medeiros também está na disputa, mas tem bem menos chances de avançar.

Meu Pódio: Ouro – Cate Campbell (AUS); Prata – Sarah Sjöström (SWE); Bronze – Bronte Campbell (AUS)

200m livre feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Allison Schmitt (USA); Prata – Camille Muffa (FRA); Bronze – Bronte Barratt (AUS)

Último Mundial (2015): Ouro – Katie Ledecky (USA); Prata – Federica Pellegrini (ITA); Bronze – Missy Franklin (USA)

Atual campeã mundial, a americana Katie Ledecky (1O) venceu a seletiva americana com 1:54.43, melhor tempo do ano e marca muito melhor que a que lhe deu o título mundial ano passado (1:55.16). A maior ameaça da americana é a italiana Federica Pellegrini (1O-1P), campeã olímpica da prova em Pequim-2008. A musa italiana fez 1:54.55 esse ano, mas o favoritismo ainda é todo da americana.

Emma McKeon venceu a seletiva australiana com 1:54.83 e vem logo atrás, assim como a sueca Sarah Sjöström, que planeja nadar 4 provas individuais no Rio e tem chances de medalha nas 4. A sueca tem 1:54.87 este ano. De olho nas chinesas Qiu Yuhan e Shen Duo, na holandesa Femke Heemskerk e na americana Missy Franklin, que sofreu na seletiva americana, mas conseguiu a vaga com 1:56.18, bem acima das outras concorrentes.

E o Brasil? Larissa Oliveira venceu o Maria Lenk com recorde sul-americano de 1:57.37 e tem boas chances de uma semifinal. Manuella Lyrio ainda não nadou tão bem este ano, mas tem tudo para pegar uma semifinal também.

Meu Pódio: Ouro – Katie Ledecky (USA); Prata – Federica Pellegrini (ITA); Bronze – Sarah Sjöström

400m livre feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Camille Muffat (FRA); Prata – Allison Schmitt (USA); Bronze – Rebecca Adlington (GBR)

Último Mundial (2015): Ouro – Katie Ledecky (USA); Prata – Sharon van Rouwendaal (NED); Bronze – Jessica Ashwood (AUS)

gettyimages-454062752

Katie Ledecky (USA)

Katie Ledecky (1O) é mais que favorita para a prova. Campeã e recordista mundial, venceu a seletiva americana com 3:59.98 e é a única a andar abaixo dos 4min este ano.A maior ameaça de Ledecky é sua compatriota Leah Smith, que surpreendeu na seletiva ao andar a prova em 4:00.65. Muito provável uma dobradinha americana na prova.

Campeã europeia este ano, a húngara Boglarka Kapas fez 4:03.47 em Londres ao vencer a prova e tem o 3º tempo do mundo este ano. De olho também na francesa Coralie Balmy (1B), na australiana medalhista do último mundial Jessica Ashwood e na britânica bice-campeã europeia Jazmin Carlin.

E o Brasil? Nenhuma brasileira disputará a prova.

Meu Pódio: Ouro – Katie Ledecky (USA); Prata – Leah Smith (USA); Bronze – Coralie Balmy (FRA)

800m livre feminino

Pódio em Londres-2012: Ouro – Katie Ledecky (USA); Prata – Mireia Belmonte Garcia (ESP); Bronze – Rebecca Adlington (GBR)

Último Mundial (2015): Ouro – Katie Ledecky (USA); Prata – Lauren Boyle (NZL); Bronze – Jazmin Carlin (GBR)

Se nos 200m e nos 400m Katie Ledecky (1O) vai sofrer para vencer, nos 800m ela vai sobrar. Bicampeã mundial e campeã olímpica aos 15 anos (!!), Ledecky deve vencer a prova com uns 15s de vantagem no Rio. Na seletiva americana, venceu com 8:06.68, o 3º tempo da sua carreira (e 3º da história) com 13.50 de vantagem sobre Leah Smith, que vai brigar pelo pódio nessa prova também.

Mas quem tem o 2º tempo do ano é a australiana Jessica Ashwood, com 8:18.14. A canadense Brittany MacLean e a húngara Boglarka Kapas tem 8:21.40 este ano e vão brigar por pódio, assim como a atual vice-campeã mundial, a neozelandesa Lauren Boyle, a britânica Jazmin Carlin e a alemã Sarah Kohler.

E o Brasil? Nenhuma brasileira disputará a prova.

Meu Pódio: Ouro – Katie Ledecky (USA); Prata – Jessica Ashwood (AUS); Bronze – Boglarka Kapas (HUN)

Mundial de Piscina Curta – Dias 3 e 4

Dia 3

A única medalha da sexta-feira do Brasil de César Cielo, que não foi rápido o suficiente para vencer os 50m livre, vendo o francês campeão olímpico Florent Manaudou vencer a prova mais rápida da natação. Manaudou sobrou na prova vencendo por 20.26 e derrubando o recorde mundial da prova, que era de 20.30. Cielo ficou com o bronze, longe do francês. O brasileiro fez a distância em 20.88. A prata foi para o italiano Marco Orsi com 20.69.

O Brasil disputou outras 5 finais no dia. O melhor resultado veio de Henrique Rodrigues nos 200m medley, 4º com 1:51.79. O ouro foi para o japonês Kosuke Hagino, ouro no Pan-Pacífico, com 1:50.47, na frente de Ryan Lochte, prata.

Nos 200m peito, Felipe França surpreendeu chegando a final da prova longa, mas não repetiu a boa prova da qualificação e ficou em 7º e último (um russo foi desclassificado) com 2:06.74. uro pro campeão olímpico na prova Daniel Gyurta (HUN) com 2:01.49.

Daynara de Paula chegou à final dos 50m borboleta e terminou na 8ª colocação com 25.94. Vitória da sueca Sarah Sjoestrom (foto) com 24.58. No revezamento 4x100m livre feminino, o Brasil terminou em 7º com 3:33.93 e viu a maravilhosa equipe de velocistas da Holanda vencer com 3:26.53, novo recorde mundial. Nos 4x50m medley feminino, o Brasil foi 5º com 1:46.47, atrás da ótima equipe da Dinamarca, ouro com 1:44.94, recorde mundial.

O dia foi excelente para a Hungria, que, além do ouro do Gyurta, levou mais três títulos! A Dama de Ferro Katinka Hosszu brilhou, conquistando os 200m costas com o tempo incrível de 1:59.23, novo recorde mundial e a 1ª mulher a nadar abaixo de 2min, e os 100m medley com 56.70, mais um recorde mundial! Peter Bernek completou o dia dos húngaros vencendo os 400m livre com 3:34.32, recorde da competição.

Nas outras finais do dia, Femke Heemskerk (NED) levou os 100m livre com 51.37, na frente da Sjoestrom com 51.39 e da campeã olímpica na distância Ranomi Kromowidjojo com 51.47! Que final! Mireia Belmonte Garcia levou mais um ouro, agora nos 400m livre com 3:55.76.

Dia 4

No dia com menor quantidade de finais (apenas 6), mais duas medalhas para o Brasil. Nicholas Santos não conseguiu defender seu ouro de 2012 nos 50m borboleta e ficou com a prata com 22.08, atrás do sul-africano Chad le Clos, com 21.95. No 4x50m livre misto, o Brasil foi bronze com 1:29.17. O ouro foi para a equipe americana, com 1:28.57, recorde mundial.

Katinka Hosszu levou mais uma medalha de ouro, com mais um recorde mundial! Com 2:01.86, ela venceu os 200m medley com mais de 4s de vantagem! Florent Manaudou mostrou que é o velocista do momento, vencendo os 50m costas co 22.22, mais um recorde mundial no torneio. Vantagem de 0.83 numa final de 50m é excepcional!

A grande surpresa do dia veio nos 100m peito feminino! A jovem lituana Ruta Meilutyte (17 anos ainda) e já campeã de tudo, perdeu para a jamaicana Alia Atkinson! Atkinson foi 4ª em Londres e igualou o recorde mundial de 1:02.36 (que é da lituana). Meilutyte foi prata com 1:02.46. Quem disse que na Jamaica só tem atletismo? Numa prova que tinha tudo para ter medalha brasileira, o 4x50m livre masculino, o Brasil não disputou as eliminatórias. Vitória ficou com a Rússia com 1:22.60, mais um recorde mundial.

Pan Pacífico de Natação

O tradicional campeonato Pan Pacífico, que só ocorre a cada 4 anos, foi realizado em Gold Coast, na Austrália. Ocorrendo ao mesmo tempo que o Europeu, pode ser considerado o campeonato complementar ao torneio do velho continente. Criado em 1985 por Estados Unidos, Austrália, Japão e Canadá, contou este ano com outros 19 países convidados, incluindo o Brasil.

Teve alguns destaques como a competição espetacular de Katie Ledecky, a volta aos torneios internacionais de Michael Phelps, a fraca participação de Ryan Lochte e Missy Franklin, a coroação das velocistas australianas e o domínio japonês no masculino

Além disso, foi a melhor participação brasileira, quando contamos apenas as provas olímpicas. Em 2010, o Brasil venceu 2O-2P-4B, mas, se olharmos somente para as provas olímpicas, esse número cai para 0-1-3.

Brasileiros

Logo no primeiro dia veio a bela surpresa. Leonardo de Deus passou para a final com o segundo tempo dos 200m borboleta com 1:55.33, e, na final, levou a medalha de prata com 1:55.28, melhorando sua marca pessoal por duas vezes. É a primeira medalha dele em competições internacionais importantes (Jogos PanAm não contam, lógico). Ele ficou atrás apenas do japonês Daiya Seto com 1:54.92 e a frente do forte americano Tyler Clary com 1:55.42.

Na sexta-feira, segundo dia de competição, foi a redenção de Felipe França. Campeão mundial nos 50m peito em 2011, ele ficou de fora do Mundial de Barcelona ano passado e viu Felipe Lima levar o bronze. Agora, recuperado, mais magro e se especializando nos 100m, foi prata nos 100m peito com 59.82, atrás do japonês Yasuhiro Koseki com 59.62.

Seguindo a média de uma medalha por dia, o Brasil venceu pela primeira vez uma medalha em revezamentos no Pan Pacífico. No 4x100m livre masculino, com João de Lucca, Marcelo Chierighini, Bruno Fratus e Nicolas Oliveira, fechou em 3º e levou o bronze com 3:13.59, atrás de Austrália (3:12.80) e Estados Unidos (3:13.36).

Para fechar a bela participação, na prova mais rápida, os 50m livre, Bruno Fratus nadou para 21.44 e levou o ouro bem afrente dos americanos Anthony Ervin (21.73) e Nathan Adrian (21.80). Foi o segundo ouro brasileiro em Pan Pacíficos em provas olímpicos, o primeiro desde a vitória de Ricardo Prado nos 400m medley em 1985.

Alguns outros bons resultados no masculino foram: Nicolas Oliveira 5º nos 100m livre com 48.69 e 6º nos 200m livre com 1:46.98, Thiago Pereira 4º nos 200m medley com 1:57.83 e 5º nos 100m borboleta com 52.71, Tales Cedeira 5º nos 200m peito com 2:11.49 e Leonardo de Deus 6º nos 200m costas com 1:57.78.

No feminino, para variar, foram poucas finais. Etiene Medeiros foi muito bem com o 6º nos 50m livre com 25.07 e 7º nos 100m borboleta com 58.67 (não pegou final dos 100m costas), mas o melhor resultado foi de Gracielle Herrmann com o 5º lugar nos 50m livre com 24.78. Nos revezamento 4x100m livre e medley, dois 5os lugares.

Masculino

Quem chamou a atenção nas provas masculinas foi o Japão. Eles venceram 6 provas com Ryosuke Irie nos 100m costas (53.02), Yasuhiro Koseki dobradinha nos 100m e 200m peito (59.62 e 2:08.57), Daiya Seto nos 200m borboleta (1:54.92) e a dobradinha de Kosuke Hagino nos 200m e 400m medley (1:56.02 e 4:08.31).

Na volta de Michael Phelps às competições internacionais, ele venceu os 100m borboleta com 51.29 e foi prata nos 200m medley com 1:56.04, colado no japonês. Já Ryan Lochte decepcionou nas provas individuais, ficando apenas com a prata nos 100m borboleta, 5º nos 200m livre, fora da final A dos 200m medley (só passavam 2 por país e ele foi o 3º americano) e nem nadou as provas de costas.

Legal ver a volta de Tae Hwan-park, que não disputou o Mundial de 2013. Campeão olímpico em 2008 nos 400m livre, ele venceu esta prova em Gold Coast com 3:43.15. Nos revezamentos., a Austrália levou o 4x100m livre e os Estados Unidos os 4x20m livre e 4x100m medley.

Feminino

O nome do torneio foi a jovem Katie Ledecky. Com apenas 17 anos, o prodígio americano se mostra cada vez mais imbatível. Antes focada nas provas de fundo, como os 800m e os 1.500m, agora ela resolveu nadar as de 200m e 400m. E levou as 4! Nos 200m, venceu com 1:55.74, quase 1s5 na frente da medalha de prata. Nos 800m, fez 8:11.35, com 7s de vantagem. Mas o show foram nas outras provas, com dois recordes mundiais. Nos 400m venceu com 3:58.37 e nos 1.500m brilhou com 15:28.36.

Missy Franklin, que quase desistiu por lesão, só teve um bronze nos 100m costas em prova individuais. Ela ainda venceu a Final B dos 200m livre com tempo para ser prata (e assim levou vaga para Kazan), foi 4ª nos 100m livre e 4ª nos 200m costas

Nas provas de velocidade, Cate Campbell é a mulher a ser bateida. Ela fez duas vezes dobradinha com a irmã Bronte, vencendo os 50m livre com 23.96 e os 100m livre com 52.72.

A Austrália ainda levou dois revezamentos, os 100m borboleta e as duas provas de costas. E apenas uma prova não foi vencida por americanas ou australianas. Foi nos 200m peito, a última prova individual, onde Kanako Watanabe foi ouro com 2:21.41.

Agora o foco é o Mundial de Kazan de 2015. Mas antes ainda tem o Mundial de Piscina Curta em dezembro em Doha.