Sochi-2014 – Dia 12

A redenção de Ted Ligety, um casal leva medalhas, o bi de Sablikova e a coroação de um herói norueguês.

Biatlo

dia 12-1

Ole Einar Bjoerndalen (de amarelo). A maioria diria “quem?” ou mais provavelmente soltaria um “o que?”. Mas nesta quarta-feira, dia 19 de fevereiro, este herói norueguês se tornou o maior medalhista olímpico de inverno da história. Falar das suas agora 13 medalhas olímpicas, 29 títulos mundiais e 93 vitórias em Copas do Mundo é fácil, mas Bjoerndalen representa muito mais que isso para a Noruega. Um ídolo absoluto no país nórdico, Bjoerndalen levou seu segundo ouro em Sochi aos 40 anos.

O seu oitavo título olímpico veio na novidade do revezamento misto 2x6km+2×7,5km. Tora Berger, que ainda devia em Sochi, abriu a prova, zernaod no tiro deitado e precisando de duas balas extras no em pé, e entregou para Tiril Eckhoff em primeiro lugar. Eckhoff  também se manteve praticamente todo o momento em primeiro lugar e não precisou de uma bala extra sequer.

Aí veio o ídolo. Bjoerndalen recebeu de Eckhoff em segundo, apenas a 1.1 da República Checa de Gabriela Soukalova. Com tiros perfeitos em pé e deitado, Bjoerndalen aproveitou que Jaroslav Soukup (CZE) e Dominik Windisch (ITA) precisaram de tiros extras e ele entregou para Emil Hegle Svendsen com 43s de vantagem.

Svendsen, que havia se redimido na prova de saída em massa, também atirou perfeitamente e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar com 1:09:17.0. Mais um ouro para a Noruega e uma vitória histórica para Bjoerndalen, o maior medalhista de inverno de todos os tempos.

A República Checa chegou 32.6 depois e a boa equipe da Itália ficou com o bronze, 58.2 após a Noruega. A França sofreu com Anais Bescond e nem com Martin Fourcade conseguiu se recuperar e terminou em 7°.

Esqui Alpino

dia 12-2

E finalmente Ted Ligety fez o que sabe melhor. Na primeira descida do slalom gigante masculino, ele sobrou, sendo 0.93 melhor que Ondrej Bank (CZE) e 1.27 melhor que Davide Simoncelli (ITA). A sua vantagem era tão grande que só precisava de uma descida razoável.

Na segunda descida, 3 horas depois, Benjamin Raich (AUT) se tornou líder em uma de suas especialidades. Depois viu Steve Missillier (FRA) assumir a liderança por 0.58. O francês tem apenas um pódio na carreira em Copas do Mundo, em 2010! Prova da vida dele. Favoritos no slalom, Marcel Hirscher (AUT) e Felix Neureuther (GER) terminaram em 4° e 8°, respectivamente.

Depois de 29 atletas, veio a vez de Ligety. A sua descida não foi das melhores, apenas o 14° tempo, mas o suficiente para ficar ainda 0.48 na frente de Missillier. Alexis Pinturault (FRA) completou o pódio com o bronze.

Jhonatan Longhi foi o 64° na primeira descida, mas apó a segunda, melhorou sua colocação, subindo para 58°, a 21.43 de Ligety entre 72 que terminaram a prova.

Bobsled

Sochi Olympics Bobsleigh Women

O trenó de Elana Meyers (USA) tinha 0.23 de vantagem sobre o da campeã em Vancouver, Kaillie Humphries (CAN) antes da terceira descida. Nesta, a canadense fez o melhor tempo e tirou 0.11 da diferença para a última descida. Jamie Greubel (USA) se manteve na terceira colocação.

Na derradeira disputa, o trenó da Holanda fez uma excelente descida e garantiu uma ótima 4ª colocação. Greubel tinha uma boa vantagem e assumiu a liderança, garantindo medalha. Humphries foi a próxima a descer e fez uma descida excelente, com 57.92, somando 3:50.61, assumindo a liderança com exatos 1s de vantagem. Aí veio Meyers.Ela teve uma ótima saída, mas foi perdendo tempo, e perdendo tempo até completar o percurso com 58.13 e ver a canadense garantir o bicampeonato olímpico, ao lado de Heather Moyse.

Ao lado de Meyers, Lauryn Williams se tornou a primeira atleta do atletismo a vencer medalhas nos jogos de verão e inverno. Ela foi prata nos 100m em Atenas-2004 e esteve na equipe campeã em Londres no 4x100m.

Fabiana Santos e Sally da Silva fizeram as piores descidas na 3ª e na 4ª chances e terminaram na 19ª e última colocação com 4:01.95, 11.34 atrás da dupla campeã.

Cross Country

Dia de disputas do sprint estilo clássico por equipes no masculino e no feminino. Os times são formados por duplas, que se revezam em sprints, fazendo 3 cada um.

dia 12-4

Nas semifinais femininas, a Noruega venceu a sua bateria e a Finlândia ganhou a sua. Na final, Marit Bjoergen e Ingvild Oestberg fizeram uma grande prova e já na segunda passagem já tinham aberto quase 3s sobre a dupla finlandesa. A diferença diminuiu, mas depois foi aumentando e o ouro norueguês se confirmou com o tempo de 16:04.05 com 9.09 de vantagem sobre a Finlândia. A dupla da Suécia ficou com o bronze, fechando o pódio escandinavo.

dia 12-5

Já no masculino, a Alemanha venceu a primeira semifinal e a Finlândia levou a segunda. Na final, até a metade da prova, as 9 duplas estavam juntas, aí 6-7 começaram a se desgarrar. Na última troca, a Alemanha passou em primeiro, mas houve um acidente e Tim Tscharnke ficou para trás. Finlândia e Rússia abriram e partiram para a chegada. Com um forte trabalho de braços, Sami Jauhojaervi nao deixou Nikita Kriukov se aproximar e a Finlândia ficou com o ouro com 23:14.89, 0.97 mais rápido que a Rússia. Mais de 15s depois, a Suécia completou o pódio. A Alemanha entrou ainda com recursos, mas não foram aceitos.

Foi a primeira medalha de ouro da Finlândia em jogos de inverno desde 2002 desde o terceiro ouro de Samppa Lajunen no combinado nórdico. Já foram disputadas 10 provas do cross country e a Suécia levou medalha em 9 delas!

Snowboard

dia 12-6

Na disputa do slalom gigante paralelo feminino, Tomoka Takeuchi (JPN) foi a melhor na qualificação, seguida de Patrizia Kummer (SUI). Nas oitavas, as favoritas venceram, com Kummer passando por uma das favoritas, Ekaterina Tudegesheva (RUS). Três canadenses chegaram nas quartas-de-final, e as três perderam. Nas semifinais, as duas melhores nas qualificações venceram seus duelos com tranquilidade.

Na grande final, Takeuchi venceu a primeira descida sobre Kummer por 0.30. Na descida final, a japonesa estava indo muito bem, mas caiu e viu Kummer completar e levar o ouro. Na disputa do bronze, vitória de Alena Zavarzina (RUS).

dia 12-7

Já na disputa masculina, os russos Andrey Sobolev e Vic Wild fizeram as melhores marcas na qualificação. Nas 8as a grande surpresa foi a eliminação do bicampeão mundial desta prova Benjamin Karl (AUT) para Nevin Galmarini (SUI) e de Sobolev para Andreas Prommegger (AUT). Nas 4as, 3 eslovenos, mas um deles conseguiu avançar, Zan Kosir.

Nas semifinais, Galmarini venceu bem Kosir e se classificou para a final. Na outra, Vic Wild foi imbativel e venceu bem Patrick Bussler (GER). Na final, Galmarini venceu a primeira descida por 0.54. Na finalíssima, que prova do russo! Wild saiu atrás, se recuperou e ainda abriu 2.14 e levou o ouro para a Rússia! Detalhe: Wilde é casado com Zavarzina.

Patinação de Velocidade

dia 12-8

A última prova individual do esporte, os 5.000m feminino, previa uma grande disputa entre as holandeses e Martina Sablikova (CZE), campeã em Vancouver. Na 3ª bateria, Mari Hemmer (NOR) assumiu a liderança com 7:04.45. Já na 5ª, Carien Kleibeuker (NED) fez grande prova e se tornou líder com 6:55.66. Olga Graf (RUS) entrou na 7ª e não bateu a holandesa por apenas 0.11!

Aí veio a esperada 7ª bateria, com Ireen Wust (NED) e Sablikova! Wust assumiu a liderança, abrindo mais que 5s do tempo da compatriota. Aí veio o grande final da checa! Sablikova aumentava a sua velocidade e Wust estava visivelmente cansada. Até que na parcial de 4.200m, a checa passou a frente e abria a cada volta restante.

Sablikova completou com 6:51.54, 2.74 melhor que Wust e 4.12 que Kleibeuker. A checa confirmou o bicampeonato olímpico e Wust somou 7 medalhas olímpicas, a 4ª em Sochi. A Holanda encerra as prova individuais da patinação de velocidade com incríveis 21 medalhas!

Outros Esportes

– No programa curto individual feminino na patinação artística, Yuna Kim (KOR) fez uma belíssima apresentação e fez a melhor marca com 74,92, seguida muito de perto por Adelina Sotnikova (RUS) com 74,64 e por Carolina Kostner (ITA) com 74,12. A promessa de 15 anos russa Yulia Lipnitskaya sofreu uma queda e ficou com 65,23 em 5ª. Uma pena a nota da favorita Mao Asada (JPN) com fracos 55,51 em 16ª. Ela merecia bem mais. E a prova contou com a estreia de Isadora Williams, que sofreu com o nervosismo e errou seus dois primeiros movimentos  ficou com a fraca pontuação de 40,37, terminando na última posição.

– E foi o dia da maior decepção russa. Eles podem ganhar milhões de medalhas, mas a derrota nas quartas de final do hóquei masculino para a Finlândia não estava no plano. A Rússia abriu 1-0 com 7min de jogo, mas logo depois a Finlândia empatou. E virou o jogo até um 3-1 que chocou o país. A cara de Vladimir Putin demonstrava tudo. Fim do sonho. Nos outros jogos, vitórias dos favoritos, com Suécia 5-0 Eslovênia, Canadá (que sofreu muito) 2-1 Letônia e Estados Unidos 5-2 República Checa.

– No curling feminino, a equipe de Jennifer Jones (CAN) obteve sua 10ª vitória seguida em Sochi com 6-4 sobre a jovem equipe de Eve Muirhead (GBR). Na outra semifinal, a Suécia vencia por 6-5, mas a Suíça tinha o martelo e estava na mão de Mirjam Ott realizar um draw simples para empatar e levar o jogo ao end de desempate. E não é que ela errou feio e a pedra passou? Com isso, vitória das suecas por 7-5 e vaga na final.

– No curling masculino, a Suécia vencia por 5-4, quando viu a Grã-Bretanha virar no 10° end e garantir a vaga na final. No outro jogo, Brad Jacobs (CAN) venceu tranquilamente a China por 10-6 e garantiu mais uma vaga na final para o Canadá.

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