Bem menor que a edição pré-olímpica de 2015, a Cidade do México recebe esta semana a 49ª edição do Mundial de tiro com arco com 373 arqueiros de 58 países (contra 623 de 96 países há dois anos).
Qualificação
Campeão olímpico em Londres-212, o sul-coreano Oh Jin-hyek e o australiano Ryan Tyack começaram muito bem o quali com 341 seguidos de perto do jovem holandês Sjef van den Berg com 340, mas na 2ª metade, van den Berg foi pra liderança e fechou na frente com 676 contra 674 do sul-coreano Im Dong Hyun. Pontuações baixas neste Mundial, culpa dos ventos instáveis que trocavam de direção a todo momento na tarde de segunda-feira na Cidade do México. O italiano Mauro Nespoli foi 3º com 672, seguido do recordista mundial Kim Woojin também com 672 e de Oh Jin Hyek com 670. Entre os brasileiros, Marcus D’Almeida foi 27º com 655, Marcelo Costa 91º com 624 e Marcus Vinícius Porto 100º com 614, todos avançando pro mata-mata. Marcleo vinha muito bem com 326 no 1º round, mas despencou no 2º com 298 caindo de 42º para 100º. Por equipes, a Coreia do Sul largou na frente com 2.016, seguida de Japão com 1.970 e Holanda com 1.967. O Brasil ficou em 23º com 1.893 fora dos combates por equipe.
Na terça de manha, entre as mulheres, show, claro, das sul-coreanas. Kang Chae Yong fechou na frente com ótimos 684, a apenas 3 pontos do recorde mundial. Campeã olímpica no Rio, Chang Hye Jin ficou colada em 2º com 683 e Choi Misun foi 4ª com 671, colocando as 3 coreanas entre as top4. A taiwanesa Tan Ya-Ting ficou no meio em 3º com 680. Nenhuma brasileira conseguiu o índice pro Mundial. Por equipes, a Coreia do Sul ficou em 1] disparada com 2.038 (bem acima da pontuação masculina, diga-se de passagem), seguida de Taiwan com 1.991 e México com 1.969. Nas duplas mistas, Coreia do Sul com 1358 seguida de Taiwan com 1342 e Alemanha com 1327.
Na quali do arco composto, o dinamarquês favorito Stephan Hansen largou na frente com 712 com o sul-coreano Kim Jongho com 711. Roberval dos Santos foi 56º com 692, Luccas Abreu 69º com 688 e Maximiliano Favoreto 92º com 671. Por equipes, França na frente com 2117 e o Brasil foi 23º com 2051, fora do mata-mata. No feminino, a mexicana Linda Ochoa-Anderson ficou na liderança com 701 enquanto a colombiana eterna favorita Sara Lopez fez apenas a 12ª marca com 693. A brasileira Jane Karla Gogelterminou em 57º com 670. A Coreia do Sul liderou por equipes no feminino com 2077 e a Dinamarca ficou na frente nas mistas com 1411.
Equipes
Na terça já tivemos os combates por equipe do arco recurvo.
No feminino, as coreanas estão impossíveis. As favoritas venceram os 3 combates sem perder um único set. Despacharam por 6-0 Colômbia (58-47, 56-50, 57-44), Geórgia (53-49, 56-51, 57-55) e China (58-54, 58-55, 53-52) e chegam pela 17ª a final por equipes, rumo ao 13º título. Na decisão, elas enfrentarão as donas da casa. As mexicanas venceram 5-1 a Turquia, depois 6-0 na Rússia, bronze no Rio-2016, e despacharam na semifinal a fortíssima equipe de Taiwan, vice olímpica, com um perfeito 30-25 nas flechas de desempate. China e Taiwan brigam pelo bronze.
No masculino, a Coreia também tem a melhor equipe no papel. Eles venceram por 6-2 a Espanha, depois fizeram 5-1 na Malásia, mas na semifinal, caíram para a excelente equipe italiana. A disputa foi para as flechas de desempate e houve um empate novamente com 27-27 (parciais de 10-9-8 para ambas), mas a Itália conseguiu o 10 mais próximo e venceu. Na final, farão a primeira decisão europeia por equipes de um Mundial desde 1958! Com o vice olímpico Jean-Charles Valladont na equipe, a França eliminou na estreia no desempate 30-29 o Japão, depois passou por 5-1 na Alemanaha e 5-4 (29-27 no desempate) pela surpresa Canadá. Os canadenses, aliás, tiraram na estreia ninguém menos que a excelente equipe da Holanda, também no desempate, por 28*-28, e eliminaram nas 4as a surpresa do ano na Copa do Mundo, o Cazaquistão.
As finais serão no domingo.