Rolou em Londres no fim de semana, na Copper Box, local que recebeu as partidas de Handebol nos Jogos de 2012, a etapa do World Tour da SLS, a Liga de skate street, contando com vários dos principais nomes da modalidade.
Os skatistas brasileiros saíram com 2 medalhas da competição. O destaque foi no feminino, onde Pamela Rosa saiu com o ouro com 26,3 na final contra 26,2 da australiana Hayley Wilson. Mas quem mais chamou a atenção foi Rayssa Leal. A brasileira pegou o bronze com 26,0 com apenas 11 anos! Ela deixou a Letícia Bufoni em 4º com 25,9.
No Masculino, o principal nome da modalidade no país, Kelvin Hoefler, terminou em 4º lugar. Ele empatou com o australiano Shane O’Neill com 34,8, mas nos critérios de desempate ficou atrás. Vitória do americano Nyjah Huston com 36,7.
Limite de idade
A performance de Rayssa traz novamente à tona a discussão sobre os limites de idade nos Jogos Olímpicos. Não há nada explicitado no sistema de qualificação do skate para Tóquio sobre idade mínima, então poderemos ter atletas super novos no Japão.
Acho bem complicado colocar atletas muito jovens na maior competição esportiva do mundo. Ela nem teria idade para disputar os Jogos Olímpicos da Juventude, mas competiria numa Olimpíada.
Não estou discutindo a qualidade técnica dela ou de outros tão novos quanto, mas o problema é ter crianças (porque 11 anos ainda nem é adolescente) competindo com uma pressão gigantesca nos Jogos. Há vários casos de atletas adultos que não aguentam a pressão, que são execrados em redes sociais após uma performance ruim. É muito complicado jogar isso nos ombros de alguém tão novo, ainda em formação.
Sim, eles competem com adultos desde pequenos, viajam pelo mundo para competir, mas não há nada que se assemelhe aos Jogos Olímpicos quando o assunto é pressão e cobrança da opinião pública.
Sei que é um assunto muito complicado e polêmico. E sei que quem acompanha o skate não é da mesma opinião que eu, mas é um discussão extremamente válida.